29 de abril de 2014

Gregor e as Marcas Secretas

[ótimo]

Eu recomendo: Gregor e as Marcas Secretas
Autora: Suzanne Collins
Editora: Galera 

As crônicas do Subterrâneo:
Gregor e as Marcas Secretas é o quarto volume dessa série, se você não leu Gregor o Guerreiro da Superfície, Gregor e a Segunda Profecia e Gregor e a Profecia de Sangue, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Gregor tem visitado o Subterrâneo para poder acompanhar sua mãe em recuperação, ele se sente feliz por poder fazer essas viagens sem que tenha uma profecia com a qual tenha que lidar. Todos em Regália estão comemorando, até que Luxa recebe de um dos guardas sua coroa que havia deixado com os mordiscadores, para que lhe enviassem em caso de perigo. Luxa decide descobrir sozinha o que está acontecendo, pois sabe que o Conselho iria debater sobre o assunto, mas não tomaria nenhuma providência rápida. Ao fingir que está saindo em um piquenique com Gregor, ela acaba sendo abordada por Howard, Boots, Hazard e Temp; e para que Vikus não desconfie acaba levando todos para uma missão mais perigosa do que poderia imaginar.

Meu cantinho:
Eu fiquei imensamente feliz quando esse livro chegou (mostrei aqui) e fui logo devorando-o. Gregor está em um momento calmo. Sua mãe está se recuperando no Subterrâneo e sempre que pode ele vai visitá-la. A Sra. Cormaci agora sabe de tudo o que está acontecendo e tem ajudado muito a sua família, além disso, ela deu uma idéia que tem colocado dinheiro na casa dele (ainda mais agora que sua mãe não pode trabalhar), ele vai ao Subterrâneo e pega coisas do museu que podem ser vendidas na superfície. A única que não está muito feliz é Lisa porque ela não consegue reunir coragem para ir até o Subterrâneo visitar a mãe (espero sinceramente que um dia ela consiga descer até lá).
Gregor está fazendo mais uma visita a sua mãe que já está melhor, ele e Boots acabam ficando para um jantar, e no meio da comemoração é entregue a Luxa, por um das sentinelas, a coroa que havia deixado com os mordiscadores. Luxa finge que apenas esqueceu ela em algum lugar e segue como se nada tivesse acontecido e quando Gregor a aborda, ela pede paciência. Depois da festa ela lhe explica que precisa ir verificar pessoalmente o que está acontecendo, que sabe que o Conselho não permitiria sua saída, mas também não fariam nada a respeito. Além disso, ela não quer perturbar Vikus, que ultimamente parece sempre atribulado e carregando um enorme peso devido as atitudes de sua mulher que ajudou no desenvolvimento da peste que matou diversas criaturas no livro passado. Ela vai até onde a sentinela afirmou ter recebido a coroa do mordiscador, mas ao chegar lá encontra um camundongo morto, uma conhecida, que havia salvado Luxa e Aurora. Eles partem para a selva, buscando investigar o que está acontecendo, trazer provas do perigo para que o Conselho não tenha alternativa além de agir, mas ao chegar lá não encontram ninguém. Eles retornam a Regália e decidem sair em busca dos mordiscadores novamente. Quando Luxa está saindo com Gregor e seus voadores, e abordado por Howard e Nike, que estão desconfiando da missão, já que souberam da coroa. Logo em seguida chega Vikus com Boots, Temp, Hazard e Thalia, uma voadora por quem Hazard se afeiçoou. Fingindo para Vikus, Luxa afirma que todos estão indo em um piquenique, mas eles partem rumo a uma perigosa missão. 
Eu fiquei encantada com esse livro porque eu não sabia o que esperar, não havia lido uma sinopse sequer e não poderia imaginar o que estava por vir. Tudo parecia tranquilo, o Subterrâneo se recuperando da peste e quando eles menos esperam, precisam salvar os camundongos, pois se depender do Conselho eles não receberão ajuda. Eles partem para selva e outros lugares, eles descobrem o que está acontecendo e presenciam mortes terríveis. Achei o final desse livro muito pesado, apesar de já ter presenciado a morte de outros personagens nos livros passados, esse em específico foi muito triste. Luxa acaba declarando guerra contra aqueles que estão exterminando os mordiscadores, ela faz um juramento que como rainha será levado a sério por todos. Acredito que no próximo livro teremos mais batalhas e surpresas! Um personagem pelo qual eu ainda tenho esperanças é Bane, vamos ver o que acontece!

Continuação:
[Atualizado] O próximo volume dessa série é Gregor e o Código da Garra. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

27 de abril de 2014

Azul da cor do mar

««««««
[muito bom]

Eu recomendo: Azul da cor do Mar
Autora: Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito

Sinopse:
Rafaela conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais, e no setor que desejava, o de jornalismo investigativo. O jornal é incrível, assim como sua chefe e seus colegas, entretanto, ela foi designada a trabalhar com Bernardo, ficar colada nele e aprender tudo sobre a profissão, mas ele obviamente não gosta de ser babá de ninguém. Ele é sempre frio, gosta de criticar até seus sapatos, e faz o possível para evitá-la, a deixaela organizando anotações enquanto saí para fazer o trabalho de verdade. Rafaela se impõe e finalmente consegue que Bernardo a leve para campo, e é quando ele percebe que ela tem jeito para a profissão e que eles formam uma boa dupla. O problema é que ela talvez esteja gostando um pouco demais dele, quando ele obviamente tem uma aversão a ela e ainda começou a sair com sua amiga.

Meu cantinho:
Vou começar falando do livro sobre a parte estética. Eu não achei a capa tão bonita, olhando de perto é muito “cara de feito em computador”. Entretanto, por dentro o livro é bem organizado e estruturado. No início de cada capítulo há um desenho relacionado a profissão de nossa personagem principal, assim como um parágrafo “educativo” falando alguma curiosidade ou referência de como o jornalista ou texto jornalístico deve ser. A diagramação é muito bem feita, há detalhes de desenhos que dividem algumas passagens entre os capítulos e a fonte é muito confortável para a leitura. Entretanto, ainda nessa parte estrutural, preciso dizer que a editora deixou passar alguns erros de revisão.
O começo desse livro foi uma leitura difícil, passei semanas enrolando lendo algumas poucas páginas por dia. A autora nos traz Rafaela, uma estudante de jornalismo que conseguiu um estágio no jornal mais conceituado da sua cidade, e no departamento que queria: jornalismo investigativo. Contudo, antes dela começar o estágio, enquanto ela fala um pouco de si, sua família e seu passado o livro demora a engrenar. A autora fica forçando uma linguagem para tentar dar um ar adolescente (um exemplo é a palavra xaveco que sinceramente não escuto mais ninguém usar); Rafaela as vezes é extremamente irritante e entediante, e para completar, em alguns momentos a autora ainda vai descrever sua maquiagem básica (que inclui corretivo, pó, lápis, blush, uma mascara nos cílios e fechando com um gloss para dar um brilho) o que é extremamente desnecessário. Por fim, ela tem essa fixação por um menino que viu apenas uma vez durante as férias, não sabe o nome, idade, nada, apenas que ele tinha uma mochila xadrez, entrou no mar segurando alguns papéis, olhou para ela com seus olhos azuis e foi embora. Acho normal algumas paixonites de crianças e coisas assim, mas nossa personagem tem mais de vinte anos, quase acabando a faculdade e basicamente tem relacionamentos frustrados porque ninguém alcança a imagem idealizada que ela criou do garoto da mochila que viu uma vez quando tinha onze anos. É uma obsessão fora de controle, ela escreve poema sobre eles, ela inventa histórias, quase todos os dias da sua vida ele dedica algumas horas para escrever para esse rapaz que não conhece.
A leitura melhora significativamente depois que Rafaela começa seu estágio. Primeiro porque eu achei muito real e bem construído esse pano de fundo, o jornal, as entrevistas, o universo é condizente com a realidade. Portanto, o livro demora um pouco para entrar em um ritmo bom de leitura, mas ele conquista o leitor porque além do romance que já era esperado ele tem uma estruturação boa e um plano de fundo que gera muitas situações inusitadas.
Rafaela não é o tipo de personagem que me agrada totalmente. O que eu mais admirava nela era sua dedicação, mas de uma hora para outra ela me decepciona ao atrasar tudo e correr o risco de perder uma oportunidade única de ir ao morro entrevistar um dos chefes do tráfico porque seu esmalte está molhado e ela não está vestida apropriadamente para subir o morro. Além disso, ela não tem uma personalidade muito consistente, pensei a princípio que ela poderia ser eclética, mas acho que ela extrapolou qualquer limite. Não sei se ela é dedicada, nerd, romântica, atirada, patricinha ou o que.  Tem momentos no livro que ela tem crise de ciúmes, acusa uma amiga de ser fácil, oferecida e outras coisas piores, mas de repente está agarrando o colega de trabalho em cantos escuros com as pernas em volta da cintura dele. E lógico, que para fechar, não podemos perder o clichê de nossa personagem principal, de mais de vinte anos, quase graduada, ser virgem (o que me lembrou a outra personagem criada pela autora na sua obra de estréia, Simplesmente Ana).
Quando Rafaela começa a trabalhar no jornal ela logo recebe indiretas do editor do caderno de esportes, ela até tenta sair com ele, mas não funciona, em parte por conta do garoto da mochila e também porque ela tem se sentido atraída (por mais que tente negar), por seu chefe Bernardo. Contudo Bernardo é extremamente mal educado, evita ao máximo conviver com Rafaela, crítica até seus sapatos quando pode e isso realmente a tira do sério. Ele é do tipo antipático, mas que conquista o leitor pela sua seriedade com o trabalho e também quando ele começa a se abrir para esse possível romance (apesar dele ter me decepcionado ao começar a sair com a amiga dela). Acho interessante como o relacionamento desses dois vai se desenvolvendo diante da convivência no trabalho, viagens, entrevistas e outras situações tensas, como eu disse antes, um pano de fundo muito bem construído.
O livro tem romance, alguns mistérios, perseguições, ação, e também humor. O humor me conquistou nos pequenos detalhes, porque muitas vezes a autora criou algumas situações bobas e exageradas que não me fizeram rir nem um pouco. Apenas no final ele me arrancou algumas risadas loucas. No geral é um livro bom, algumas situações forçadas, mas superada essa resistência inicial o livro desenrola de um modo agradável.

Volume único.

26 de abril de 2014

Caixinha de Correio


Novas aquisições! Vou começar com Revelada, mal posso descrever minha felicidade quando li no verso desse livro que ele é o penúltimo dessa série. Eu particularmente me perguntava quantos volumes House of Night teria, ou se as autoras realmente pensavam em colocar um fim nela. Aguardem a resenha dele em breve! Encarcerados foi um livro que me conquistou pela sinopse, espero um livro bem sinistro e assustador pelo o que eu li (a capa parece ser condizente também, não concordam?). Só fiquei um pouco triste porque ele está um pouco amassado nas pontas, mas foi o único livro dessa compra que veio danificado.


Êxtase é o último volume da série Fallen. Depois de implorar para cada pessoa do skoob que tem esse livro para troca e ter todos os meus pedidos rejeitados, eu finalmente decidi comprar esse livro. Foi um pouco salgado, mas eu já estava angustiada de não tê-lo. PS: Eu te amo eu comprei apenas porque ele custava menos de oito reais (compradora compulsiva, confesso). Eu assisti ao filme baseado no livro e amei e chorei horrores, acredito que vou gostar do livro, mas devo demorar a lê-lo porque tenho outras prioridades agora.


As nove vidas de Chloe King é um livro que queria há muito tempo e nunca achava para comprar (ou achava por um preço muito absurdo). Fiquei feliz com essa aquisição e estou ansiosa pela leitura, eu adoro gatos e uma menina com características de gatos me interessou muito. Gregor e as Marcas Secretas não precisa de comentários! Quem está acompanhando meu blog sabe que as minhas últimas leituras foram os livros dessa série, adoro a autora e As Crônicas do Subterrâneo me conquistou.


Tormento é um livro super fino, não gostei apenas do fato dele ser um pouco maior de largura que os outros livros que tem a mesma altura, mas é um livro maravilhoso. Ele é do escritor John Boyne, o mesmo autor de O menino do pijama listrado. Assim que esse livro chegou para mim, eu li ele em uma sentada enquanto esperava na fila do banco, uma leitura maravilhosa, esperem a resenha dele em breve. Para fechar essa caixinha tenho O Elevador Ersatz, o sexto livro de Desventuras em série. Ele é o único livro dessa lista que foi uma troca do skoob e não compra. Fiquei decepcionada porque nas fotos que me foram enviadas ele parecia extremamente novo, mas ele está bem amarelado na parte superior e com a lombada desgastada. Fico triste quando um livro chega assim para mim porque significa que irei demorar mais tempo para lê-lo porque a parte estética me incomoda.


O que acharam dos meus novos livrinhos?


24 de abril de 2014

Divergente


Divergent (2014)
Dirigido por Neil Burger

Divergente (Divergent título original) é uma adaptação do primeiro livro da trilogia da Veronica Roth. Se você não leu Divergente ou não viu o filme em questão, o texto a seguir pode conter spoilers. Os livros que compõem essa série são: Divergente, Insurgente e Convergente.


Imaginei todo mundo diferente

Eu não imaginei nenhum personagem parecido com os atores que foram escolhidos, nenhum mesmo. Normalmente, quando assistimos a um filme baseado em um livro, sempre tem alguém parecido, nem que seja alguns traços, mas isso não aconteceu. Minha maior decepção foi Tobias, não que o ator não seja lindo, mas não era como na minha mente. Alguns personagens foram totalmente destoantes, como a mãe de Tris, mas nisso eu sei que estou errada já que imaginava ela diferente de como a própria autora descreveu. Para mim, ela era um tipo de Sra. Weasley, por ser uma super mãe. Eu sempre a imaginei gordinha, atirando em todos durante o ataque a Abnegação. A Tori foi a mesma coisa, imaginava ela completamente diferente da descrição da autora. Em parte a culpa é minha, mas os personagens que imaginei como descrito pela Veronica, foi o diretor quem mudou, em especial a Tris, que vou falar melhor no próximo tópico.

Tris roubou pão da Abnegação! Tris roubou pão da Abnegação!

- Quem eu? - Sim tu! - Eu não! - Então porque engordou? – Veronica Roth sempre frisou que Tris era uma menina pequena, magra, fininha, esquelética, ordinária, que passava despercebida. Entretanto, a atriz Shailene Woodley tem esses olhos grandes super chamativos, esse rosto redondo, e corpo até gordinho que difere muito da Tris descrita. Eu a imagina como um palitinho de gente, que treinava e aprendia a usar essa sua estatura baixa e seu corpo magro a seu favor. Ela sempre foi constantemente subestimada, nesse primeiro e nos outros livros que se seguem, por conta do seu corpo, e isso não foi passado no filme. Para alguém que vivia na Abnegação, que não comia hambúrguer, que tinha uma alimentação insossa, vivendo do necessário, ela estava muito bem alimentada, por isso acredito que ela roubou pão da Abnegação! Na verdade essa mesma atriz está interpretando Hazel na adaptação do livro A culpa é das estrelas, e eu não gostei dela para o papel pelo mesmo motivo. Hazel é uma menina doente, fraca, que faz tratamentos pesados e isso acaba com o corpo de uma pessoa, e ela tem esse rosto super saudável e redondinho. Mas deixo para falar sobre isso quando assistir o filme nos cinemas.

Uriah, cadê você ? Eu vim aqui só pra te ver!

Okay, eu não fui só pelo Uriah, mas eu contava ao mesmo que ele teria alguns minutinhos sobre os holofotes, mas isso não aconteceu. Na verdade todos os pobres iniciados da Audácia foram largados em um canto e esquecidos. Quando Tobias fala no filme que a segunda parte do treinamento seria feita com os nascidos na facção eu achei que eles iriam aparecer ao menos um pouquinho, mas isso não aconteceu. Os pobres atores foram apenas figurantes que não tiveram visibilidade alguma. Acontece que Uriah é um fofo, que é Divergente, que tem um envolvimento grande na trama, e eu acredito que não deveria ter sido esquecido. Ele não foi sequer apresentado, foi mais um no meio de outros figurantes. Isso me decepcionou.

Pular de um trem em movimento é moleza!

Quando comecei a ver o filme percebi que eles cortaram muitas cenas “violentas”, como as pessoas que caíram do trem, ou quando o Peter fura o olho de outro iniciado. Comentei isso com a minha amiga Teca e ela disse que eles deviam ter cortado para que a classificação não ficasse muito alta e eu concordei na hora. Entretanto, hoje quando eu parei para pensar percebi que no filme tem sim muitas cenas violentas, inocentes da Abnegação sendo mortos, os pais de Tris morrendo, ela matando seu amigo Will, ela sendo encurralada por colegas que tentam jogá-la no fosso, além do próprio treinamento da Audácia que não é muito leve. Eu não entendi porque eles fizeram parecer pular de um trem em movimento para o topo do prédio algo tão fácil – quem leu o livro sabe que além dos mortos muitos já ficam sem facção logo nessa parte, ou tiraram outras cenas que apesar de violentas enriqueciam o enredo e os personagens, como foi o caso da cena do Peter, falo mais dele no tópico abaixo.

Peter deveria ser malvado, mas é meio abobalhado.

Quem leu o livro sabe como o Peter é malvado, competitivo e violento. Mas o ator escolhido para o filme tem uma cara de bobão na maior parte do tempo, ele não parece o tipo inteligente e maquiavélico que é como Veronica o constrói. Eu fiquei esperando a cena em que ele fura o olho do colega, uma super competição, mas ele apenas se destaca no final por não estar sendo controlado e estar de fato ao lado de Jeanine. Contudo ele é facilmente subjugado, apenas reforçando essa imagem de bobão. Fiquei triste porque, apesar de não gostar dele, ele é um personagem que tem um papel significativo nos próximos livros, e que sempre me surpreende com suas atitudes. Acho que o ator escolhido não foi bom e ele não tem potencial para tudo o que Peter é. Eu imagina alguém com a capacidade do Tom Felton, quando interpretou Draco Malfoy em Harry Potter, com aquela arrogância e cara de nojo que logo desperta a antipatia, mas não foi isso o que aconteceu.

Do lenga lenga aos finalmentes

Assim que Tris entra na Audácia, Quatro é o maior estúpido com ela. Muito lentamente vamos percebendo algumas pistas e algumas gentilezas dele com ela. Então no filme, rapidamente ele está compartilhando seus medos com ela, eles se beijam e no dia seguinte é o teste dela e um dos seus medo é ele querer avançar o sinal e ela não estar pronta. O começo do relacionamento deles foi condizente, mas depois do primeiro beijo não há uma preparação, tudo avança de um modo muito rápido entre eles, não tem a construção de um clima, acho que nisso o diretor pecou.

Então a senhora vai ser mamãe?

Eu não fazia ideia que a Kate Winslet estava grávida. Quando acabou o filme a Larissa, outra amiga que foi ver o filme comigo, perguntou se tínhamos reparado no enquadramento, que nunca mostrava a barriga de Kate, porque ela está grávida. Na verdade, pelo o que li na internet, ela já teve seu bebê, mas estava no período de gestação durante o filme e fez questão de gravar suas cenas, dispensando os dublês. Essa é apenas uma curiosidade, para quem ainda não viu o filme (ou vai ver novamente) não custa reparar.

Balanço Final

Eu gostei muito do filme. Eu estava um pouco receosa, ultimamente tenho assistido algumas adaptações pavorosas, como a de Dezesseis Luas e Cidade dos Ossos, mas Divergente me conquistou. Lógico que eu não gostei de tudo, não gostei de algumas cenas cortadas, alguns personagens que não tiveram destaque, algumas mudanças – entendo algumas, outras não. Adorei as cenas de ação, foi emocionante ver os membros da Audácia pulando de um trem pela primeira vez, a tensão na hora da escolha, além de muito bem feita a cena da tirolesa, além da minha expectativa! Acredito que foi uma adaptação bem feita e que irá satisfazer aos fãs, mas se eu tivesse que escolher, obviamente que eu ainda escolheria o livro ao filme.

22 de abril de 2014

Gregor e a Profecia de Sangue

[ótimo]

Eu recomendo: Gregor e a Profecia de Sangue
Autora: Suzanne Collins
Editora: Galera Record

Crônicas do Subterrâneo:
Gregor e a Profecia de Sangue é o terceiro volume dessa série, se você não leu Gregor o Guerreiro da Superfície e Gregor e a Segunda Profecia, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Gregor sabe que terá que retornar ao Mundo Subterrâneo por conta da Profecia de Sangue, mas ao mesmo tempo em que quer desesperadamente voltar para ter notícias dos seus amigos que desapareceram na jornada passada, ele não quer deixar novamente sua família. Quando menos espera uma mensagem chega do Subterrâneo, sua presença e de sua irmã Boots é necessária, pois a praga da Profecia de Sangue chegou e está matando a todos que tem sangue quente. Mas a mãe de Gregor não deixará que eles embarquem nessa viagem, a menos que ela possa ir junto. Uma corrida contra o tempo se instala, é preciso sair em busca de uma cura ou várias pessoas que Gregor conhece e ama, irão morrer.

Meu cantinho:
Fiquei muito feliz quando consegui fechar uma troca e consegui o terceiro livro dessa série, e assim que ele chegou comecei a ler. Gregor está muito angustiado, sua situação em casa continua difícil, seu pai ainda não está completamente curado, sua mãe continua trabalhando muito sem qualquer descanso, os gastos são altos e a comida é pouca. Além dos problemas em casa ele se vê torturado pela falta de notícias, sempre que pode ele tenta verificar se há algum pergaminho na lavanderia com notícias do Subterrâneo, mas nunca lhe chega nada. Ele está preocupado principalmente com Luxa, que desapareceu ao salvar Boots, e que ele deseja desesperadamente que esteja viva. Quando finalmente recebe notícias, elas não são o que ele desejava. A mensagem afirma que a Profecia de Sangue está em curso, que Gregor é necessário, assim como sua irmã Boots (a única que conseguirá que os rastejantes participem da profecia) para a busca de uma cura, caso contrário todos aqueles que vivem no Subterrâneo e possuem sangue quente irão morrer. Entretanto a mãe deles não permitirá que seus filhos partam em uma nova missão, ela pretende fugir, mas Ripred pede a ajuda de alguns ratos da superfície e consegue “persuadir” a mãe dos garotos, que afirma que eles podem ir, mas que não irão sem ela. E assim os três partem para o Subterrâneo, lá eles descobrem que a peste se espalhou, que várias pessoas já contraíram a doença, e que a situação está muito pior do que eles poderiam imaginar. Apesar de todos esses momentos críticos também achei interessante ver a mãe de Gregor ser apresentada a todos, e adorei o modo como as baratas se referiram a ela: “Criadora da Princesa e Muito Terrível Esmagadora”. Ela acreditava que a presença deles era apenas necessária para uma reunião, mas quando descobre que seus filhos terão que partir em uma viagem para um canto remoto a procura de uma planta que possa servir de cura, ela veta totalmente a viagem. É quando o inesperado acontece e Grace é picada por uma pulga e contrai a doença, e Gregor se vê impelido a seguir sua jornada para salvar sua mãe.
Dos três livros, esse foi o que eu achei menos movimentado, apesar de ainda ter ação, teve seus cenários limitados e mais tensão do que ação. Eu acredito que a narrativa amadureceu um pouco, estamos vendo os personagens envelhecer, Boots já se articula bem melhor, Gregor trabalha para ajudar a família, e também a trama tem se tornado mais complexa. As profecias sempre foram misteriosas, mas nesse livro houve todo um esquema político, envolvendo a busca pelo poder, mesmo que velado por algum tempo, que amadureceu o enredo. Isso torna o livro interessante, mas ao mesmo tempo de me deixa com raiva, não da autora ou do livro, mas de alguns personagens mesquinhos. Acho um absurdo que os humanos tenham matado ratos de fome, pode ser que muitos sejam ruins, mas ainda há ratos bons e filhotes. As baratas que parecem perceber muitas coisas normalmente são desprezadas e alvo de piadas. Nesse livro também temos os camundongos, que foram jogados para terras muito perigosas por conta do domínio dos ratos e que não recebem apoio de nenhum das partes. Acho que a série só terá fim quando um acordo de paz e ajuda mútua sejam oferecidas a esses habitantes.
No geral eu gostei bastante do livro, devorei-o em um único dia. Eu tive meus momentos de raiva, quando achei que ficaria feliz pelo retorno de Luxa ela se mostra muito infantil e isso me irrita. Estava desesperada por notícias de Twitchtip, mas ainda não sabemos se ela sobreviveu ou não. Além disso, temos as mortes que novamente partiram meu coração. Apesar de pequenos detalhes, essa foi uma leitura prazerosa e estou ansiosa pela continuação. 

Continuação:
[Atualizado] O próximo volume dessa série é Gregor e as Marcas Secretas. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

15 de abril de 2014

Brilho

[ótimo]

Eu recomendo: Em busca de um novo mundo - Brilho
Autora: Amy Kathleen Ryan
Editora: Geração

Sinopse:
Os seres humanos acabaram destruindo o planeta e tornando impossível a sobrevivência da espécie humana na terra, após uma seleção algumas pessoas são escolhidas para embarcar em duas naves e atravessar o espaço para chegar em Terra Nova, onde a raça humana poderá sobreviver. Kieran e Waverly são pré-adolescentes que vivem na Empyrean, eles são as primeiras crianças que nasceram na nave e logo devem se casar e ter filhos. Entretanto, eles acabam sendo separados, pois a New Horizon, a outra nova que havia partido alguns anos antes de Empyrean, aparece e ataca a nave, sequestrando todas as meninas, matando diversos humanos e sabotando a outra nave. A New Horizon teve problemas com a reprodução, e sem as meninas todos da nave devem morrer sem nunca conseguir ter filhos. Waverly precisa fugir e retornar para a sua nave, mas ela descobrirá que a tripulação que conhecia escondia diversos segredos, e que ao retornar ela pode não encontrar o que esperava.

Meu cantinho:
Antes de qualquer coisa quero parabenizar o trabalho maravilhoso dessa editora. O livro chegou e eu fiquei babando na capa, eles realmente se empenharam na parte estética do livro. O livro todo possui esse efeito de brilho, na capa, no verso, e até mesmo na orelha do livro, com certeza ele teve um charme a mais. As divisões entre as partes dos livros também se destacam pelas folhas inteiramente pretas, o mesmo perfil da capa com uma citação pertinente a parte do enredo que se segue. Além disso, não percebi qualquer erro de revisão.
O livro começa nos apresentando Waverly, Kieran e Seth. Kieran foi o primeiro a nascer na Empyrean, depois de dificuldades na reprodução, muita pesquisa e tentativas de inseminação eles finalmente conseguiram um bebê. Kieran tem quinze anos, é um menino competente, que caiu nas graças do capitão da nave e provavelmente será ele quem assumirá esse posto no futuro. Kieran namora Waverly, apesar de serem muito novos ele já a pediu em casamento, pois há muita pressão para que fiquem juntos e tenham filhos. Waverly é uma menina com uma personalidade forte, esforçada, corajosa, muito correta e constante em suas ações. Seth acaba sempre ficando em segundo plano, ofuscado por Kiera, ele gosta de Waverly e chegou a beijá-la uma vez, mas ela acabou se envolvendo com Kieran e eles começaram a namorar. Seth me conquistou logo de cara, eu o preferi muito mais a Kieran. Enquanto Kieran parecia um bichinho de estimação seguindo o capitão, Seth demonstrava um ar contestador, e que sabia que coisas não estavam corretas na nave. Apesar de que em alguns momentos Seth me decepcionou, eu entendi suas motivações, pois ele sofreu muito sendo criado por um pai, que o agredia, que o deixava passando fome e que o tratava como se ele fosse um nada, mesmo em momentos tão críticos. Em alguns momentos eu achei que Kieran estava agindo de um modo correto, mas no final do livro eu voltei para o team Seth.
Nossos personagens vivem na Empyrean, uma nave que a muito tempo saiu da terra, em direção a um novo lugar, depois que a ação humana tornou o planeta inabitável. Muitas coisas não são explicadas no livro, como as pessoas foram selecionadas, detalhes do que estava acontecendo na terra, que novo lugar é esse ao qual eles estão se dirigindo. O que sabemos é que duas naves partiram da terra, a primeira era a New Horizon, levando as pessoas religiosas, e a segunda a Empyrean, onde a maioria das pessoas não tem religião. A New Horizon deveria estar muito a frente da Empyrean, mas recentemente ela apareceu próxima a esta, e o capitão da nave tem mantido contato, mas não está prestando esclarecimentos a população. Quando eles menos esperam a nave é atacada, a população da Empyrean totalmente despreparada caí em uma armadilha, grande parte dos adultos são mortos e a outra parte precisa lidar com um vazamento de radiação. As meninas são levadas para New Horizon, sobrando para os meninos o controle da nave.
O livro então segue separado em partes, hora relatando a vida de Waverly na New Horizon, as mentiras controladas pela pastora, também capitã da nave, que afirmou ter trazidos elas a bordo por conta de um acidente na Empyrean, e que apenas por uma infelicidade eles não conseguiram resgatar os meninos e que a nave delas foi destruída. Entretanto, a pastora trouxe as meninas com um objetivo maior, já que as pessoas da New Horizon não conseguem mais se reproduzir e todas as meninas são férteis. Apesar da evidente maldade da pastora, ela também revela que o capitão e diversas outras pessoas da Empyrean não eram tão íntegros quanto ela pensava, e que coisas horríveis aconteceram antes da partida, e outras horríveis aconteceram com sua amiga e poderiam acontecer a ela. Enquanto isso na nave, Kieran e Seth precisam lidar juntos com a ausência dos adultos e das meninas, mas a situação se complica cada vez mais e foge completamente do controle, eu me surpreendi muito pois não esperava isso de meninos com essa idade, mentiras, intrigas, armas e tamanha violência.
Eu adorei no livro o fato dele não revelar tudo, deixar coisas para os próximos livros da série, mas fazer diversas revelações. Ele também não tem aquela divisão rígida: esse lado é bom, esse lado é mal. Algumas pessoas são boas, outras são más, outras têm um lado bom e ruim. Eu estou muito curiosa para saber o que vai acontecer a seguir.

Continuação:
O segundo livro dessa série é Centelha, ainda não lançado no Brasil.

12 de abril de 2014

Max e os Felinos

««««««
[bom]

Eu recomendo: Max e os Felinos
Autor: Moacyr Scliar
Editora: L&PM Pocket

Sinopse:
Max vive na Alemanha, e desde pequeno sempre teve contato com grandes felinos, pelas peles que seu pai vendia em sua loja, assim como o grande animal empalhado que lá ficava, morto por seu próprio pai, e que grande medo causava ao pobre menino. Anos mais tarde, com o surgimento do regime fascista na Alemanha, e se envolvendo em diversas confusões, Max se vê obrigado a fugir as pressas, com destino ao Brasil. Ele consegue sua passagem em um velho cargueiro que acaba afundando – o que ele acredita ter sido uma sabotagem – e se vê perdido no meio do mar, em um escaler, com um jaguar a bordo.

Meu cantinho:
Consegui Max e os Felinos em uma troca pelo skoob como mostrei em minha caixinha de correiopassada. Ele é um livro bem pequeno e muito fino, por isso decidi carregá-lo na bolsa quando saí de casa e fui capaz de ler ele entre minhas folgas, e em uma tarde finalizei a leitura. O livro se divide basicamente em três partes: uma introdução no qual Moacyr Scliar fala sobre o conflito entre seu livro e As aventuras de Pi e um possível plágio; um breve artigo comparando as duas obras escrito por Zilá Bernd; e por fim o livro em si.
A primeira parte muito me interessou, ela foi acrescentada ao livro depois de todos os acontecimentos envolvendo o fato de Yann Martel ter baseado seu livro na ideia principal de Max e os felinos: um rapaz, após um naufrágio, fica perdido no mar, em um bote com um grande felino. Eu amei muito o filme e o livro As aventuras de Pi, e na época, quando soube desse possível plágio de uma obra brasileira fiquei um tanto quanto decepcionada e muito curiosa. Lembro-me de ter assistido um vídeo no qual Moacyr Scilar falava um pouco sobre o acontecimento, sua introdução fala as mesmas coisas que o vídeo, mas um tanto mais detalhadas. Quando as comparações chegaram aos ouvidos de Moacyr, assim como da imprensa, ele teve uma reação diferente do que eu esperava. Muitas queriam ouvi-lo falando mal de Yann, acusá-lo de plágio, queriam que Moacyr o processa-se (confesso que quando soube pela primeira vez desse episódio, sem todos os detalhes, também o desejei). Entretanto, Moacyr não acha que tal ato seja um plágio, que apesar de Yann ter admitido ter se baseado na ideia do livro dele, são livros muito distintos, ele chegou a ler As aventuras de Pi e elogiou o texto, e falou que em hipótese alguma ele pensava em processar Martel. O que realmente o desagradou foi a declaração de Yann sobre a obra Max e os Felinos, pois ele declarou nunca ter lido o livro, mas ter tomado conhecimento dele através da resenha de um jornalista em específico do New York Times que falava mal da obra, e que ele achava a ideia muito boa para ser desperdiçada. Contudo, Moacyr tinha em mãos a resenha desse mesmo jornalista que não era desfavorável, seu livro foi traduzido e publicado em outros países sempre como uma boa aceitação. Lembro-me do vídeo no qual Moacyr declarava que Yann entrou em contato com ele pediu desculpas e atualmente ele cita Moacyr nos agradecimentos. Mas, na minha opinião, acho que Moacyr não ficou de todo satisfeito, ele fala como nos agradecimentos Martel agradece Moacyr pela “centelha de vida” mas não cita Max e os Felinos, e isso parece ter incomodado-o. Basicamente achei muito nobre a atitude de Moacyr, por ter elogiado o trabalho do Yann, não ter considerado um plágio, não ter processado o outro autor, porque como ele mesmo disse, isso traria mais visibilidade, mas não da forma que ele desejava que sua obra a alcançasse. Yann escreveu uma obra maravilhosa, mas ele me pareceu um tanto incorreto pela sua primeira declaração denegrindo a obra na qual se baseou, falando de uma resenha que de fato nunca existiu, de um livro que diz nunca ter lido.
A segunda parte intitulada “De trânsitos e de sobrevivências” é um estudo de Zilá Bernd que fica fazendo uma comparação entre as obras de Moacyr e Yann, contudo, ao começar a ler eu acabei deixando-o de lado e fui direto a obra, pois esse estudo revela muito spoilers de ambos os livros, e eu queria ter minhas próprias ideias sobre essa nova obra e não ser influenciada por outros. O livro é pequeno, e as duas primeiras partes, antes do livro de fato, ocupam aproximadamente 40 páginas das 122 páginas totais que o livro tem. Antes mesmo de começar a ler já fiquei com dúvidas, se ele não perderia em qualidade em questão de detalhamento, já que Pi é um livro muito mais extenso, mas ainda acreditava que o livro poderia me surpreender.
O livro se passa muito rapidamente, ele se atém a algumas passagens que são escritas com alguns detalhes a mais, mas no geral ele segue de modo superficial. Mostra Max e alguns conflitos que tinha com o pai, o medo do grande felino empalhado que ficava na loja, uma situação traumática envolvendo-o, e Max já esta crescendo, se envolvendo com mulheres, indo para a faculdade. Nesse ponto o sistema nazista começa a se espalhar pela Alemanha, e confesso que narrativas que envolvem a Segunda Guerra sempre atraem muito a minha atenção, mas ele pouco fala do governo, e seu desentendimento com o partido nazi se deve ao fato dele dormir com a mulher de um homem do partido. Ele precisa fugir as pressas e acaba embarcando em um cargueiro, com péssimas acomodações, no qual houve o ruído de diversos animais, já que uma das cargas são animais de um circo. O capitão e o dono dos animais sempre parecem ter conversas sussurradas e suspeitas, e quando o navio naufraga, Max tem certeza que o ato foi premeditado. Ele consegue fugir em um escaler, que está bem preparado e equipado para emergências, o que o faz ter ainda mais certeza de que tudo foi tudo arquitetato. Um dia depois do acidente ele acha uma grande caixa flutuando e quando abre o jaguar pula para dentro do escaler. O animal, não avança, não faz nada contra Max, mas quando ele aparentemente começa a reclamar de fome, ele começa a pescar para satisfazer o animal, e basicamente é isso que ele narra sobre os dias no mar: ele pesca e alimenta o jaguar. Quando Max é resgatado eu fiquei nada menos do que decepcionada e frustrada, não era nada do que eu esperava. É nesse momento que a comparação com As aventuras de Pi se tornam inevitáveis. Max não fala da busca por água, por sombra, das dificuldades, parece que ele só coloca o anzol na água e os peixes pulam nele, e isso me decepcionou porque Pi foi muito rico de detalhes, seus sofrimentos, sua angústia, a chuva, o vento ou a ausência dele, a escassez de água, de alimentos, e principalmente: o comportamento do tigre era muito real, diferente do jaguar que fica um dia preso numa caixa sem comer, não ataca o garoto e começa a resmungar quando quer peixes. E o desfecho das aventuras de Pi foram sem dúvida muito mais empolgantes e emocionantes do que o desfecho de Max e os Felinos. Max é resgatado, chega ao Brasil, começa a reconstruir sua vida, mas ainda cercado por fantasmas do passado que ainda se relacionam com felinos, apesar do jaguar ser rapidamente esquecido.
Max e os felinos é uma obra que faz uma crítica a imagem de um poder autoritário que toma a forma de felinos, mas achei que ela foi trabalhada de uma forma muito superficial na passagem com o jaguar e muito mais aprofundada depois de sua chegada ao Brasil. Pi é muito mais rico, seja nas passagens, antes, durante ou depois do naufrágio, suas reflexões são muito mais complexas ao meu ver. Acredito que o estudo apresentado na segunda parte desse livro seja um pouco favorável demais a obra brasileira, sempre fazendo análises profundas que eu não consegui enxergar em Max como vi em Pi.
Eu gostaria de dizer que o livro do brasileiro Moacyr é melhor que As aventuras de Pi, mas isso não seria verdade. É uma obra interessante, leve, para se ler em uma tarde, mas um pouco decepcionante por sua superficialidade em boa parte do enredo. Apesar de ter tido a ideia original, ambos tem histórias distintas, e Yann me conquistou com a riqueza de detalhes, da veracidade e de suas reflexões, muito mais que Scliar.

Volume único.

10 de abril de 2014

Caixinha de Correio


Oi pessoal, passando aqui rapidinho para mostrar para vocês minhas novas aquisições. Os primeiros livros que estou mostrando aqui não chegaram pelo correio, os dois primeiros volumes das Crônicas de Myríade eu ganhei de presente de aniversário do meu grande amigo Kiba. Esses livros são de uma autora brasileira, já li algumas resenhas positivas sobre eles e acredito que vou gostar!


Esses dois livros foram trocas pelo skoob. A Traição é o volume final da trilogia que tem início com A Farsa, que eu resenhei aqui. O segundo volume é A Vingança, que eu comprei há uns três anos e ainda não li. Eu gosto muito desse gênero de policial suspense, mas é que me baseio em escritores como Harlan Coben. Christopher Reich é um bom escritor, mas não chega aos pés do Harlan. Eu troquei o volume final porque acredito que um dia eu vá ler A Vingança, então vou querer ler A Traição também. No geral o livro está em bom estado, apesar de ter uma macha na parte cima que a usuária não me avisou. Ponte em Chamas é o segundo volume da Série Rangers - Ordem dos Arqueiros. Eu li o primeiro volume há muitos anos, apesar de ter esquecido algumas coisas, me lembro do livro ser muito interessante. O livro veio perfeito, como novo, fiquei muito feliz.


Troquei Talvez uma história de amor, mas não sei muito sobre o livro. Ele veio em perfeito estado e tenho expectativas por ser um livro da Rocco, já que os livros da editora costumam ser muito bons. Gregor é minha nova paixonite, assim que terminei o segundo da série, fiquei como louca no skoob procurando conseguir alguém para trocar o terceiro volume comigo. Suzanne Collins me conquistou com essa nova série, vocês podem esperar a resenha de Gregor e a profecia de sangue em breve aqui. Eu continuo sem muito tempo me dedicando aos estudos, mas assim como fiz com Convergente, vou usar cada minutinho livre que tiver para me dedicar a leitura.


O que acharam dos meus novos livros?

7 de abril de 2014

Convergente

[muito bom]

Eu recomendo: Convergente
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco

Divergente:
Convergente é o ultimo volume dessa trilogia, se você não leu Divergente e Insurgente, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Os sem facções assumiram o poder e têm reprimido qualquer posicionamento positivo em relações as facções. Em contrapartida um novo grupo começa a se organizar, os Leais, que desejam cumprir as vontades iniciais dos fundadores: manter o sistema de facção e mandar Divergentes para o lado de fora, ajudar aqueles que ficaram lá. Um pequeno grupo se organiza e vai para lado de fora, entre eles Tris e Tobias, lá eles vão descobrir que muitas das coisas que acreditavam eram mentiras, que do lado de fora reina um sistema tão preconceituoso quanto os das facções, e que se quiserem salvar a cidade onde cresceram e as pessoas que conhecem, terão que desafiar esse novo sistema.

Meu cantinho:
Apesar de estar estudando muito reservei cada minutinho livre para terminar esse livro pelo qual estava muito ansiosa. Quem acompanha minhas caixinhas de correio sabe que o comprei em pré-venda no começo do ano e que ele demorou séculos para chegar. Assim que estava com o livro em mãos comecei a devorá-lo. Assim que avancei alguns capítulos fiquei pensando em como seria possível escrever essa resenha para vocês sem revelar spoilers, porque é simplesmente impossível falar desse livro sem comentar sobre o rumo que ele toma, porque em um segundo estamos dentro dos limites da cidade, com os sem facções no poder, entrando em conflito com um novo grupo denominados Leais, que querem as facções de volta, e no segundo seguinte estamos levando um tapa na cara e do lado de fora da cidade vivendo outra realidade.
Acho que todos se lembram que os sem facção tomaram o poder, agora todos são obrigados a trabalhar em todas as tarefas, assim como não podem manter os hábitos das antigas facções, nem mesmo usar as cores que as representavam. Muitos estão insatisfeitos e um grupo em específico começa a alcançar seguidores, os Leais. Eles desejam alcançar o real objetivo daqueles que fundaram essa cidade, manter o sistema de facções e mandar os divergentes para o lado de fora, para ajudar as pessoas que ficaram do outro lado. Logo nossos queridos divergentes e alguns membros da Audácia se juntam aos Leais, e a missão deles é ir para o lado de fora. Apesar deles não terem um número grande o suficiente de divergentes, eles querem saber como a situação está do outro lado e como podem ajudar. O plano deles é descoberto e temos uma morte (porque matar personagens sua autora malvada? Ainda mais esse personagem em específico sabendo quem estava do lado de fora?), mas o restante do grupo consegue chegar ao outro lado e que surpresa! Aqueles que vivem do lado de fora, de certa forma não precisam de ajuda, mas ao mesmo tempo precisam. Eu esperava encontrar um mundo caótico, devastado, com pessoas vivendo como os sem facções viviam, mas não é bem esse o caso. Há de fatos pessoas assim, mas essas são vistas como sem importâncias; o governo, as autoridades, vivem com uma boa estrutura, com aparatos tecnológicos avançados a sua disposição, sem sofrer quaisquer necessidades. Nossos jovens vão descobrir outra realidade, outro tipo de preconceito, vão perceber que estavam sendo manipulados e que se quiserem salvar o lugar em que cresceram, as pessoas que conhecem, eles precisaram desafiar essa nova autoridade, voltar para a cidade e buscar um acordo de paz entre os Leais e os Sem-facção. Isso é tudo o que posso revelar para não oferecer grandes spoilers, porque o livro todo é uma grande surpresa cheia de reviravoltas! Eu confesso que eu gostei do modo como a autora estruturou tudo, foi tudo muito bem feito.
Quanto aos personagens, eu gostaria de fazer algumas observações. Primeiramente o Tobias: o que aconteceu com você? O livro foi narrado por capítulos intercalados entre Tris e Tobias, e nos capítulos que Quatro narra eu ficava quase sempre com raiva. Ele estava sempre perturbado, preso em pensamentos negativos, em coisas sem importância, arrisco a tudo. Apesar dos medos que ele tinha, dos erros que ele cometeu, eu sempre tive uma imagem muito sólida dele, como aquele cara inteligente, que foi instrutor, que sabe se controlar, que é capaz. Tobias perdeu completamente essas características nesse livro, ele estava agindo feito bobo, sendo sentimental, completamente perdido e sendo absurdamente manipulado. Por conta de suas fraquezas um personagem muito querido se machuca e eu não fui capaz de perdoá-lo. Ele acabou sendo uma grande decepção nesse livro. Já Tris foi uma pessoa que me surpreendeu positivamente, eu acredito que ela amadureceu muito, que ela perdeu muita das birras e do comportamento explosivo dela. Peter é outro cara que sempre me surpreendeu: no primeiro livro de modo negativo, no segundo de um modo positivo, e ele finalizou em Convergente me deixando sem saber o que pensar dele. O mesmo posso dizer de Caleb, eu o odiei muito por muito tempo, principalmente por todo o mal que ele fez a família dele, mas Convergente acaba de um modo que eu não sei o que pensar sobre ele.
Quanto ao final... Bem, eu já havia recebido um spoiler no twitter do que iria acontecer e não pude acreditar, a verdade é que eu não acreditei até que eu de fato li e reli a passagem... Eu confesso que não foi tanto do meu agrado, mas o final também não foi ruim. Acho que dentro desse mundo único e cheio de surpresas e reviravoltas, principalmente no que se refere a esse último livro, ela escreveu um final adequado, mas eu sei que definitivamente muitas pessoas vão odiar, eu particularmente me sinto insatisfeita.

Volume final.

3 de abril de 2014

Caixinha de Correio


Oi gente, tirando um tempo rapidinho para mostrar para vocês o que chegou pelo correio e que infelizmente eu não vou ter tempo para ler porque tenho que estudar (mimimi). Torçam para que eu passe em um concurso, assim logo volto a ler e a postar regularmente (e ainda essa semana vou retribuir os comentários, prometo!). Começando com De repente, o amor, que foi o único livro que eu de fato “comprei”, entre aspas porque quem pagou foi a minha mãe. Usei a mesma técnica de quando consegui O códex dos Caçadores de Sombras e Brilho, que mostrei na minha caixinha de correio passada; muita humilhação, implorando para que minha mãe comprasse esse livro de 9,90 junto com a maquiagem que ela ia comprar pela internet que custava quase dez vezes o valor do livro. Já Garota Infernal foi uma troca livroxlivro no skoob, troquei por um livro que ganhei de presente e que eu não tinha muito interesse de ler, e que já tinha um exemplar aqui em casa. O livro está em um estado muito bom, apesar de que eu não espero muita coisa do conteúdo (eu já vi o filme, peguei o livro mais por curiosidade).


A guardiã da minha irmã é um livro que quero há muito tempo, porque assisti ao filme baseado nele e achei lindo e chorei horrores. Troquei ele no skoob pelo livro Luxúria. Fiquei um pouco triste quando o livro chegou, porque a pessoa afirmou que ele estava em perfeito estado apenas com o nome e a data escrito na primeira página, mas o nome estava escrito e todo riscado em volta, ele também tem uns amassadinhos nos cantos e a parte de cima um pouco suja. Opúsculo foi outro que a usuária garantiu que estava como novo, mas ele tem algumas manchas e ele está meio amassado. Ele é uma paródia de Crepúsculo, acho que ele vai ser esdrúxulo, mas espero rir um pouco.


Fechando as minhas trocas temos o quinto volume de Desventuras em Série, que veio um pouco sujinho na lateral, mas nada muito absurdo. Além dele, troquei com a mesma pessoa Max e os Felinos, que veio em perfeito estado, apenas fiquei triste por ser uma versão de bolso. Estou curiosa para ler esse livro por conta de toda a discussão que houve relacionando ele com As aventuras de Pi, sobre a ideia principal ter sido roubada desse autor brasileiro. Espero que ele seja tão bom quando Pi foi!


O que acharam dos meus livrinhos?