Tenha um pouco de fé

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[ótimo]

Eu recomendo: Tenha um pouco de fé

Autor: Mitch Albom

Editora: Sextante

Sinopse:

Henry é um ex-traficante, ex-dependente químico, negro, pobre, que após ter sua vida salva pela sua fé, ele vira pastor de uma igreja em ruínas e cria projetos para ajudar moradores de rua. Albert é um homem branco, rabino, que conheceu Mitch Albom quando era criança e que pede a ele que escreva seu discurso fúnebre quando esse partir desse mundo. Colocações começam a surgir, Mtich passa a visitar o rabino todo fim de semana, ao mesmo tempo em que se aproxima de Henry, um homem com uma religião diferente mas com a mesma fé, e que a utiliza da melhor forma para ajudar sua comunidade. Mitch vai se aproximando e escrevendo a história juntamente com essas pessoas. Lentamente ele percebe que independente de religião, deve se fazer o bem, deve-se amar ao próximo e é o que ele faz, e é o que ele escreve.

Meu cantinho:

Na primeira (e até o momento única) vez em que eu escrevi sobre um livro do Mitch Albom eu deixei bem claro que ele é um escritor que me encanta muito, seu trabalho é muito diferente, e tem muito do que eu vou definir como “coração”. Parece meio coisa de filme brega, mas é o que eu sinto nos livro de Mitch. Sinceramente, antes de ler efetivamente seu trabalho eu tinha um pé atrás enorme, parecia coisa de auto-ajuda somado com religião, assuntos que não me atraem em um livro. São duas coisas das quais eu prefiro ficar longe, mas que o livro do Mitch parece conter. Afinal, são sempre histórias tristes ou de superação, que tocam de alguma forma nossos corações e fazem com que a gente queira ser uma pessoa melhor (que faz com que pareça auto-ajuda), ao mesmo tempo em que envolve uma quantidade incrível de fé (que faz com que pareça religião).

O nome do livro é tenha um pouco de fé: o parece extremamente religioso e de auto-ajuda. Bem, não é de auto-ajuda, porque não traz regrinha de siga tantos passos e você será uma nova pessoa. Ele conta uma história, uma real, que aconteceu com ele,  que fez com que ele se tornasse uma pessoa melhor, ele conta a história de vida de pessoas que lutaram para torná-las melhor, e se auto-ajuda consiste em te contar uma história com a qual você pode aprender algo bom, então talvez ele seja esse tipo de livro.

Livro de religião? Bem, quero começar dizendo o quanto religião não me atraí, acho um assunto polêmico, problemático com controvérsias. Eu não tenho religião e não sou batizada, com isso eu quero mostrar minha “imparcialidade” com o tema, ou seja, não é um livro que vai tentar te influenciar a seguir fé alguma, tentar te convencer a ir a igreja a todos os domingos ou dar uma gorjeta maior para sua paróquia. Nada disso. O livro mostra sim histórias de pessoas que vivem com fé, com muita fé, e que tem esse elemento com base para sustentar sua vida e ajudar outros que possam precisar de apoio.

Independente de religião ou de qualquer coisa, é um história muito bonita, linda, com momentos muito tocantes, cenas muitos tristes, que faz com que você reflita sobre coisas importantes que muitas vezes passam batidas no nosso dia-a-dia. Esse livro faz com que você valorize coisas pequenas, pequenos gestos, atitudes, que para você pode não fazer diferença, mas pode ser de fundamental importância para outra pessoa. Para mim, esse livro fala de coração, de amar aqueles que estão próximos porque são seres humanos como você, de ajudar porque é algo gratificante, porque é o correto, porque um dia você pode precisar de ajuda também e é bom saber que haverá alguém que vai estender a mão em seu auxilio. É questão de fazer o que é certo, independente de raça, religião ou sexo. É questão de ser humano e agir com o coração.

Volume único.