30 de janeiro de 2013

A Lenda dos Guardiões - O Resgate


««««««
[ótimo]

Eu recomendo: O Resgate – A lenda dos Guardiões
Autora: Kathryn Lasky
Editora: Fundamento

A lenda dos Guardiões:
O Resgate é o terceiro livro da série A lenda dos Guardiões, se você não leu os livros Acaptura e A Jornada o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Em um treinamento Soren e sua esquadra acabam parando em um local onde Soren vê os scrooms de seus pais, que são os espíritos deles que ficaram para trás, por terem assuntos inacabados na terra. Eles dão um alerta a seu filho sobre o Bico de Metal, tentando conseguir mais informações ele fala com o ferreiro da Grande Árvore, mas ainda com dúvidas ele parte em busca de um ferreira solitária, com ela ele consegue obter cada vez mais informações que podem também ajuda-lo na busca de Ezylpro, seu professor desaparecido.

Meu Cantinho:
Preciso dizer que esse livro superou minhas expectativas, o último livro não havia sido assim tão bom, mas esse livro foi muito melhor! S. Aggie fica um pouco esquecida nesse livro, fazendo referências apenas as partículas ou a acontecimentos passados, nesse livro temos com foco o desaparecimento de Ezylpro e o Bico de Metal que veio através de um alerta pelos scrooms dos pais de Soren.
Após o alerta de seus pais, tentando descobrir mais sobre Bico de Metal, Soren e seu grupo vão atrás de informações, procurando uma ferreira solitária, mas na realidade ele acaba descobrindo coisas surpreendentes sobre o passado de Ezylpro. Depois eles tentam investigar o ninho do pro por mais informações e acabam descobrindo toda a vida passada dele através da sua criada de ninha. Ainda na tentativa de solucionar esses vários mistérios que tem se acumulado, eles saem a procura de uma construção antiga na qual Eglatine havia sido presa e que só recobrou a memória do lugar recentemente. Fico feliz que as coisas finalmente comecem a se revelar, nos livros anteriores (e um pouco nesse também) sempre que eles estão falando de algo perigoso e perguntando se é relacionado a S. Aggie eles apenas recebiam como resposta: “quem me dera”, e o leitor ficava sem entender o que estava realmente acontecendo. Não que tudo tenha sido esclarecido, mas descobrimos que é Bico de Ferro, porque ele esta atrás de Ezylpro, além disso, esse livro é muito mais emocionante, várias histórias sobre o passado do pro são reveladas, preciso dizer que me arrepiei com a história dele! Além disso, temos uma batalha muito boa no final do livro e só podemos esperar por mais nos próximos!
A escrita do livro também está muito mais madura, apesar de umas coisas bobas, como no meio de uma história séria, e de toda a tensão, vem uma frase tipo: “então ele fez poing”, poing é uma coisa muito séria para as corujas, mas não podia ter um outro nome que não cortasse toda a tensão que a narrativa estava construindo? A leitura ainda é voltada para um publico mais juvenil, mas mesmo assim o livro está crescendo bastante e acho que é uma leitura válida!

Continuação:
O próximo livro da série é O Cerco, em breve minha resenha aqui.

27 de janeiro de 2013

Caixinha de Correio



Eu estava postando aqui com certa frequência, um dia sim e um dia não, acontece que agora eu estou atolada de estudos. Estou lendo a continuação de AJornada, mas não tenho tido muito tempo livre para termina-lo. Então, aproveitei que os meus livros chegaram e vim fazer uma postagem e esclarecer as coisas!
Bem, consegui A última carta de amor e Starters pelo skoob plus. Eu havia enviado para outras pessoas Os Contos de Beedle o Bardo e A borboleta tatuada e com os meus créditos adquiri esses dois. Acho que foi uma boa escolha, apesar de que A última carta de amor não estar assim com tão cara de novinho, o Starters parece que saiu de uma livraria! Ainda estou esperando mais dois livros chegarem! Espero ter tempo para postar aqui em breve!

22 de janeiro de 2013

A Lenda dos Guardiões - A Jornada


««««««
[muito bom]

Eu recomendo: A Jornada – A Lenda dos Guardiões
Autora: Kathryn Lasky
Editora: Fundamento

A lenda dos Guardiões:
A jornada é o segundo livro da série A lenda dos Guardiões, se você não leu o primeiro livro A captura o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Voando durante o dia e sendo atacado por corvos, enfrentando incêndios, predadores, sempre com medo de que uma patrulha da S. Aggie possa estar indo ao encontro deles, há também o frio, o gelo, a neve, o granizo. As dificuldades que os quatros amigos, Soren, Gylfie, Crepúsculo e Digger tem que enfrentar para chegar a árvore Ga’Hoole são inúmeras, além disso, em seu caminho, eles sempre encontram pessoas descrentes que falam que a árvore e seus guerreiros são apenas lendas e que a busca deles será inútil. Apesar de tudo eles seguem seu caminho em busca da árvore, procurando ajuda para as pobres corujas que caem nas mãos de S. Aggie. Entretanto, pode ser que S. Aggie não seja o maior perigo que as corujas terão de enfrentar.

Meu cantinho:
Os quatro amigos estão passando por uma viagem muito difícil, problemas com predadores, com mau tempo, com descrença. Eles estão buscando a Grande Árvore Ga’Hoole que fica em uma ilha, localizada no meio do mar de Hoolemere. É uma ilha que está sempre envolta por névoas e tempestades, mas dizem que elas se afastam da ilha e permitem a chegada de quem realmente acredita nela. A busca pela árvore é difícil, mas eles acreditam que vão encontra-la, pois precisam avisar as corujas sobre o mau que é S. Aggie, um lugar onde roubam ovos e ainda cometem canibalismo!
Continuo apaixonada pelo livro, confesso que em alguns momentos a história é um pouco enfadonha. Afinal, para quem viu o filme sabe, que assim como o livro passado, a história desse livro se resume em meia hora de filme. Lógico que o livro é mais interessante pela dificuldade e pelas complicações que eles enfrentam, mas algumas passagens são muito superficiais e bobas. Por exemplo, eles param para descansar no Lago Espelhado, um lugar calmo, pacífico, que quase os faz esquecer seu propósito e da jornada, da busca pela Grande Árvore Ga’Hoole, mas a verdade é que o capítulo se dá de maneira bem rápida, a senhora Plithiver, a cobra cega criada de ninho que os alertas, diz que estão ficando preguiçosos e precisam partir. Mas cria-se todo um clima a redor desse lugar, como se ele atrai-se os jovens e fosse perigoso, mas a verdade é que as corujas passam por ele de modo muito rápido e ele é descrito de um modo muito superficial, o que acaba se tornando algo bobo no enredo.
O livro tenta construir um mistério, pois o objetivo dessas quatro corujinhas e poder alertar as outras sobre o mau de S. Aggie, mas a verdade é que, apesar de todo o mau que esse lugar tem gerado (e que vimos no primeiro livro) como eles roubam ovos, comem corujinhas, usam elas, parece que há um perigo maior. No meio da jornada eles encontram uma coruja que foi atacada e que está perto da morte, quando eles perguntam o que aconteceu e se foi um ataque de S. Aggie e tudo o que ela diz é “quem me dera”. Isso começa a atormentar as jovens corujinhas, a possibilidade de um perigo ainda maior que S. Aggie, mas nada é de fato revelado.
Chegar a Grande Árvore Ga’Hoole vai ser uma tarefa difícil e talvez as coisas não saiam como planejadas e nem se solucionem do modo que eles desejam.

Continuação:
O próximo livro da série é O Resgate, já estou lendo esse livro, esperem a resenha em breve!

20 de janeiro de 2013

A Arte de Correr na Chuva


««««««
[ótimo]

Eu recomendo: A arte de correr na chuva
Autor: Garth Stein
Editora: Ediouro

Sinopse:
Enzo é um cachorro, está velho, ele quer partir, chegou sua hora, ele está pronto para ir e voltar como um ser humano igual aquele especial que ele viu na tv sobre cachorros na Mongólia falou. Ele está pronto para voltar e poder dar um aperto de mão em Denny, seu dono, ele está pronto para poder falar tudo o que sempre quis.  Enzo é um cachorro incrível, que conhece Denny, um corredor de carro e juntos eles compartilham uma vida, as coisas boas e ruins, o casamento, a filha de Denny, as brincadeiras, a casa nova, as corridas, assim como os problemas financeiros, a doença, as viagens, os problemas judiciais. A vida é narrada pela perspectiva de Enzo, marcado por sua inocência e pureza, uma estória belíssima.

Meu cantinho:
O livro é narrado por Enzo, um cachorro metade labrador e talvez metade terrier, um cachorro que simplesmente encanta os leitores, pela sua doçura, pelo seu caráter, pela sua força de vontade e sua pureza. Não tente procurar semelhança com outros livros que contam belas histórias de cachorros, cada uma é bonita do seu jeito, e Enzo tem seu jeitinho único e especial que vai aos poucos conquistando o leitor.
O primeiro capítulo narra Enzo já velho, morrendo, com dificuldades e debilitado, mas ele é extremamente consciente de sua situação e quer que seu dono entenda que ele está pronto para partir, que ele fica bem, que o deixe ir, pois um dia ele voltará como um homem e o cumprimentará na rua e dirá: “O Enzo mandou um oi”. Nos capítulos seguintes ele começa a narrar sua vida, como Denny escolhe ele entre vários cachorros da ninhada, quando Denny arruma uma namorada, se casa, quando ela fica grávida, Enzo vai vivendo ao lado de seu companheiro e ele se mostra um cachorro maravilhoso e inteligente. O livro é narrado por Enzo então o livro é contado pela perspectiva de um cachorro, e é muito bem construído e interessante.
O livro tem muitas analogias referentes a corrida, Denny é um corredor, um bom corredor principalmente na chuva, assim como foi Ayrton Senna. O que eu achei bacana é que o autor realmente é fã do Senna, inclusive há uma nota dele antes de começar o livro, assim como uma nota da irmã do Senna que é presidente do Instituto Ayrton Senna. Algumas vezes é difícil de entender ou mesmo visualizar algumas das referências que ele faz sobre a corrida, o controle do carro e tudo mais, mas normalmente, mesmo não sendo uma corredora (eu nem sequer tenho carteira de motorista) é possível entender muitas das referências que ele faz, e muitas coisas do mundo das corridas que Enzo traz são lições úteis para toda a vida!
Acho que é um livro tão único que eu simplesmente não consigo descrevê-lo de forma satisfatória. Tudo o que posso dizer é que a narração de Enzo é pura, é bela, e mostra a vida de uma perspectiva totalmente diferente. Esse foi um livro que me prendeu muito, e preciso dizer que comecei a chorar no penúltimo capítulo e quando li o último só fui capaz de deitar e chorar pela beleza que foi essa estória. Recomendo!

Volume único.

18 de janeiro de 2013

Divergente

[ótimo]

Eu recomendo: Divergente
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco

Sinopse:
Para eliminar a maldade e a corrupção humana, as desordens do mundo, foram criadas facções, aqueles que acreditavam que o problema era a ganância, o egoísmo, fundaram a Abnegação, aqueles que achavam que a culpa era da agressividade fundaram a Amizade, os que culpavam a ignorância fundaram a Erudição, os que culpavam a covardia fundaram a Audácia e os que culpavam a duplicidades, as mentiras, fundaram a Franqueza. Ao completar 16 anos os jovens, para ingressar na vida adulta fazem um teste para ver qual facção eles fazem parte e depois assumem publicamente em uma cerimônia a facção a qual escolheram. Beatrice vive na Abnegação, mas percebe que o altruísmo não é uma de suas qualidades, quando faz o teste o inesperado acontece, seu teste é inconclusivo, ele pode pertencer a mais de uma facção, ela é uma Divergente. Mas ser uma Divergente parece ser mais perigoso do que ela imaginava, e existe um plano para exterminar aqueles que não se encaixam, ela agora precisa se fortalecer, se adaptar e descobrir o que esta acontecendo e o que ela é.

Meu cantinho:
Eu já tinha lido algumas coisas por cima sobre esse livro, sempre ficava com medo de possíveis spoilers, mas foi um livro que logo de cara eu sabia que iria gostar, ele é outro daqueles livros futuristas, onde a cidade foi modificada, com algum tipo de imposição, ou novo governo, além de tramas escondidas, como é o caso da série Feios, Destino, Estilhaça-me, A seleção, Delírio, entre outros. Apesar do livro ser no estilo desses outros, ele tem coisas bem únicas, além daquele mistério, e o livro toma um rumo que eu simplesmente não esperava, gostei muito!
Beatrice é nossa personagem principal, ela saí da Abnegação, porque sabe que quer algo da vida, não apenas esquecer de si e pensar nos outros, ela acha lindo o estilo da vida da Abnegação, mas percebe que não deseja segui-lo. Diante do resultado inconclusivo do seu teste, ela fica na dúvida de qual caminho seguir, e acaba por optar pela Audácia. Entretanto, as coisas não serão fáceis nessa facção, ainda mais para uma menina magrela, que não se alimentava bem, que não praticava atividades físicas e que agora terá que se esforçar para saltar de trens em movimentos para topos de prédios, lutar, atirar, correr, escalar. Para piorar tudo ela não pode deixar que os outros saibam que ela é Divergente, essa situação se mostra cada vez mais perigosa e ela pode estar correndo risco de vida.
Confesso que algumas coisas são meio previsíveis, mas não acho que isso prejudica a leitura, muito pelo contrário, era tanta coisa acontecendo que quando algo se confirmava eu soltava gritinhos e continuava lendo para saber outros detalhes da história. Também preciso dizer que quando eles falam sobre o lema original da Audácia, de quando ela foi fundada, sobre atos simples de bravura e da coragem para se levantar e defender o outro, eu me lembrei na hora de Harry Potter no primeiro livro, no qual Neville, o mais medroso se levanta para enfrentar os próprios amigos. Até fiz umas associação entre as facções e as casas, mas não temos muito mais semelhança entre os dois.
Eu acho que minha resenha está ruim, mas é que eu simplesmente não consigo apontar o que é bom, pois o livro todo é ótimo. O mundo se divide em facções para lutar contra os problemas do mundo e a corrupção da humanidade, mas mesmo dentro de cada facção, mesmo tentando ressaltar uma característica boa, está acaba sucumbindo a corrupção e preconceitos. Beatrice é uma Divergente porque ela não se encaixa no padrão, a verdade é que ela não quer ser apenas bondosa, amiga, ou corajosa, ela não quer escolher, ela quer ser tudo. Ela não é uma menina bobinha e certinha, ela não é a mais forte e a mais inteligente, mas ela é diferente, e ela aprende a se defender, a manipular, e a enfrentar seus medos. No meio do caminho ela sofre traições, perseguições, se apaixona, se machuca, vence e perde, e o leitor simplesmente se delicia com o crescimento, com os infortúnios e com a coragem de nossa personagem. Além disso, há algo que não se encaixa, quem são os divergentes, quem quer extermina-los e porque? Um livro maravilhoso, que atendeu as minhas expectativas, mal posso esperar pelo próximo.

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro dessa série é Insurgente. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

16 de janeiro de 2013

Porque os homens amam as mulheres poderosas?

[muito bom]

Eu recomendo: Porque os homens amam as mulheres poderosas
Autora: Sherry Argov
Editora: Sextante

Sinopse:
Nesse best-seller Sherry Argov nos traz dicas, que expõe com exemplos e depoimentos de homens que recolheu em entrevistas, do porque os homens amam as mulheres poderosas. Ela demonstra que a mulher boazinha que abre mão de tudo não vai obter sucesso em um relacionamento e que a mulher poderosa, que se ama, se respeita, que possui dignidade, será aquela capaz de ter um relacionamento saudável e conquistar um homem digno.

Meu cantinho:
Lembram quando postei minha última caixinha de correio e falei que só comprei porque minha irmã comprou uns livros para ela e dividiu o frete comigo, bem, esse é um dos livros dela que eu estava muito curiosa para ler. Tenho certeza absoluta que você já ouviu falar desse livro, já viu ele nas livrarias, nos espaços daqueles mais vendidos, assim como já viu alguém lendo (eu já vi várias pessoas) e estava curiosa para saber o que a autora fala. Normalmente eu não gosto tanto desse tipo de livro, ele tem cara de livro de autoajuda e eu não gosto de ler e muito menos resenha-los, mas acho que estou me tornando mais flexível, além disso, gostei desse livro.
O livro traz coisas que toda a mulher já deveria saber e colocar em prática, mas a verdade é que muitas vezes não fazemos. Ela traz a mulher poderosa em oposição a mulher boazinha/capacho. Não que a mulher poderosa seja mandona, ou qualquer coisa negativa, a mulher poderosa é aquela que pensa em si, que se valoriza, que tem dignidade. Enquanto a boazinha/capacho é aquela carente, dependente emocionalmente, que acaba tornando o relacionamento para outra pessoa uma obrigação, já que ela sente que precisar dar um suporte emocional a essa boazinha, pois sem ele ela não aguente, o homem tem que dar satisfação, a mulher gruda no pé dele, então o relacionamento deixa de ser algo prazeroso.
As dicas são aquela que sempre ouvimos de uma amiga ou da mãe, são aquelas ações que sabemos que devemos ter, mas que durante um relacionamento nos esquecemos. Acredito que quase todo mundo já abriu mão de suas vontades, de planos ou de outras coisas pessoais por conta de alguém, isso quando não faz coisas mais sérias, como largar emprego, desistir de faculdade, mudar seus horários, larga compromissos, entre outras coisas, pois a outra pessoa não gosta, se sente insegura, ou para passar mais tempo com o parceiro. A mulher poderosa possui autocontrole, respeito, é aquela mulher que se ama, que acredita nela, que é independente financeiramente, ela não é bruta, grosseira, agressiva, ela é gentil quando também recebe gentileza. Ela não fica discutindo relacionamentos e tendo conversas sem fim, ela fala por meio de ações de um modo que o homem entenda. 
Eu entendi e concordo com muitos aspectos da mulher poderosa, mas acho que nem todo mundo consegue se adaptar a esse formato, eu, por exemplo, sou um bocado explosiva e impulsiva e sei que não me adaptaria a alguns conselhos que ela dá. Ela fala que o homem gosta de receber elogios, que temos que ser poderosas, mas que devemos deixar que os homens façam pequena coisas por nós para que se sintam nosso heróis. Eu não seguiria os conselhos dela de subir numa cadeira e pedir socorro para matar uma barata ou abrir um pote de conservas que sou capaz de abrir. Ela fala que temos que ser poderosas, mas que temos que dar certo espaço para os homens, mas meu jeito me impediria de fingir uma fragilidade se eu não a tenho de fato. Se eu sou capaz de matar uma barata eu mato, se eu não for ai sim peço ajuda. Algumas coisas parecem um pouco contraditórias no livro, como isso, você é poderosa, mas tem que deixa-lo assumir um papel de homem herói, você tem que ser poderosa e seguir tudo o que ela fala mas aparentar naturalidade porque homens não gostam de mulheres que se forçam as coisas, tem que ser independente, dar espaço, distância, mas não demonstrar desinteresse. 
Acho que esse livro é bom você ler para não se esquecer de algumas básicas, como ter dignidade, gostar de si, não abrir mão das coisas que você gosta, não se tornar dependente financeiramente, emocionalmente, ou em qualquer outro aspecto, mas não acho que você deva seguir tudo a risca, cada um tem sua personalidade que nem sempre se adapta a tudo na fôrma que ela passa.

Volume único.

14 de janeiro de 2013

Os 13 porquês


««««««
[ótimo]

Eu recomendo: OS 13 porquês
Autor: Jay Asher
Editora: Ática

Sinopse:
Clay Jensen chega um dia em sua casa e se depara com um pacote endereçado a ele, sem remetente. Dentro do pacote ele encontra 13 fitas, ele vai a garagem e coloca as fitas para tocar, ele fica muito surpreso quando escuta a voz de Hannah Baker, a menina pelo qual era apaixonado, a menina que a algumas semanas atrás havia cometido suicídio com overdose de remédios. Nas fitas Hannah vai contando tudo o que aconteceu desde que chegou na cidade que levou ela a querer cometer suicídio, em 13 fitas ela conta sua história e de mais 13 pessoas, elas são obrigadas a ouvir a fita e a passar adiante para a próxima pessoa a qual ela conta a  história, se elas não passarem adiante um conjunto de fitas extras irá a público. Clay vai ouvindo as fitas e fica horrorizado com as coisas que escuta, mas não consegue entender qual seu papel no suicídio de Hannah.

Meu cantinho:
Fazia já muito tempo que eu queria ler esse livro, eu e todas as pessoas do skoob, mas a verdade é que esse não é um daqueles livros que você acha disponível para troca, o jeito seria comprar. Ele estava na minha lista de desejados a mais de um ano, então achei que seria interessante comprá-lo quando a oportunidade surgiu. Sinceramente, foi um dinheiro muito bem gasto porque esse livro é maravilhoso.
Esse livro está longe de ser um livro leve, ele é muito pesado, e não apenas pelo suicídio cometido por Hannah, mas o livro é cheio de atitudes grotescas, mentiras, abusos, fofocas, crimes. E não é apenas a história de Hannah, várias vidas, várias histórias vão sendo contadas e entrelaçadas umas as outras e é horrível você perceber a naturalidade com que pessoas vão cometendo atos de maldade contra as outras pessoas sem nem pensar.
Hannah passa por coisas terríveis, e em parte eu entendo o sofrimento dela. Não há nada pior do que você não fazer absolutamente nada e as pessoas inventarem fofocas a seu respeito para obter, de alguma forma, uma vantagem. Hannah é uma menina descente, uma adolescente normal, mas as pessoas começam a pintar a imagem dela como uma menina fácil e promiscua, e todos começam a acreditar nela e a tratá-la como se ela fosse assim, alguém fácil que todos podem passar a mão. A maldade dos outros e a impotência de Hannah diante disso tudo é muito doloroso, e o pior é que ela é uma menina normal que simplesmente foi encontrando uma quantidade enorme de pessoas ruins, mentirosas, manipuladoras, interesseiras e depravadas, e não soube como lidar com isso tudo. Acho que a pior parte de ler esse livro é que sabemos que não tem volta, é que sabemos que não tem um final feliz, a vida de Hannah chegou ao seu fim, estamos ouvindo sua história, mas não há nada que pode ser feito para mudá-la. Em alguns momentos eu fantasiava, de que ela na verdade poderia ter mudado de cidade, ou que não estive morta de fato, internada, qualquer coisa para me iludir, mas a verdade é que todas aquelas pessoas fizeram da vida de Hannah um inferno, de pequenas a grandes ações, as coisas simplesmente foram se acumulando e Hannah foi sofrendo tanto e mesmo quando foi buscar ajuda não conseguiu.
Quando Clay vai seguindo o mapa que foi deixado no seu armário alguns dias atrás que está relacionado com a história contada nas fitas, ele vai fazendo o caminho que Hannah fez e ouvindo sua história. Ele acaba por encontrar algumas das pessoas que estão na fita, e fiquei surpresa como elas encontram alguém para depositar a culpa e rapidamente se libertam de qualquer culpa com um “eu não deveria estar nessa lista” ou “eu não deveria estar nas fitas”, é muito fácil julgar um ato ou outro como hediondo e esquecer que seus atos também tem consequências. Acho que Clay acaba sendo uma vítima dessa história assim como Hannah e fico muito triste por ele ter que passar por tudo isso, ele amava Hannah, gostava dela de verdade, mas achava que ela não deveria ter interesse por alguém como ele, sabendo dos supostos “envolvimentos” e das “experiências” que as pessoas fofocavam que Hannah tinha.
A única crítica que tenho a fazer é que o mapa que está no livro também está disponível para os leitores, ele começa na capa e termina na contra capa, além desse “corte” no meio do mapa, eu que estava acompanhando a leitura com ele, percebi algumas diferenças. Por exemplo, Hannah fala que determinado ponto tem uma grande estrela vermelha totalmente pintada, mas ela não existe no mapa do leitor. Não sei se eles pensaram que o leitor não acompanharia – eu acompanhei – e achei uma pena o mapa não ser idêntico ao do texto. Exceto esse pequeno detalhe o livro é esplêndido.

Volume único.

12 de janeiro de 2013

Pão-de-Mel


««««««
[ótimo]

Eu recomendo: Pão-de-Mel
Autora: Rachel Cohn
Editora: Galera

Sinopse:
Cyd Charisse é uma problemática de plantão, acabou de ser expulsa do colégio interno por ser pega com seu ex-namorado, além disso, tem as bebidas e os ferimentos ocasionais que provoca em si. Ela não se dá bem com a sua mãe, apesar de seu padrasto fazer o possível para defendê-la, já ela viu seu pai apenas uma vez na vida aos cincos anos, já que ela é sua filha bastarda. Quando Cyd apronta mais uma, sua mãe não vê outra opção, manda ela para Nova York para conhecer melhor seu pai biológico e quem sabe amadurecer um pouco diante da realidade.

Meu cantinho:
Comecei a ler o livro e me senti muito confusa em relação a personagem principal, não sabia se odiava Cyd ou se sentia pena. Você vê o abandono do pai biológico, como ela se lembra em detalhes do único dia em que viu ele aos cinco anos de idade, e como ela guarda com carinho a boneca que ele lhe comprou. A relação com a mãe dela é complicada, são brigas, gritos, ofensas e explosões, quando ela conta o modo como a mãe dela não deixava ela cuidar do irmão pequeno quando ela descrevia estar completamente apaixonada por ele (e ela podia ter feito birra ou algo assim por estar ganhando um meio-irmão mais novo), eu fiquei com pena dela. E quando ela pensa na relação com a sua mãe e relembra momentos lindos de sua infância ao lado dela, eu também fiquei de coração partido por Cyd, acho que não tem coisa pior que se afastar assim de alguém que se ama. Ela tem um padrasto que a ama muito e que sempre a defende e que na maioria das vezes pega leve com ela. Ela vai sempre em uma casa de idosos cuidar da Sra. Pão o que eu acho um gesto muito fofo – mesmo ela tendo ido lá a princípio por conta de serviço comunitário. Acontece que ela lida com os problemas que tem de uma forma pouco madura, são ofensas, bebidas, se machucar e ficar cutucando as feridas; ela sempre faz coisas inconsequentes como fugir do internato para atender as vontades do namorado e se tornar popular, roubando lojas quando sua família é rica, você vê que toda essa postura de delinquente é para chamar atenção e eu acho esse tipo de comportamento irritante.
Fiquei também confusa quanto as fantasias dela, há no livro breves capítulos no qual ela fica fantasiando sobre sua comunidade alternativa, onde as pessoas iriam viver de tal e tal forma, onde o estilo de vida sempre se adequa aos problemas que ela esta vivendo no momento. A princípio eu pensei, como uma menina que já namora, que já tem uma vida sexual ativa, que já fez um aborto, pode ser tão infantil a ponto de ficar fantasiando comunidades loucas, além de andar com uma boneca para cima e para baixo. A verdade é que ela é só uma menina mimada de 16 anos que tem feito muita porcaria na vida dela, e que meninas nessa idade ainda sonham com coisas bobas.
Quando Cyd arruma mais um problema para a família (ela burla o toque de recolher e passa a madrugada na casa do namorado), a mãe dela faz um escândalo e briga com ela, seu padastro sempre tão calmo também briga com ela, é nesse momento que de cabeça quente Cyd revela que isso não deveria ser problema já que já dormiu inúmeras vezes na casa de seu namorado Siri, voltando para casa de manhã cedinho e eles nunca perceberam isso. Essa revelação faz com que Cyd fique de castigo, presa em casa, impedida de ver o namorado, mas seu humor apenas vai piorando até que seus pais decidem mandá-la para Nova York para conhecer seu pai biológico (a mulher dele havia morrido e ele queria passar mais tempo com sua outra filha). Lá ela conheceu um pouco mais do passado da mãe e de seu pai, conhece seu meio-irmão mais velho, muito carinhoso e sua meia-irmã chata e frígida. Ela vai aos poucos vivendo coisas que faz com que amadureça e perceba coisas que antes não conseguia ver.
No verso desse livro está escrito que “Pão-de-Mel não é apenas mais um romance teen”, e eu concordo plenamente, relutei a princípio a ler porque pensei que seria mais um livro cheio de dramas adolescentes, mas não é, é um livro que apesar das fantasias de Cyd e de sua imaturidade, aborda questões difíceis com uma profundidade maior do que eu esperava. Recomendo!

Continuação:
O próximo livro da série é Siri, espero conseguir a continuação em breve.

11 de janeiro de 2013

Caixinha de Correio



Estou aqui para mostrar minha caixinha de correios, sim, eu acabei comprando mais livros, mas só porque eram livros que eu queria muito, que estavam muito baratos e porque minha irmã queria comprar livros também o que abateu o frete. Cuco não faz parte dessa compra, consegui ele através de trocas no sebo. Interligados é o primeiro volume de uma série nova, eu já tinha conseguido o segundo volume dessa série também num sebo, então queria logo o primeiro!




Os 13 porquês é um livro que simplesmente todo mundo deseja no skoob, mas tem um único menino que colocou ele pra troca, que todo mundo pede o livro para ele (inclusive eu), mas pelo o que eu vi, ele nunca respondeu um recado. Foi um livro mais caro, mas queria a tanto tempo que valeu a pena. Divergente é um livro relativamente recente, eu estava esperando o preço baixar um pouco para comprar, mas depois percebi que ele era da Rocco e que o preço não iria baixar e eu deveria ficar feliz com o pouco de desconto que consegui. Considerando que eu paguei quase cinquenta reais em Inveja (outro livro da mesma editora), eu paguei barato nesse livro. Esperem a resenha desses livros em breve!

10 de janeiro de 2013

O Guia do Mochileiro das Galáxias


««««««
[regular]

Eu recomendo: O guia dos mochileiros das galáxias
Autor: Douglas Adam
Editora: Sextante

Sinopse:
Arthur Dent vive no planeta Terra, mas não por muito tempo, os Vogons acabaram de chegar para destruir seu planeta para a construção de um desvio (e ele triste porque a prefeitura iria destruir sua casa naquele dia). Para a sorte de Arthur, ele descobre que seu melhor amigo Ford é um alienígena, que estava na Terra fazendo pesquisa para aprimorar o Guia do Mochileiro das Galáxias, mas que acabou perdendo sua carona de volta e passou os últimos anos vagando pela Terra. Juntos eles pegam uma “carona” na nave dos vogons, mas logo o capitão da nave decide jogá-los no espaço, mas eles são resgatados por uma nave, que infelizmente é uma nave roubada. Arthur logo vai descobrindo mistérios do universo e a importância de uma toalha.

Meu cantinho:
Sempre ouvi falar muito bem desse livro, imagino que até mesmo quem não leu sabe alguma coisa sobre o livro, principalmente no que diz respeito a toalha ser o item mais importante do universo. Eu cheguei de ver o começo do filme uma vez e não me interessei tanto, mas ainda tinha uma visão positiva do livro, foi por isso que troquei no skoob não apenas o volume um, mas também o dois e o três. Acontece que eu não gostei do livro. Todos falam bem e amam esse livro de paixão, mas eu simplesmente tenho um limite para o absurdo. Eu não gostei dele pelo mesmo motivo que eu não gostei de Alice no País das Maravilhas e Fim Medonho, eu acho que todo livro tem um pouco de absurdo, já que conta uma história, e sempre do ponto de vista e alguém, sempre tendendo a um lado, ou mesmo quando cria um mundo fantástico; eu já li de tudo, aliens, lobisomens, vampiros, anjos, demônios, zumbis, mas todo o absurdo tem um limite e muitos dos absurdos desse livro são grotescos ou desprovidas de qualquer humor.
Eu entendo que o livro faz uma série de sátiras e críticas a várias coisas importantes, a corrupção, a política, a religião, e isso é um dos poucos fatores que eu vi de positivo no livro, mas para mim, tudo isso perde a importância se ele usa exemplos completamente surreais para essas críticas. Já aviso que se você é uma pessoa muito religiosa pode não gostar desse livro pelas piadas em relação a existência de deus, eu particularmente não me importo, achei algumas coisas nesse aspecto até engraçadas.
O livro não foi tão terrível porque eu de fato fui capaz de terminá-lo, e apesar de ter demorado um pouco não foi tanto tempo, a não ser que você conte que eu comecei a ler ele ano passado e abandonei a leitura, mas é que quando comecei a ler ele este ano, li desde o começo pois já não me lembrava direito de tudo, então contei o tempo de leitura desse ano. Acho que quando a história não tem um pingo de lógico eu acabo não registrando os detalhes e me lembrava de maneira superficial do que já havia lido.
Eu até fui procurar umas resenhas no skoob, e a maioria são positivas, achei inclusive uma pessoa que disse que quem não gosta desse livro tem três razões: não tem senso de humor (eu tenho senso de humor, achei algumas coisas engraçadas, mas muito pouco), não gosta de física e astrologia (eu não gosto mesmo de física, e astrologia – você não leu errado, astrologia ao invés de astronomia, bem, eu de fato leio coisas sobre meu signo as vezes – deixei um comentário corrigindo o erro, espero que ele não apague a opinião dele e que vocês possam ver) ou tem apatia por coisas nerds (eu não sou de forma alguma indiferente a coisas nerds, gosto muito, mas tem coisa que são do meu agrado e essa infelizmente não é).

Continuação:
O próximo livro da série é O restaurante no fim do Universo, já possuo o livro, mas ainda não sei quando vou ler.

8 de janeiro de 2013

A borboleta tatuada


««««««
[bom]

Eu recomendo: A borboleta tatuada
Autor: Philip Pullman
Editora: Objetiva

Sinopse:
Cris está trabalhando em uma festa a pedido de seu chefe Barry quando se encontra com Jenny, ela esta fugindo de uns caras e ele a ajuda. O mistério que envolve essa mulher encanta Cris, eles começam a sair, se aproximar e Cris está completa e perdidamente apaixonado, mas a verdade é que pouco sabe sobre ela. Jenny é uma menina que foge do passado, que não se importa muito com as coisas, com o futuro, que esconde coisas terríveis. Por acasos da vida vários desentendimentos acontecem, mentiras, intrigas, ingenuidade, desencontros e encontros, no qual Cris está fadado a matar a mulher que ele ama.

Meu cantinho:
Eu acabei esse livro e não sei dizer se gostei dele ou não, ele te empurra um monte de suposições, ele desmantela muita coisa no final, e ele te deixa com sentimentos tão confusos, que não sei dizer se gosto, mas posso dizer que tive muitos sentimentos no decorrer da leitura. Eu comecei a ler assim que consegui ele numa troca do skoob (a muito tempo), mas o livro não me prendeu e acabei largando ele, quando me solicitaram ele pelo plus falei: agora vou ler esse livro, e li ele em uma tarde.
Temos Cris trabalhando em uma festa quando ele conhece Jenny, ela está fugindo de um cara e seus amigos e ele lhe dá cobertura, logo se vê que ele gosta dela pelo mistério, e ele diz que essa é a mulher que ele vai matar no futuro.  Com essa fala dele você começa a criar milhares de suposições e analisar tudo o que acontece esperando para ver o que vai levar Cris a mata-la. Eu comecei a achar o comportamento de Cris um tanto quando obsessivo por alguém completamente desconhecido, a relação parece tomar um ar doentio, quando ele percebe que ela mente para ele, ele não se importa e diz “qualquer coisa que Jenny dissesse era melhor do que a verdade, só porque ela estava dizendo”, e assim que você tem a confirmação de que uma pessoa fica burra quando ama. E então você começa a avaliar Jenny, ela obviamente é uma menina perturbada, que não quer muita coisa da vida, o tipo que tem um passado sombrio (que é revelado ao leitor) e que é envolta por mistérios. Eu entendo que ela passou por coisas horríveis no passado, mas não acho que por isso ela seja obrigada a levar a vida que leva, ela pode muito bem tentar leva um vida boa, mas não se importa muito com isso. Você começa a ver seu lado destrutivo e pensa: ela vai acabar destruindo ele, porque ela é o tipo de pessoa que faz a coisa errada, mas ainda é capaz de fazer ele se sentir culpado.
As coisas começam a ficar confusas, você sabe que Jenny tem um lado destrutivo, você sabe que Cris está perdidamente apaixonado, mas não sabe como a morte de Jenny vai acontecer já que você começa a perceber a ingenuidade de Cris. É terrível o modo como a ingenuidade fica estampada em sua cara, e é terrível quando ele começa a perceber a falta de caráter das pessoas. Quando ele percebe sua ingenuidade, quando ele passa por coisas terríveis, ele acredita que cresceu, que sabe das coisas, mas na verdade ele continua sendo um cara fácil de se enganar que não sabe de nada, e é nesse ponto que eu me identifico um pouco com Cris.
Barry Miller é outro personagem fundamental dessa história, me pergunto como alguém é capaz de mentir de maneira tão compulsiva sobre tudo, me pergunto porque é tão difícil dizer a verdade quando ela é pequena e sem importância. As mentiras cresceram tanto e tomaram uma proporção gigantesca, que Barry acabou perdendo tudo o que tinha, mas me pergunto se isso será o suficiente para que ele aprenda sua lição.
O livro é muito interessante, porque apesar dos personagens viverem as cegas, o autor revela um pouco de cada personagem para o leitor, quando Jenny esconde seu passado, o leitor fica sabendo as atrocidades que viveu em sua infância, quando Barry conta mentiras grandiosas, o leitor fica sabendo da mediocridade que é sua vida.
O livro surpreende a todos, com a gama de possibilidades, de encontros, de desencontros que só é percebido pelo leitor. Preciso dizer que terminei a leitura com um sentimento ruim, de impunidade, de asco, de exaustão e de tristeza. Não sei o que esperar desse autor, há um tempo comprei a trilogia de A bússola de ouro e ainda não li, me imagino o quanto o trabalho dele ainda irá me surpreender.

Volume único.

6 de janeiro de 2013

Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Anjos Caídos

[muito bom]

Eu recomendo: Cidade dos Anjos Caídos – Os instrumentos Mortais
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera

Os Instrumentos Mortais:
Cidade dos Anjos Caídos é o quarto volume da série Os instrumentos mortais, se você não leu Cidade dos OssosCidade das Cinzas e Cidade de Vidro o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Os problemas foram resolvidos, Valentim foi derrotado, mas algo estranho esta acontecendo. Caçadores das Sombras pertencentes ao antigo Ciclo de Valentim estão morrendo, a suspeita é de que alguém esteja tentando criar discórdia entre a Clave e as criaturas do submundo, já que cada corpo aparece em um território pertencente a um grupo. Também surge a suspeita de que alguém esteja tentando fazer o mesmo que Valentim, e gerar mais bebês com sangue de demônio. Além disso, uma antiga vampira se aproxima de Simon com promessas e revelações, e alguém está tentando de matá-lo, mas não consegue por conta da marca de Caim, Jace está enfrentando pesadelos onde sempre assassina Clary e Clary não sabe o que fazer diante do súbito afastamento de Jace.

Meu cantinho:
Decidi ler esse livro sem muita empolgação por conta de como foi o livro passado, na verdade (não sei por que) eu achava que esse era o último livro da série, que iriam aparecer uns probleminhas, mas que eles iriam enfrentar juntos e que depois todos iriam viver felizes para sempre, mas na verdade o livro tem continuação e as coisas estão bem empolgantes, então o livro me surpreendeu! 
O livro tem um foco diferente, quem está em papel de destaque é Simon, nos demais livros, por mais que acontecessem coisas importantes com os outros personagens, o foco era sempre Clary e Jace. Confesso que não morri de amores pelo Simon pelo o que ele estava fazendo de namorar duas meninas ao mesmo tempo, achei um bocado de sacanagem dele, mas acho que deixei isso passar pela quantidade de coisas que ele tem passado, ser transformado em vampiro, bebendo sangue velho de animais para sobreviver, vivendo com a sede, não conseguir pronunciar o nome de Deus, o medo de como será a reação da mãe, o que reserva o futuro dele como um ser imortal, vendo todos que ama envelhecer e morrer. E ele vai enfrentando muita coisa sozinho, e vejo que ele não consegue mais contar tanto com Clary, que está muito envolvida com seus próprios problemas para perceber quando o amigo está precisando de ajuda. Na realidade, achava que Jace estava sendo bobo, ele tinha pesadelos e por isso se afastava de Clary e não conversava com ela, entendo o fato dele ter sido criado por Valentim, mas acho que ele ficou muito neurótico a respeito disso, mas entendi que haviam outras coisas agindo e acabei deixando passar. Mas sinceramente, a parte que era sobre Clary e Jace foram as partes mais chatas do livro! Outra parte chata foi o ciúme extremo de Alec quanto ao passado de seu namorado, como se ele tivesse culpa de já ter vivido vários século e ter se envolvido com outras pessoas no passado!
O livro tem várias coisas interessantes, uma antiga vampira tentando Simon a passar para o lado dela, uma igreja que cultua demônios, alguém perseguindo e tentando de todas as formas matar Simon, mortes de caçadores das sombras, bebês demônios, um livro que não fica parado! Temos também um novo personagem que eu gostei muito, o nome dele é Kyle, e ele entra como vocalista na banda de Simon (não vou lembrar o nome da banda agora, porque ela tem vários nomes diferentes a cada livro), preciso dizer que achei ele estranho a princípio, quando ficamos sabendo um pouco mais dele fiquei com receio, mas quando as coisas de fato se esclareceram eu comecei a torcer para que tudo desse certo para ele!
Para fechar essa postagem eu percebi uma falha no enredo, mas gostaria de avisar que para falar dela vou precisar revelar um pequeno spoiler, então quem ainda não leu e não quiser saber pode parar por aqui. Maureen é uma menina jovem, uma das únicas fãs da banda de Simon, e isso só porque é apaixonada por ele e espalha para todos que é sua namorada. Quando ela morre seu corpo é encontrado com um corte na garganta dentro de uma lata de lixo. Pouco tempo depois ela aparece como vampira, e eu fiquei... oi? Achava que o processo para se tornar vampiro implicava várias coisas entre ela ser enterrado em sequencia e não sair a luz do sol, mas o corpo dela foi encontrado numa lata de lixo, como a autora não percebeu isso? Eu pelo menos entendi como um erro, mas apesar disso e de outros detalhes, o livro foi muito bom e muito melhor que o livro passado!

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro da série Os Instrumentos Mortais é Cidade das Almas Perdidas. Você já pode ler a resenha dele clicando aqui.

4 de janeiro de 2013

As leis de Allie Finkles para meninas - Dia da mudança

[bom]

Eu recomendo: As leis de Allie Finkles para meninas – Dia da Mudança
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record

Sinopse:
Allie Finkle é uma menina de nove anos, tem sua melhor amiga, mora com os pais e os dois irmãos, gosta do seu colégio e de quase todos os colegas. A notícia de que vai mudar de casa é uma surpresa, ainda mais uma casa antiga, onde tem um sótão, no qual ela tem certeza que tem uma mão zumbi que vai matar ela e a família dela, igual ao no filme de terror que seu tio deixou ela ver escondido a noite. Ela fará de tudo para impedir essa mudança, e como se as coisas não fosse ruins os suficiente sua melhor amiga briga com ela pois ela acabou deixando a notícia de sua mudança escapar bem no dia do aniversário dela, estragando o grande dia da amiga. Sua mãe a leva para conhecer o novo colégio, e a professora e as colegas de classe parecem ser bem legais, mas a verdade é que não pode ter isso, pois precisa ficar na sua antiga casa com sua família a salvo.

Meu cantinho:
Me pediram para troca no skoob o livro A cabana, quando fui olhar a lista de troca da pessoa me deparei com As leis de Allie Finkle para meninas. Acabei pedindo esse livro sem fazer a mínima ideia do que era a história, pedi ele porque era um livro da Meg Cabot que eu não tinha e normalmente eu só morro de amores pelo trabalho dela. Acontece que fui pega de modo despreparado, tanto que quando comecei a ler pensei: “esse é um livro que vai para a minha lista de trocas no skoob”. O que foi que aconteceu¿ Bem, eu comecei a ler e nossa personagem principal, Allie, era ninguém menos do que uma menina de 9 anos, com toda aquelas coisas de criança que para uma pessoa de 22 anos como eu, acabou soando como algo muito bobo.
Allie é uma menina comum, tem aquela melhor amiga que é meio bobona mas também meio mandona, coleciona pedras (segundo ela geodos), tem irmãos mais novos, faz coisas que toda as crianças fazem. A princípio não vi nada de muito interessante nela, na verdade me irritei com ela um pouco, sei que ela é criança, mas as birras, a insistência e a infantilidade me chateavam. Ela começa a escrever um caderno com suas leis, para lembrar o que é preciso e o que não pode ser feito, algumas coisas engraçadinhas, mas muita coisa boba, como o fato de não poder comer comida vermelha – coisas de criança. Mas Allie tem lá suas particularidades, ver ela brincando de bonecas e a filha ser sequestrada e mandar uma orelha para a família e coisas assim, lembro de como ela falava que sua antiga melhor amiga não gostava de brincar com essas coisas assustadoras, mas a verdade é que minhas brincadeiras com bonecas também nunca foram assim. Ela também sobe um monte no meu conceito com o sentimento de defesa pelos animais que ela tem (já que ela quer ser veterinária), acho super fofo como ela entra no restaurante chinês e sempre vai checar a tartaruga que tem no aquário, já que tem sopa de tartaruga no cardápio e ela tem medo que alguém peça essa sopa e a tartaruga morra. Também acho legal o que ela fez salvando o gato das amigas malvadas, sinceramente, eu teria feito tudo o que ela fez, Allie me conquistou completamente nessa cena! Acho que nesse momento em que me identifiquei com ela, e que comecei a ser mais “receptiva” ao livro, comecei a pensar em como era mais nova, e tive amigas muito parecidas com a dela, ter me identificado fez com que eu gostasse mais do livro e acabei desistindo de coloca-lo para troca.
Outro personagem que me ganhou foi o tio dela, a princípio achei ele um mala (antes dele aparecer na história) ele deixava Allie ver filmes de terror de noite e quando houve a sugestão de mudar de casa, e ela viu a casa antiga ela ficou insistindo que havia uma mão zumbi no sótão que mataria todos eles. Mas depois, o que ele faz por Allie (e a tartaruga) e o modo como ele consegue lidar com ela, me conquistaram! Foi com certeza meu personagem preferido! 
Acho que essa é uma leitura bem diferente para quem já é mais velho, mas a Cabot sabe como escrever um livro, na inocência de Allie é possível lembrar de como éramos quando criança, e ainda nos surpreender com a perspicácia e entendimento que ela pode ter do mundo. 

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro da série é As leis de Allie Finkles para meninas – A garota nova. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.