[ótimo]
Eu recomendo: Tabuleiro dos Deuses
Autora: Richelle Mead
Editora: Paralela
Sinopse:
Um vírus destrói grande parte da população, quando este é finalmente controlado temos o surgimento da Era da Renovação. Em destaque temos a RANU, constituída pelo o que seria o antigo Canadá e Estados Unidos. Este desenvolve um grande poder tecnológico, militar, além de um grande controle sobre a sociedade e o banimento de quase todas as religiões. A religião oficial legalizada apela para a razão e questões científicas. Poucas conseguem a aprovação do governo para continuar existindo. Quando estranhos assassinatos começam a ocorrer, envolvendo adagas de prata e lua cheia, o governo passa a acreditar que uma seita está matando inocentes. Para solucionar esse mistério eles chamam uma das pessoas mais inteligentes e capacitadas da área, Justin March, que avisa sido expulso do país e enviando ao Panamá sem que ninguém soubesse o motivo. Para completar sua missão ele recebe um guarda-costas, Mae, uma soldada pretoriana, temida por sua força e fúria, extremamente bonita e sedutora e ao que tudo indica, elegia por um deus, assim como March.
Meu cantinho:
Quando mostrei esse livro na minha
caixinha de correio, eu disse que não sabia sobre o que ele tratava, basicamente eu vi um livro novo da Richelle Mead (autora da série
Georgina Kincaid e
Academia de Vampiros) e eu precisava tê-lo, ponto final. A autora continua trabalhando na linha do sobrenatural, mas agora voltada para divindades.
Temos nesse livro um mundo distópico, no qual um vírus destruiu grande parte da população da Terra, essa foi chamada Era do Declínio. Quando a epidemia foi controlada – apesar de grande parte da população guardar sequelas – temos o início da Era da Renovação. Nessa nova Era temos um destaque para a RUAN – República Unida da América do Norte, formada pelo o que seria o antigo Canadá e os Estados Unidos. A RUAN é extremamente moderna, com um alto desenvolvimento tecnológico assim como militar, estável, segura, dividida em castas, onde as religiões não são permitidas sem uma forte regulamentação do governo, sobrando poucas igrejas, que pregam a razão acima de tudo, diferente das antigas religiões que pregavam milagres e outras coisas inexplicáveis a ciência. Essas informações que eu acabei de apresentar resumidamente em um parágrafo, na verdade são bem mais complexas e levam muito tempo para aparecer no livro. O livro começa mostrando Mae que parte em uma missão como guarda-costas, para entrar em contato com Justin, um exilado político que está no Panamá. Esses detalhes de como está o mundo, o que aconteceu, a praga, a nova estrutura política, as divisões de classe, são apresentadas ao leitor aos poucos, o que pode as vezes nos deixar um pouco perdido. Eu gostaria que a autora tivesse explicado esse mundo melhor para situar o leitor, mas essa é a única crítica que tenho a esse livro.
Mae nasceu em uma das castas mais altas, sua mãe queria que ela fizesse um bom casamento, com alguém de grandes posses. Entretanto, ela não se conforma com seu destino e decide servir seu país. Hoje ela é uma pretoriana, um soldado de elite, bem treinada, com dispositivos que estimulam a produção de adrenalina tornando-a mais fatal. Eles são temidos até mesmo pela população de seu país, pois os pretorianos são conhecidos por sua força e violência. Mae sempre procura manter o controle, não deixar transparecer as emoções, mas em um período de luto ela é provocada e ataca outro soldado, como punição ela é mandada para escoltar alguns oficiais ao Panamá, que estão em busca de um antigo funcionário do governo que foi exilado, Justin March.
Justin March é um homem extremamente inteligente, perceptivo, que consegue analisar uma grande quantidade de informações em um curto período de tempo, mas também mulherengo e cheio de vícios. Ele trabalhava para o governo tanto regulando religiões oficializadas pelo governo (buscando sempre falhas para que pudesse fechá-las), além de descobrir religiões clandestinas, buscando destruí-las. Após mais um de seus trabalhos, ele entregou um relatório e depois disso foi exilado, sem que ninguém soubesse exatamente o por quê. Agora que pessoas de classe alta estão sendo assassinadas, sempre em lugares fortemente vigiados e seguros, Justin é chamado para reaver seu posto no governo, pois há suspeita de que essas mortes estejam conectadas a alguma seita religiosa, e que os melhores especialistas do governo não conseguiram desvendar. Ele vê a oportunidade de voltar para o país que tanto ama, além da segurança e o conforto que sempre quis. Entretanto, essa onda de assassinatos não é tão fácil de desvendar, ainda mais quando os deuses estão envolvidos.
Nessa Nova Era no qual a religião foi banida, um grande espaço ficou vago, o qual os deuses querem conquistar a qualquer custo. Eles se fortalecem através dos seus súditos, dos templos e da imagem, mas um controle tão rigoroso por parte do governo faz com que muitas seitas sejam ilegais. Mae não acredita nesses deuses, por isso ela é surpreendida quando uma religiosa diz que uma deusa luta por ela, que ela é uma escolhida, assim como Justin. Além disso, diversas situações improváveis fazem com que Mae questione a existência desses deuses.
Eu não sei se minha resenha ficou boa, é muito difícil falar sobre esse livro, porque ele é muito complexo, cheio de segredos e morri de medo de revelar spoilers, ao mesmo tempo em que fiquei com receio de não explicar tudo e você acharem que o livro não é bom, porque ele é maravilhoso como todos os outros trabalhos da Richelle Mead. O livro é repleto de ação, mistérios, suspense; envolve magia, genética, política, intrigas, além de uma pitada de romance e sensualidade. Eu particularmente adorei o final e estou muito ansiosa pela continuação! Para quem já leu o livro, eu achei esse link com um material bônus, eu ainda não li, mas
aqui está o link para quem quiser conferir.
Continuação:
O próximo livro da série A Era do X, The Immortal Crown, que será lançado ainda esse ano lá fora.