A Rainha da Fofoca

[ótimo]

Eu recomendo: Rainha da Fofoca

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Sinopse:

Agora que acabou a faculdade Lizzie está indo passar as férias de verão na Inglaterra e vai se encontrar com seu namorado, o rapaz que salvou sua vida em um incêndio dos dormitórios, com quem ela ficou uma única vez e depois passou três meses correspondendo pela internet (já que no dia seguinte ao salvamento ele voltava para sua terra natal). Mas agora que encontro seu tão idealizado namorado com seu lindo sotaque britânico, ela percebe que ele não é tudo o que ela imaginava, e por mais que ela encontre desculpas para si ele continua a decepcioná-la, até que ela não aguenta mais e precisar ir embora. Ela não quer voltar para a casa já que suas irmãs provavelmente iriam lembra-la desse fato pela resto da vida, então de modo muito corajoso ela embarca em um trem e vai rumo a França, onde espera encontrar sua amiga Shari, e um lugar para ficar, mau sabe ela que encontrará em seu caminho muito mais do que esperava.

Meu cantinho:

Eu preciso dizer que foi um das melhores séries que comecei a ler esse ano e que me arrependo imensamente de não ter comprado o terceiro livro (o segundo livro eu li logo em seguida). Eu confesso que quando comecei a ler não achei que ele seria metade do que foi, mas foi muito bom e posso garantir que a continuação foi ainda melhor! Me identifiquei com a personagem principal em muitos aspectos, o fato dela ser extremamente pé frio com relacionamentos, de gays a malandros, o fato dela fazer uma faculdade porque gosta, por mais que ela provavelmente vá encontrar dificuldades gigantes no futuro para trabalhar na sua área e ser bem remunerada, o fato dela ser uma sonhadora irremediável, dela ver algo acontecendo e imaginar os piores cenários possíveis, além de adorar uma boa fofoca e não conseguir ficar com a boca fechada!

Apesar de gostar de uma fofoca, eu acho que tudo tem limites, existem fofocas e fofocas, verdades e mentiras, comecei a ler esse livro com um receio de que nossa personagem fosse alguém que só vivesse para fofocar e além de tudo inventasse mentiras, para minha sorte ela não é alguém assim. Ela gosta de falar, mas não é que ela fofoque, ela escuta uma coisa e as vezes acaba conversando sobre isso, principalmente se ela escuta algo que ela não concorda. Não é fofoca de falar mau do outro, ela escuta algo e sabe que se conversar com outra pessoa sobre isso, ela pode ajudar a pessoa com seu problema. Também não é tão extremo como os próprios amigos deixam transparecer, ela consegue guardar muito bem algumas coisas, principalmente no que diz respeito as coisas que envergonham ela.

Ela é uma menina gordinha (que está tentando controlar as calorias para encontrar o namorado que mora na Inglaterra – ela me lembra um pouco a Bridget Jones – estou pasma pois acabei de descobrir que não resenhei ainda aqui O Diário de Bridget Jones), ela acabou a faculdade agora (história da moda) e vai esperar um semestre na sua cidade pelo namorado que ainda está estudando, e depois planeja se mudar com ele pra Nova York. Ela é a filha mais nova, têm irmãs chatas, todas casadas e com filhos (sendo a gravidez o motivo pelo qual casaram), tem uma avó pinguça e sem qualquer papa na língua (o que é constrangedor para ela e divertidíssimo para o leitor). Sua melhor amiga se chama Shari, eu confesso que não fui muito com a cara dela, mas gostei bastante do namorado dela, Chaz. 

O que acontece nesse livro é que o namorado que ela tanto imaginou e idealizou se mostrou uma pessoa muito incorreta (ele faz muitas coisas erradas, e ela tem uma visão muito correta e idealizada das pessoas, o que as vezes chega a ser engraçado), e como ela estava na Inglaterra e não queria de forma alguma voltar para os Estados Unidos e ouvir toda a família dela falando “eu te avisei”, ela decide se encontrar com Shari e Chaz na França. Eles estão hospedados em um castelo do pai do melhor amigo de Chaz, Luke. No caminho para a França ela conhece um rapaz lindo e maravilho e simplesmente desaba em cima dele e conta todas as coisas horríveis pela qual está passando, mas para sua infelicidade ele acaba sendo Luke, o amigo de Chaz. Ela vai então passar o verão na França, ao lado desse cara maravilhoso, atencioso, que sabe todas as coisas erradas que ela fez, mas mesmo assim a trata bem, por quem ela começa a se apaixonar apesar do fato dele ter uma namorada.

Esse trabalho da Meg Cabot está entre os infanto-juvenis e os adultos, apesar da personagem não ser assim tão nova ou uma adolescente, ela é bem sonhadora, mas ainda assim o livro é apimentado com um pouco de sexo, mas nada em exagero ou muito descrito como em outros trabalhos dela, como por exemplo, Ela foi até o fim.

Antes de cada capítulo temos um trecho da monografia de Lizzie e no início de cada um deles uma frase referente a verdade, a mentira e a fofoca. Eu preciso dizer que, sendo uma aluna de mestrado, eu simplesmente reprovaria a nossa Lizzie, porque aquilo está longe de ser um trabalho acadêmico, mas preciso dizer que muitas coisas na monografia dela foram divertidíssimas! Uma última observação extremamente boba e desnecessária a respeito da capa, mas olhando de perto, eu fui a única que reparei que a ponta da unha da menina é suja e que os dentes dela são extremamente tortos e separados? Não tinha uma modelo de boca mais bonita pra capa? (falei que era bobo).

Continuação:

[Atualizado] O próximo livro da série é A rainha da fofoca em Nova York. Você pode ler a resenha dele aqui.