25 de outubro de 2013

Como eu era antes de você

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[ótimo]

Eu recomendo: Como eu era antes de você
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
                
Sinopse:
Lou tem 26 anos, trabalha como garçonete, mora com os pais, a irmã e o avô. Nunca fez faculdade, não tem quaisquer perspectiva de vida, namora a vários anos com Patrick, uma cara que gosta mais da sua bicicleta do que dela. Sua vida começa a se complicar quando ela perde o emprego (e seu pai também está correndo o mesmo risco) e ela não consegue achar nada que lhe satisfaça na agência de empregos. Até que aparece uma vaga como cuidadora de um deficiente físico, o emprego é perto da sua casa e paga bem, e por sorte ela consegue o emprego apesar da suas poucas qualificações e da entrevista de emprego desastrosa. Lou cuidará de Will, paralítico, que um dia foi um homem charmoso, implacável nos negócios e muito atlético. Will perdeu sua vontade de viver enquanto Lou tem todas as possibilidades diante de si, mas não consegue enxergar. Will mudará para sempre sua visão, fará com que Lou experimente coisas novas, para que não fique preso como ele ficou. Já Lou trará um pouco de felicidade e amor para a vida de um homem devastado.

Meu cantinho:
Jojo Moyers havia me surpreendido muito com A última carta de amor, uma estória totalmente não convencional e com um final muito interessante. Quando vi esse outro livro dela fiquei com muita vontade de lê-lo sem nem ao menos saber sobre o que ele tratava (que novidade, eu e minhas compras por impulso, sem saber do que se trata os livros), mas preciso dizer que foi um dinheiro muito bem gasto porque esse livro é maravilhoso!
Nossa personagem principal, Lou Clarck, leva sua vida medíocre, ela não tem perspectivas, já tem 26 anos e não fez uma faculdade, trabalha de garçonete em um café, mora em um quarto minúsculo na casa dos pais (já que o quarto maior ficou para sua irmã mais nova e seu filho), ela namora Patrick que agora é viciado em esportes, comidas saudáveis, que quase não transa com ela e aparentemente não tem qualquer interesse em morar junto e construir uma vida a dois – não que ela esteja se importando muito com isso. Sua vida que já não parecia muito boa agora tende a piorar. Seu avô sofreu um derrame e precisa dos cuidados constantes de sua mãe, seu pai tem um emprego, mas devido a venda da empresa haverá cortes em breve e é provável que ele fique desempregado. Sua irmã que havia largado a faculdade por conta da gravidez quer voltar a estudar e precisa de ajuda financeira para isso, entretanto, a única fonte estável de dinheiro é Lou, até que ela perde o emprego no café.
Lou vai a uma agência de emprego e está com muita dificuldade em encontrar algo devido a sua pouca qualificação, além de se sentir inadequada para quase todas as vagas que tenta. Ela não gosta de trabalhos em rede de lanchonete onde não possa interagir, ou em uma empresa em que tenha que convencer os velhinhos a trocar de fornecedores de energia, ou trabalhar a noite em uma fábrica de processamento de frango. Além dos empregos que ela não quer nem ao menos tentar com dançarina de pole dance ou supervisor de conversas telefônicas adultas. Para sua sorte, uma vaga inesperada aparece como cuidadora assistente com duração de seis meses, na qual terá que fazer companhia para um deficiente físico. Ao chegar a entrevista ela acredita que não terá nenhuma chance, além de sua pouca qualificação ela tentou usar um conjunto mais formal de sua mãe, mas a saia rasga no meio da conversa. Tudo parece perdido, mas por ser comunicativa e gostar de interagir com as pessoas ela acaba conseguindo o emprego.
No dia seguinte ela conhece Will e fica aterrorizada, ele está parado na cadeira de rodas soltando gemidos e gritos horripilantes, mas Will consegue conversar perfeitamente, ele apenas queria assustar Lou. Will se mostra uma pessoa que evita qualquer tipo de proximidade, ele é totalmente infeliz com a sua situação, é extremamente ácido e ofensivo com as outras pessoas. Sua vida não é fácil, ele tem a mente funcionando perfeitamente, mas é paralítico tendo apenas alguns limitados movimentos de um dos braços. Ele precisa de ajuda para comer, para mudar de posição, trocar seus curativos, cuidar de qualquer necessidade básica além dos poucos prazeres que ainda tem, como ligar o aparelho de som para ouvir uma música ou a tv para ver um filme. Ele precisa tomar uma quantidade enorme de medicamentos, precisa controlar a temperatura do corpo já que seu organismo não faz mais isso sozinho, além de fazer fisioterapia, exercícios que não trarão seus movimentos de volta e que vão apenas impedir que ele não perca por completo o parco movimento que ele tem em um dos braços. Will era um homem bem sucedido, empresário de sucesso, com uma linda namorada, era um aventureiro, que gostava de praticar esportes radicais e que acabou nessas condições não por sua culpa, mas por descuido de um motoqueiro em um dia de chuva enquanto tentava pegar um táxi, justamente porque não queria correr o risco de dirigir sua motocicleta na chuva.
A princípio Lou tenta se aproximar de Will mas só encontra resistência. Ela na verdade cria uma repulsa por ele e por seu emprego, mas não pode pedir demissão já que recebe um salário muito bom e seu pai realmente foi demitido. Will está sempre ofendendo Lou até o ponto em que ela não aguenta e o responde de forma grosseira, nesse momento ela parece conseguir se aproximar um pouco mais de Will. Ele começa lentamente a interagir com ela, na maioria das vezes rindo de coisas que ela fez ou não sabe, mas a verdade é que esse é um progresso já que Will nunca deixa ninguém realmente se aproximar dele. Will começa a ensinar muitas coisas a Lou, sobre a vida, sobre arte, cinema, música, e é possível perceber certa expectativa nele, como se ele quisesse que ela conhecesse tudo isso para deixar aquela pequena cidade na qual ele se viu preso. Ele percebe um potencial nela e quer aproveitá-lo ao máximo, pois devido a sua condição ele não pode deixar a cidade e fazer as coisas que aprecia, mas a verdade é que ela pode investir em seu futuro e fazer tudo o que quiser.
Certo dia, a irmã que morava no exterior aparece na casa querendo tirar satisfações com Will, nesse dia Lou escuta uma conversa entre a mãe e a irmã e descobre que Will já tentou se matar. Que seu emprego temporário tem a duração de seis meses pois é o tempo que Will prometeu ficar vivo para atender a uma expectativa de seus pais, antes de viajar para outro país e ir a uma clínica onde possa finalmente morrer. E que sua mãe contratou Lou na esperança de que ele encontrasse uma amiga e um motivo para se manter vivo. Lou pede demissão apenas para voltar diante do pedido da mãe dele e com um novo plano para mantê-lo vivo. Os esforços de Lou, seus planos, o convívio, os desafios, os problemas, os acertos e os erros, as brincadeiras, os objetos que ela consegue para que ele adquira certa independência, ela faz inúmeras coisas por ele e preciso dizer que fui cativada a cada página. É incrível quando Will revela um lado que os leitores nem esperavam, como Lou parece estar se apaixonando por ele mesmo ainda estando envolvida com seu namorado (um cara horrível que fiquei com vontade de socar inúmeras vezes, principalmente no final do livro) e Will parece finalmente ter encontrado um pouco de felicidade depois do seu trágico acidente. O final para mim foi um tanto quanto inesperado, mas muito bem bolado, muito bem escrito e extremamente emocionante. Acho que eu não soluçava desse modo lendo um livro desde A culpa é das estrelas. Eu chorei tanto com o final e passei o resto do dia com o rosto inchado. Um livro maravilhoso, um dos melhores que li esse ano, recomendo muito e desafio você a não chorar!

Volume único.

3 comentários:

  1. Parece muito com um filme antigo e que eu já assisti muitas vezes, estrelado pela Julia Roberts.
    Adoraria poder elr, pois todo mundo fala super bem do livro.

    Beijo, Van - Blog do Balaio
    balaiodelivros.blogspot.com.br

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  2. Dudiiiiiiiiiiiiiii
    Já adorei sem nem ter lido, haha. Ainda mais vindo de vc, que tem o gosto por livros 99% parecido com o meu.
    Me lembrou muito o enredo de Amigos Improváveis/Intocáveis, que é francês. Você leu ou viu o filme? É muito, muito bom. Daqueles filmes que marcam mesmo.
    Se vc gostou desse livro, é capaz de gostar desse filme, ainda mais pq a história é real e as atuações são seeeeeeeeeeeeeensacionais!
    Adoro suas dicas!
    ;**

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  3. Concordo com a Vanessa! A estória me lembra MUITO o filme "Por Amor" com a Julia Roberts (que por sinal é PERFEITO e tem uma trilha sonora impecável!).
    Comprei este livro e o outro dela em uma promoção abençoada que a Saraiva fez e pretendo lê-los em breve. Sou apaixonada por um bom romance e já prevejo uma nuvem de lágrimas, rs.
    Adorei a resenha!
    Bjos

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