Os Imortais - Infinito

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[bom]

Eu recomendo: Infinito – Os imortais

Autora: Alyson Noel

Editora: Intrínseca

Os imortais:

Chama negra é o sexto e último livro da série Os imortais. Se você não leu os quatro primeiros livros: Para Sempre, Lua azul, Terra de Sombras, Chama Negra e Estrela da Noite o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:

Ever sente que a estranha paisagem desolada em Summerland surgiu por sua causa e depois que viu a estranha senhora que lhe chamou de maneira acusatório e começou a recitar versos estranhos, suas certezas parecem aumentar. Damen está se esforçando ao máximo mas ainda não conseguiu o antidoto, só que nem mesmo essa barreira física impede que ele continue amando Ever e que queira estar com ela aproveitando essas férias de inverno. Para a infelicidade dele Ever quer passar as férias de inverno tentando decifrar o engima da velha louca, mas ele quer uma viagem, uma aventura. Eles chegam em um acordo no qual Damen vai dedicar uma semana inteira para ajudá-la em sua busca. Entretanto, essa senhora e a paisagem desolada escondem verdades que levaram muito tempo e esforços para serem reveladas. A verdade sobre a verdadeira imortalidade, as possibilidades, carma e destino se revelam na frente de Ever, Damen e Jude, restando a cada um deles uma escolha de como prosseguir diante da nova chance que lhe é fornecida.

Meu cantinho:

Sendo bem sincera, não gostei tanto desse livro, de como ele transcorre, de como ele termina. Principalmente de como ele termina. O começo é envolvente, aquele clima de mistério, os intrigantes versos, a velha que surge do nada, que aponta Ever como a causa daquele lugar inóspito em Summerland  e como ela é a única que pode solucioná-lo. Números, palavras, nomes sem sentidos, você acaba lentamente se envolvendo, querendo poder conectar os pontos, descobrir o que há por detrás de toda essa história. Logo as coisas vão se revelando, uma jornada particular se desenrola para Damen, Jude e Ever. A jornada de Jude não é relatada no livro, na verdade ele praticamente não fala nada dela, mas percebemos que ele descobriu algo e que ele sofreu mudanças perceptíveis no final do livro (ao meu ver ele encarou a realidade com maturidade e buscou seu crescimento espiritual). A jornada de Damen é em parte a mesma que Ever, mas percebo que ele não consegue enxergar as coisas com clareza, ele vê as coisas de forma distorcida, para mim ele não conseguiu de forma alguma superar seu carma. Ok, eu sei que eu sou tendenciosa e tudo mais por querer que Ever e Jude fiquem juntos e sei que para quem quer saber mais sobre o livro e para aqueles que gostam do Damen minha resenha deve ser um saco. Acontece que ele é um personagem que parece que regrediu (ou eu nunca tinha percebido que ele era assim), Damen sempre passa aquela imagem de compreensão, perfeição, mas nesse livro em particular ele não apoia Ever em nada, é descrente com tudo (ele que deveria acreditar no impossível já que materializa coisas, vê aura, lê mentes e é imortal), acha tudo impossível, e todas as informações novas ele vê como banal. Odeio o drama excessivo que ele faz, ele está sempre dizendo: a culpa é minha, sou a razão de todo o mal, você deve me culpar pelo o que fiz, entre outras coisas. Mas parece que ele só tenta pegar toda a culpa para sí, para que as outras pessoas (leia-se Ever) fiquem com pena e acabe assumindo a culpa de tudo por ele. Sem falar que todo esse drama de sem-Ever-eu-não-vivo que em alguns casos pode ser muito romântico, no caso dele acho exagero. Como sei que estou imparcial por conta da minha preferência vou parar de falar dele por aqui e continuar minha opinião sobre o resto do livro.

Voltando a falar de jornadas, quando Ever acha que já completou seu destino, descobriu verdades, não esqueceu das lições que aprendeu e ainda ajudou outras pessoas, ela descobre que ainda há mais coisas para realizar e novas possibilidades se abrem para ela que podem mudar o rumo de sua vida.

Não gostei muito dos desafios pelos quais ela passa, não vejo como determinadas coisas podem provar que ela é digna ou não, que chegou o momento dela saber as coisas, nem entendo o porque dela ser a pessoa escolhida. São coisas vagas, sem qualquer sentido para provar seu valor. Algumas situações são interessantes, curiosas, eu fiquei apreensiva sobre o que iria acontecer, mas outras apenas são repetitivas, não são instigantes, e algumas completamente sem sentido por mais que seja uma estória mágica com infinitas possibilidades, algumas coisas ficaram tão nonsense que faz com que o interesse na leitura vacile. Eu confesso que li o livro de maneira rápida, mesmo com as passagens, ao meu ver, “viajadas”, porque eu estava MUITO curiosa para saber com quem Ever iria terminar e ainda tinha esperança de que com as “verdades reveladas” questões de segunda chance oferecida pelo universos para fazer as coisas de modo diferente, ela pudesse terminar com Jude. Não vou contar com quem ela terminou, se foi com o maravilhoso e real Jude, ou com o outro cara (Damen) e vou fazer o máximo para não escrever nada que dê a entender com quem ela terminou.

Não gostei de muitas coisas no final, gostei de algumas outras, não posso falar em detalhes porque não querer revelar nada, algumas partes foram bem emocionantes, a maturidade de Jude (vou tentar para de puxar a sardinha para o lado dele), alguns pontos finais, acertos. Outras foram maçantes e uma em específico foi completamente sem sentido, como assim Stacia sabe sobre as questões paranormais que circulam entre Ever e Damen? Honor eu até entendo, afinal ela estava tendo aula com Jude, se interessando por essa temática, mas Stacia? O que ela tem a ver com os imortais e como ela sequer sabia deles? Ou eu li errado, ou eu pulei essa parte, ou a autora esqueceu de escrever algo que fizesse isso ter algum sentido.

Várias críticas? Sim. Mas ainda acho uma série interessante, com uma temática diferente, com vários momentos cativantes, no qual você percebe um amadurecimento dos personagens (pelo menos na maioria), muitas coisas surpreendentes, aquela paixão que você acaba desenvolvendo por personagens com o qual se identifica, coisa que nem sempre acontece com todos os livros. Acho que a maioria das pessoas não gostam de muita coisa nessa saga, acham muita situações mornas, mas esses livros tem uma coisa inexplicável que todos que pegam para ler acabam lendo a série toda independente dos fatores ruins. Agora que acabei Os Imortais, logo devo começar a ler a série da irmã de Ever, começando por Radiante.

Último volume.