17 de novembro de 2013

A Bibliotecária

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[bom]

Eu recomendo: A Bibliotecária
Autora: Logan Belle
Editora: Record
                
Sinopse:
Regina acabou de terminar seu mestrado com honras e conseguiu um emprego no lugar dos seus sonhos, a Biblioteca Pública de Nova York. Certo dia almoçando nas escadarias ela vê um homem lindo que a encanta, a segunda vez que o vê, ele está em uma sala privada da biblioteca fazendo sexo com uma mulher. Ela não sabe se deve reportar o caso a sua chefe, até que descobre que aquela sala foi construída com uma doação da parte dele e que na verdade ele é o diretor do conselho da biblioteca. Ele parece interessado nela e a intima a sair – ela percebe que não é um pedido e sim uma ordem. Ela se vê no meio de um jogo de sedução, no qual ele é um dominador e quer que ela se submeta a ela. Regina é uma virgem, inexperiente, mas logo se entrega aos jogos de Sebastian. Ela está perdidamente apaixonada por ele, vivendo intensamente e arriscando tudo o que achava importante até esse momento da sua vida.

Meu cantinho:
Comprei esse livro baseada na seguinte lógica (ou falta dela): é um livro que muita gente falou que desejava, eu não faça a mínima ideia do que trata, mas o nome é a bibliotecária, então é um livro que envolve livros. Ponto final. Sim, um compra altamente por impulso! Quando o livro chegou e eu olhei a capa com mais atenção, assim como li o verso, percebi que se tratava de um livro erótico. Normalmente os livros que leio desse tipo sempre envolvem questões sobrenaturais, como A Irmandade da Adaga Negra, e o último livro que li, que envolvia erotismo e não tratava de um mundo paralelo, se baseando em uma realidade mais próxima a nossa, foi Luxúria, e foi um livro bem decepcionante. Esse livro foi muito melhor que Luxúria, mas ainda assim tenho muitas críticas a ele.
Acredito que pelo sucesso que fez a série 50 tons de cinza (que não li mais sei que muitos amam e que outros odeiam completamente), os livros eróticos ganharam um novo destaque no Brasil. Apesar de não ler muitos livros desse gênero, tenho percebido certo padrão nas estórias e nos personagens, que tem me deixado incomodada. Sempre temos uma mulher, que é esforçada, bem sucedida na vida profissional, e apesar de bela não percebe sua beleza, é um tanto quanto desastrada, não liga para roupa ou maquiagem, tem uma vida amorosa desastrosa ou inexistente e um leque de experiências sexuais quase nulo. Regina Finch, nossa personagem principal, acabou de terminar seu mestrado com louvor e conseguiu o emprego dos seus sonhos como bibliotecária na Biblioteca Pública de Nova York. Seu pai morreu quando tinha oito anos e desde então ela sempre viveu com sua mãe, que a criou para que nunca dependesse de nenhum homem, que sempre controlou a filha e a desestimulou a sair com rapazes. Essa mudança para Nova York faz com que ela perceba como sua mãe dependia dela, e devido a grande atividade sexual de sua companheira de quarto (ela está dividindo um apartamento), ela percebe como não tem qualquer envolvimento com ninguém, principalmente pelo fato de ser virgem. Ela tem olhos azuis, um corte de cabelo que todos elogiam, mas não liga muito para moda, compra suas roupas em loja populares e mal sabe andar de sapato de salto. Odeio esse padrão de a mulher bem sucedida em sua carreira não tem qualquer vida amorosa, é sempre bonita mas anda como um patinho feio. Para enfatizar esse contraste eles colocam nossa personagem como mestre, portanto tem bem mais de vinte anos, e é virgem!
Partimos então para a ala masculina, os homens são sempre bem sucedidos, são homens de negócios, extremamente bonitos, deslumbrantes, os solteiros mais cobiçados da cidade. Obviamente que são muito ricos, elegantes, refinados, inteligente, cultos, com uma vida sexual extremamente ativa. Na maior parte dos livros que li até agora, eles são extremamente dominantes na relação e conseguem facilmente submeter qualquer mulher que desejem. Sebastian Barnes é o Diretor do Conselho da Biblioteca, um grande doador de fundos para essa instituição (portanto rico), ele também trabalha como fotografo e é formado em Literatura (inteligente). Ele é lindo de morrer, muito famoso, um dos solteiros mais cobiçados de Nova York, conhecido por não se prender a mulher nenhuma e ficar com várias, apesar de muitas não se importarem, já que tudo o que querem é um destaque na mídia. Ele tem uma vida sexual muito particular, no qual é dominante – mas preciso dizer que comparado a outros livros o nível de fetiche dele é bem baixo, ele causa dor, usa alguns instrumentos como chicote, algemas, e coisas relativamente “leves”. Em outros livros já vi coisas piores, de látex, coleiras, instrumentos que mais parecem de tortura, além de uma violência muito maior. Acho que me senti menos incomodada com essa leitura, porque apesar das cenas de sexo e o contraste entre prazer e dor, ele foi menos “intenso” que outras obras com que tive contato.
O enredo é basicamente o mesmo de sempre, homem lindo, culto e rico conhece mulher bonita, mas que se veste mau, com pouco conhecimento sexual. Ao ver esse deus grego sentimento e desejos começam a aflorar em nossa jovem, coisas que ela não costuma sentir. Eles começam a se envolver em uma relação com muita luxúria, então ele começa a mostrar coisas inusitadas relacionadas a dominação. Nossa então inexperiente mulher começa a entrar nesse mundo, e apesar de tudo ser novo e de uma leve hesitação ela se adapta a situação de submissa muito rapidamente. Ela então se apaixona e começa a querer algo mais, mas ele está habituado aos seus relacionamentos passageiros e baseados somente e sexo e não sabe exatamente como lidar com as necessidades dela, mas ele decide tentar pois percebe que está verdadeiramente apaixonado por ela. A Bibliotecária segue esse mesmo enredo de muitos outros livros, mas também traz algumas coisas a mais. Quando li Luxúria, livro do mesmo gênero e com o mesmo enredo, critiquei o fato dele se limitar a isso e as cenas de sexo, mas A Bibliotecária tem um “pano de fundo”. Primeiro a questão do emprego, ela começa a se envolver com Sebastian e descobre que sua chefe também já teve um caso com ele e começa a ter diversos problemas no emprego. Ela é rebaixada de cargo, sua chefe lhe impõe pequenas tarefas, começa a lhe vigiar de perto e parece estar esperando o menos deslize de Regina para lhe demitir. Preciso dizer para alguém que sonhava desde pequena com esse emprego, que viveu até o momento para isso, ela começa a arriscar demais seu emprego por um relacionamento. Não que ela não deva se envolver com ele, mas parece não existir a possibilidade de um equilíbrio, ou ela é bem sucedida no emprego e sem uma vida social/amorosa, ou ela tem a vida sexual mais louca do mundo com o cara mais cobiçado da cidade e não é capaz de ser responsável e manter seu emprego. Lógico que ela pode faltar em um dia e se sentir “indisposta” em outro, mas o fato é que sua chefe sabe que não é um mau estar ou uma gripe. Além disso, tem as coisas que ela faz no seu local de trabalho que não são corretas, como fazer sexo com Sebastian na sala de reunião assim que todo mundo saí (no horário do serviço). Outro diferencial do livro é a fotografia, Sebastian é um fotografo e costuma tirar fotos das mulheres com que se envolve, fotos sensuais, mostrando a submissão de suas parceiras. Enquanto isso é algo muito importante para Sebatian, é algo impensável para Regina, ela não se acha bonita para as fotos, assim como não quer revelar por completo sua vida sexual (apesar de que normalmente sua rejeição se dá pelo primeiro fator e não pelo segundo, o que é um tanto absurdo). Achei que o livro iria desenvolver mais o pano de fundo, as bibliotecas de uma forma em geral tem perdido o apoio do governo, tem tido problemas financeiros e dificuldade de arrecadar fundos, achei que isso seria mais explorado, que Regina iria aparecer com uma ideia fantástica para solucionar o problema, mas no meio do livro isso é deixado de lado. Mas pelo menos o livro tem certo pano de fundo, diferente de outros livros que parecem apenas querer narrar cenas de sexo.
É um livro interessante. Apesar de tratar de dominação e submissão, é até certo ponto leve, se comparados a outros livros e a realidade dessa preferência. O livro tem sexo, mas não é um livro que apenas quer narrar cenas quentes, e apesar das cenas serem bem intensas, não são várias e várias cenas por capítulos, os personagens tem uma estória por trás (apesar de no final o foco voltar para o casal). Os personagens como eu disse seguem o mesmo padrão de outros livros, o que me chateia um pouco, mas o que mais me irritou é o fato dela não conseguir desenvolver um bom trabalho diante dessa nova realidade sexual. Outro aspecto relacionado a esse gênero é que apesar de falar que existe a mulher dominante, me parece que nesses livros a mulher sempre é a submissa. Acredito que comparados a outros livros é um livro bom, mas nada de extraordinário, com algumas coisas que me desagradam.

Volume único.

2 comentários:

  1. Estou altamente cansada de livros assim, eles são clichês e não apresentam nada de novo. Não leio e nem tenho vontade! Só a capa se salva!

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  2. Tenho visto opiniões parecidas com a sua.
    Bom livro, mas nada de extraordinário!
    Mesmo assim pretendo ler!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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