[ótimo]
Eu recomendo: Gregor e o Código da Garra
Autora: Suzanne Collins
Editora: Galera Record
As Crônicas do Subterrâneo:
Gregor e o Código da Garra é o quinto volume dessa série, se você não leu Gregor o Guerreiro da Superfície, Gregor e a Segunda Profecia, Gregor e a Profecia de Sangue e Gregor e as Marcas Secretas, o texto a seguir pode conter spoilers.
Sinopse:
Na superfície a avó de Gregor está doente e o pai volta a ter crises e a ficar debilitado, o que obriga Lizzie a descer até o subterrâneo (apesar de sua fobia) para pedir que Gregor volte para ajudá-la. Entretanto, ele não pode abandonar Boots e sua mãe ainda doente da peste no meio da guerra, pois agora Regália é um lugar seguro. Lizzie acaba ficando presa ao subterrâneo, pois não é mais seguro voltar e Gregor precisa lutar nessa guerra e enfrentar essa nova profecia que diz que o guerreiro da superfície irá morrer.
Meu cantinho:
Junto com esse livro chegaram vários outros livros interessantes como mostrei na minha caixinha de correio aqui, mas a minha prioridade de leitura foi ele. Eu me apaixonei por Gregor e suas aventuras, mas estava receosa: a cada livro mais personagens queridos morriam, Luxa declarou uma guerra e a profecia parecia indicar que algo terrível aconteceria com Gregor, já que todos evitam falar sobre ela com ele. Muitas coisas aconteceram nesse livro, coisas que eu não poderia sequer imaginar, terminei esse livro com um peso no meu peito e por isso acabei demorando a postar a resenha dele aqui.
O livro já começa em um ritmo frenético, afinal a guerra foi declarada, os ratos estão organizados tendo Bane como um líder a ser seguido, e os humanos precisam se preparar. Gregor tem preocupações tanto no subterrâneo quanto na superfície. No subterrâneo tem a guerra, mas o que realmente lhe preocupa é a segurança da mãe e de Boots. Ele deseja mandar as duas para a superfície, mas Solovet quer impedir isso, pois acredita que com as duas no subterrâneo ela pode controlar as ações de Gregor. Além disso, a mãe de Gregor teve uma nova recaída e está muito debilitada por conta da peste que contraiu. Já Boots é essencial para a participação dos rastejantes na guerra, assim como ela parece ser citada na nova profecia. Lá em cima sua avó está internada, seu pai voltou a ficar doente e Lizzie foi obrigada a descer ao subterrâneo para buscá-lo, pois ela não dá conta de cuidar dos dois sozinhos. Lizzie chega no meio da guerra e não pode voltar.
O livro é só ação, em cada ponto de Regália está acontecendo algo, filhotes de camundongos estão sendo tratados, feridos de guerra em outro, há reuniões, planejamento, salão de preparação, armamento. Um espaço especial para o que Hazard está fazendo: enquanto os camundongos adultos sobreviventes estão reunidos no campo de treinamento, é ele quem está ajudando na reunião dos camundongos filhotes que já foram limpos e tratados. Um morcego desce com seis filhotinhos, Hazard fala com eles, descobre seus nomes e anuncia para o estádio até que seus pais apareçam. Foi uma cena que partiu totalmente meu coração. Já em outro espaço um grupo especial está trabalhando, onde os mais inteligentes de cada raça estão trabalhando para descobrir O código da garra. Os ratos tinham uma forma de comunicação, mas fizeram modificações e esse grupo está tentando descobrir o significado desse código para que possam saber onde os ratos vão atacar e se preparar com antecedência.
Pude perceber um crescimento incrível em todos os personagens, mas principalmente de Gregor e Luxa. Aqueles meninos inocentes do primeiro livro já não existem mais, mas é um pouco cruel ver crianças tão novas crescendo de uma forma forçada diante de acontecimentos tão cruéis. Queria abrir um espaço especial para falar sobre Ripred. Ele sempre foi uma figura estranha, cheia de sarcasmo, mas muito certo dos seus ideais. Ele luta contra sua raça, ao lado daqueles que mais os prejudicaram, pois sabe que caso se posicione contra as perdas serão maiores e os ratos podem chegar a ser exterminados. Ele luta contra sua raça pensando em como pode protegê-la, dos outros e de si. Ripred particularmente me tocou nesse livro, quando ele revela sobre seu passado. Foi uma cena que me fez querer chorar porque não é algo que imaginava para ele.
Eu confesso que o final me desagradou. Ele foi muito bem escrito, e pelo o que eu já conhecia da autora era algo que esperava, mas o que me desagradou foi terminar essa leitura com tanta angustia e uma dor no coração. Não só porque inúmeras pessoas que me afeiçoei morreram, mas pelo modo como tudo termina para Gregor. Ele é um colérico, humano, que não pertence nem a superfície nem ao subterrâneo. É tão triste perceber esse personagem tão querido tão arrasado, perdido, deslocado e saber que tudo terminará assim para ele é o pior. Esse foi lançado como o último volume dessa série, mas parece que haverá esperanças para uma continuação!
Continuação:
O final não terminou como eu queria, mas eu não fui a única que desejou algo diferente. Milhares de fãs não gostaram do modo como as coisas terminam e começaram a pedir um novo livro para a Suzanne. Parece que ela pode atender ao pedido, assim como escrever outra série baseada nas aventuras de Gregor. Espero sinceramente que ela escreva um novo livro e termine com um final um pouco mais agradável.
Olá =).
ResponderExcluirEu sou grande fã de Jogos Vorazes, mas confesso que não tenho a mínima intenção de começar a ler essa série da Suzanne que, além de grande, não faz muito meu estilo de leitura.
Beijos.
memorias-de-leitura.blogspot.com