Tapped Out

Tapped Out (2014)

Dirigido por Allan Ungar

Eu estava procurando filmes para assistir quando vi “Tapped Out” na lista dos mais baixados. Eu então cliquei no nome do filme, apareceu a imagem do cartaz e eu já fui convencida a ver quando dei de cara com o Anderson Silva (nem sequer li a sinopse). Eu adoro o cara e acho-o um lutador fantástico - e para quem não sabe o desejo dele é se tornar ator quando se aposentar das lutas. 

Acontece que eu fui impulsionada a ver o filme pelo cartaz e ele me enganou totalmente! Anderson está na frente, ocupa a maior parte da imagem, mas ele não é o personagem principal e na mais de uma hora e meia de filme se ele aparecer dez minutos no total vai ser muito. Apesar disso, esse não é o maior dos problemas, se o filme tivesse sido bom eu até me esqueceria disso, mas a verdade é que ele é bem meia boca.

A trama é muito fraca. O filme começa com Michael, um garoto de 12 anos fazendo seu exame de faixa no karatê e conseguindo a faixa marrom, e logo será a preta, ou seja, o menino é quase um ninja. Ele e os pais dele saem do exame, estão na rua e quando o carro para em um semáforo, dois caras saem da van que estava parada na frente e tentam assaltá-los. Seu pai resiste e é baleado, sua mãe implora pela vida, mas é assassinada. Michael sobrevive porque seguiu as instruções da mãe e se escondeu no banco de trás. O assassino até então mascarado tira a mascara e o garoto grava seu rosto e as tatuagens em seu pescoço, o bandido entra no carro e leva até um lugar para desmanche. Assim que tem a oportunidade Michael saí correndo do carro e foge.

Depois dessa cena já temos um Michael adolescente, quase reprovando pela terceira vez no último ano do ensino médio e se metendo em encrencas com a polícia. Então seu avô conversa com o diretor e arruma para ele um trabalho voluntário num dojo para que consiga os créditos que precisa para formar. Então Michael começa a trabalhar duro, nesse lugar ele começa a se lembrar do seu passado e o dono do dojo volta a treiná-lo. O mais incrível é que anos depois sem nunca ter praticado, ele ainda se lembra de muita coisa e luta muito bem. Isso é uma grande mentira, digo isso porque já fiz luta e poucos anos depois não lembrava de nada e não conseguia me exercitar e fazer nem um terço do que costumava.

Krzysztof Soszynski como o vilão Dominic Gray.

No serviço Michael conhece a sobrinha do seu mestre que leva ele para assistir luta livre. No ringue ele vê o assassino dos seus pais e quer de todas as formas lutar. Ele tem uma chance em um torneio onde o vencendo o enfrentará, acontece que ele é um dos melhores lutadores, enorme, com cara de mal, e até então invicto. Michael começa a treinar para vencer o torneio e também lutar contra esse desejo de matar o assassino de seus pais.

Eu apostaria em Krzysztof Soszynski!

A trama se resume então a esse menino ninja, que vê o assassino de seus pais depois de sete anos, e ao invés de procurar meios legais de colocar ele na cadeia, o rapaz decide treinar para em poucas semanas enfrentá-lo no ringue.

Cody Hackman como Michael Shaw.

Quanto aos personagens, bem, confesso que os atores não são muito bons, principalmente o que representa Michael. Ele tem essa cara sem expressão, ele até tenta, mas a verdade é que o rapaz passa por situações extremamente fortes, mas não consegue manter uma expressão que condiz com o momento. E o cara é o principal do filme, apesar de não parecer pelo pôster – já que ele é o magrelinha no fundo do cartaz a esquerda. Sem falar que a última coisa que ele tem é porte de lutador, e é muito mais baixo e fraco do que o cara que pretende enfrentar (nesse torneio eles não levaram em consideração as categorias de pesos). Apesar de que não vou julgar muito o garoto pelo porte, já que temos ai o Roy Nelson para me contradizer. Para quem não sabe o Roy Nelson é um lutador de UFC, que é muito bom (adoro ele), ele venceu inúmera lutas por nocaute e é super gordo!

Roy Nelson (que não aparece no filme) é o meu lutador preferido!

Apesar de termos grandes lutadores de UFC nesse filme, eu acho que ele passa uma imagem muito negativa do esporte. Parece que o cara que participa de uma luta tão violenta tem que ser esse monstro grande, tatuado e assassino. Não podemos esquecer o tatuado já que quase todos os lutadores são, e infelizmente muitas pessoas associam tatuados a criminosos. O rapaz bonzinho é o cara que luta karatê e está entrando nessa luta violenta apenas para buscar justiça.

Concluindo: o filme não tem uma trama boa, nem atores muito bons. Eu recomendo esse filme se você gosta de ação e se você gosta de cenas de lutas (se tiver frescura com sangue ou violência não assista). Acontece que se você for muito aficionado por lutas você pode também não gostar porque tem muita coisa falsa, afinal nosso ninja magrelinho tem que lutar contra lutadores monstruosos e ganhar. Até eu que não entendo muito consegui ver algumas coisas forçadas. E tente levar na esportiva, se for parar para pensar em como a luta tem uma conotação negativa por conta da associação com o assassino você não vai se divertir nem um pouco assistindo.

Anderson Silva como Anderson Silva!

Ah, se você está se perguntando sobre a participação do Anderson Silva é a seguinte: Michael só luta karatê então ele vai até alguém que possa ajudá-los em lutas no chão, que no caso é o Anderson Silva. Ele ensina alguns golpes, tem efeitos de passagem de tempo e é isso. Alguns poucos minutinhos de Anderson Silva.

Essa postagem sobre filme de lutas foi para compensar os meninos que acompanham o blog pelo Periguete Literária rs!