30 de maio de 2013

Rainha da Fofoca - Fisgada

[muito bom]

Eu recomendo: Rainha da Fofoca - Fisgada
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record

A Rainha da Fofoca:
Fisgada é o último livro dessa trilogia, se você não leu o primeiro livro A Rainha da Fofoca e o segundo livro, A Rainha da Fofoca em Nova York, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse: 
Lizzie aceitou o pedido de casamento do Luke, eles estão noivos, mas alguma coisa não está certa. Por tanto tempo ela idealizou esse casamento e agora ela se sente nervosa e tem urticárias quando pensa nele. Ela procura se ocupar com o trabalho para não pensar na sua festa, nem em Chaz, ou na vaca bonita e inteligente com quem ele está saindo agora. A verdade é que Luke também não toca no assunto do casamento, ele estava ocupado com o cursinho e agora está trabalhando em Paris com seu tio. Apesar de seu interesse por Chaz ela se recusa a terminar com Luke depois de Chaz ter admitido que não acredita na instituição do casamento. Durante tanto tempo ela sonhou em se casar que se recusa a ficar ao lado de alguém que não compartilhe esse sonho com ela.

Meu cantinho:
A primeira coisa que preciso dizer é que o título “rainha da fofoca” ficou meio de lado, apesar da boca grande de Lizzie, como ela mesma gosta de ressaltar, não houve nada exacerbado por parte da nossa personagem principal durante o livro. Na verdade, ela se tornou incrivelmente boa em guardar segredos, principalmente no que diz respeito a seu pequeno caso com Chaz de seu noivo Luke. Apesar da burrada que ela fez no final do livro passado, de aceitar o pedido de casamento de Luke, ela amadureceu muito como pessoa. Acredito que por conta do trabalho dela, como ela tem se esforçado e como tem sido bem sucedida, da independência que ela conquistou, das dificuldades que ela passou, ela cresceu muito. Lógico que ela ainda precisa amadurecer um pouquinho mais, perceber o que realmente tem valor, como no caso do casamento. Ela sempre idealizou um casamento, ela trabalha com vestidos de noivas, ela quer muito casar, mas não adianta nada disso se o noivo não é a pessoa certa. Toda vez que pensa em seu noivado com Luke ela se sente mau, um enjoo, mas que ela acredita ser apenas nervosismo. A verdade é que ela e Luke nem passam mais tanto tempo juntos, devido a divulgação que teve ela está lotada de trabalho e Luke viajou para Paris para trabalhar com o tio. Eu nem sequer entendo porque Luke pediu Lizzie em casamento, a suposições dos amigos de que ele tinha medo de ficar só é um tanto quanto esquisita, já que Lizzie descobre que Luke sempre esteve muito distante de estar completamente sozinho. Ela eu entendo, Lizzie tinha construído na sua mente um casamento em Paris, com um príncipe, um cara rico e que deseja se tornar médico e salvar criancinhas, mas ela não percebe que Luke não a conhece de verdade. Ela está noiva de um cara que não sabe como ela verdadeiramente é, alguém de quem ela esconde seu corpo, vive usando modeladores, alguém que não entende seu sonhos, que acha que consertar vestido de noivas é um hobbie e não um trabalho, uma pessoa que não sabe seus gostos. Completamente diferente de Chaz, que sabe cada pequena coisa dela, seja de modeladores constrangedores, da sua família estranha, seu refrigerante favorito ou como gosta de tomar seu vinho. O único problema é que Chaz declarou não acreditar em casamento depois do que ele passou com Shari, mas o que Lizzie precisa pensar é se uma festa e um pedaço de papel é tão importante assim, ou se o que importa é ter a pessoa certa, que você ama ao seu lado.
A verdade é que esse livro todo só acontece por conta da burrada de Lizzie, de aceitar se casar com um cara que obviamente não a amava, que a pediu em casamento por impulso (ou sei lá porque motivo). É óbvio que o cara certo para ela é o Chaz e que Luke é um cara completamente alheio a tudo, mas apesar disso o livro não fica completamente tedioso, porque Lizzie tem vários outros problemas para resolver. Ela tem muito trabalho, problemas na família, a possibilidade de ficar desempregada, uma noiva famosa que ela precisa ensinar a vestir calcinha para não ser fotografada constantemente e virar escândalo. 
O que me deixou “entediada” nesse livro, foi um aspecto que antes eu tinha gostado no primeiro livro, que era a formatação dele. Antes de cada capítulo temos algo relacionado a casamentos, no primeiro livro era a monografia de Lizzie, no segundo dica de organização do casamento, nesse são curiosidades a respeito de como o casamento se tornou o que é hoje, além de mais dicas de como organizar a festa. A verdade é que essas passagens, principalmente as curiosidades são um pouco cansativas, confesso que no final do livro eu já tinha pulado algumas ou simplesmente feito uma leitura rápida por cima.

Volume final.

28 de maio de 2013

Pandemônio

[ótimo]

Eu recomendo: Pandemônio
Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca

Delírio:
Pandemônio é o segundo livro da série, se você não leu o primeiro livro Delírio, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse: 
Lena sobreviveu, ela não sabe exatamente como, mas continuou andando pela selva, e quando não aguentava mais foi encontrada por outros Inválidos. Ela foi cuidada, e aos poucos foi se aproximando das outras pessoas. A confirmação da morte de Alex foi extremamente dolorosa e difícil de lidar. Ela também foi obrigada a criar uma resistência física que não possuía para poder contribuir e permanecer nesse lugar. Ela vai ficando cada vez mais forte, assim como seu desejo de ajudar, depois de ver como a vida na selva é difícil e como as mentiras na cidade são mortais, ela precisa fazer algo para destruir esse sistema.

Meu cantinho:
Pandemônio foi um livro que me surpreendeu, eu não sabia exatamente o que esperar, mas esperava muito por conta da escrita maravilhosa da autora e ela de fato se superou. O livro é muito envolvente. Delírio acabou daquele modo angustiante, com a morte de Alex, Lena fugindo para Selva e no capítulo seguinte ela está infiltrada pela resistência. Esse segundo livro é construído com capítulos do antes e do depois, sendo que o antes relata a vida de Lena depois da tentativa de fuga, como quase morreu, como foi resgata, as dificuldades que ela e os outros seres humanos que estão do lado de fora da cerca passam. As roupas compartilhadas, o pouco espaço, o trabalho inacabável, a comida escassa, a falta de medicamentos, a morte, o medo e ainda assim uma enorme engenhosidade diante das limitações existentes. Nos capítulos que relatam o depois temos Lena de volta a cidade, do lado de dentro das cercas, trabalhando para a resistência, para os Inválidos. Lena tem por missão se infiltrar na ASD – América sem Deliria, e ficar perto de Julian, filho de um dos principais membros da ASD. Julian é um jovem que devido a um câncer e inúmeras intervenções cirúrgicas foi desaconselhado pelos médicos a fazer a intervenção que eliminaria deliria nervosa, mas ele luta para que a cirurgia seja feita, pois ele acredita ser necessária a intervenção, em pessoas cada vez mais jovens inclusive, pois o risco de morrer é válido se a doença deixar de existir.
Vi algumas pessoas reclamando do formato do livro, o anterior foi apenas o texto corrido e nesse temos intercalados os capítulos. Eu não acho que é apenas firula como alguns dizem, acho que inclusive ficou interessante e cria maiores expectativas no leitor. Porque tem algo muito emocionante acontecendo no antes e outra coisa surpreendente acontecendo no depois, e você quer ler os dois ao mesmo tempo! Apesar de relevar o que seria o passado e o futuro ainda restam pequenas lacunas entre um momento e outro que me perguntou se a autora irá explorar no próximo livro.
Achei o livro repleto de ação, com situações bem amarradas, acho visível o amadurecimento de Lena, e fui muito surpreendida (de um modo positivo) durante a leitura. Tem apenas uma coisa que ouvi falarem mal que eu concordo até certo ponto, ouvi que Lena supera muito facilmente Alex. Não acredito que seja bem isso, acho que ela não sofreu tanto quanto o leitor esperava diante de tudo o que aconteceu e da idealização de amor que muitas vezes construímos. Eu inclusive esperava que ela fosse chorar litros, ficar deprimida, acabada, até seguir em frente por conta dele. Acho que ela sofre, mas de uma maneira muito medida, ela continua levando a vida dela, mas a verdade é que ela não o esquece. Ela pensa muito nele, nas coisas que aprendeu, que viveu ao seu lado, assim como ela permanece viva e continua na selva por conta dele. O estímulo de seguir em frente é Alex, mas acho que as pessoas esperavam uma mocinha mais fraca que iria se desmantelar mais facilmente diante da morte da pessoa amada. 
Já que estou falando de personagens quero abrir um espaço rapidinho para falar de Prego, um Inválido, ele não é um dos focos principais, ele aparece pouco e quase nada é revelado do seu passado, mas ele é um daqueles personagens fodões que não passam despercebidos (tipo o Daryl do The Walking Dead), espero ler mais sobre ele nos próximos livros.
O livro é repleto de cenas extremamente fortes e marcantes. Na selva, uma das cenas que mais me marcou foi quando Graúna, a mulher que resgata Lena e que funciona como uma espécie de líder daquele grupo, diante da morte de um dos integrantes revela seu passado e como foi que parou na Selva. Não tem como ficar indiferente a essa cena. No decorrer do livro temos um momento em que conhecemos um grupo de pessoas que vivem nos esgotos da cidade, são inválidos, filhos que são frutos da deliria, mas em sua maioria são pessoas com alguma deformidade física. Um dos lideres, quando indagado sobre aquele lugar e como foi parar ali conta que se apaixonou, mas que a mulher que amava fez a intervenção, mas ele não foi capaz de fazer a cirurgia pois não podia perder pela segunda vez o amor de sua vida. O modo como ele fala, a simplicidade, a certeza, o que ele enfrentou para poder guardar aquelas lembranças simplesmente derreteu meu coração de manteiga. Mas durante toda a leitura nada me descontrolou como o final do livro. Li muitas pessoas falando que era algo previsível. As vezes sou apenas um pouco lerda, mas a verdade é que o livro toma um rumo tão inesperado, Lena vive coisas tão brutas na selva, e tem tanta ação quando ela está na cidade que eu não poderia imaginar o que aconteceu no final. Eu estou desesperada para ler a continuação (que eu sei que vai demorar a sair) e infelizmente nesse livro nem temos um gostinho do próximo – as vezes é publicado o capítulo 1 do livro seguinte no final do livro anterior, mas isso não aconteceu.

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro dessa série é Requiem. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

20 de maio de 2013

Caixinha de correio



Oi gente, não fiz muitas postagens esse mês porque não tenho tido muito tempo para ler. Estava ocupada fechando questões relativas ao meu mestrado, estudando para tirar carteira de habilitação, para concurso, e o tempo livre que eu tenho não tem sido para a leitura. Mas aproveitei que chegaram livros novos para fazer uma postagem! Troquei pelo plus Pegando Fogo da minha querida Meg Cabot, ele veio meio amassado e com umas manchinhas, mas nada muito ruim (sem falar que ele fica lindo na estante porque tem uma lombada bonita). Já A Elite, a continuação de A Seleção, foi minha compra de aniversário (mês passado) que o site demorou a enviar, pois não achava o livro, mas finalmente chegou! Estou delirando para saber o que vai acontecer!nte, dei u

13 de maio de 2013

Insurgente

[ótimo]

Eu recomendo: Insurgente
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco

Divergente:
Insurgente é o segundo livro da série, se você não leu o primeiro livro da série Divergente, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse: 
Tris e Tobias foram buscar abrigo na Amizade com algumas pessoas da Abnegação assim como da própria Erudição, mas a verdade é que a Amizade quer de todas as formas possíveis evitar conflitos e a Erudição está atrás dos dois por conta de sua divergência. Eles vão ao encontro dos demais membros da Audácia e tentam organizar uma resistência, mas a Erudição também tem membros da Audácia ao seu lado além de tecnologias e poder para gerar novas simulações. Eles precisaram recorrer a ajuda dos sem facções, mas esses não são totalmente confiáveis e pretendem destruir por completo o sistema de facções. Acontece que a Erudição começa a matar membros da Audácia através de simulações, e só vão parar quando um Divergente se entregar e Tris não pode mais deixar pessoas morrerem. 

Meu cantinho:
Confesso que estava muito ansiosa para saber como as coisas iriam continuar, afinal, o livro terminou com os membros da Audácia acordando em meio a uma simulação controlada por membros da Erudição, no qual eles estavam sendo controlados e acabaram exterminando a maior parte dos membros da Abnegação. Eu esperava uma grande revolta por parte das demais facções, imaginava a revolta da Franqueza pelas mentiras da Erudição, esperava uma tristeza por parte da Abnegação devido as mortes, um repúdio por parte da Amizade pelo extermínio, e um terrível ódio dos membros da Audácia pela manipulação que sofreram. Mas a verdade é que as coisas estão bem paradas, os membros da Abnegação estão sem reação e buscando abrigo em outras facções, principalmente na Amizade. A Amizade não quer se envolver em conflitos, pois é algo que eles não apreciam (e não se posicionam diante do massacre que ocorreu). A Franqueza apesar de abrigar a Audácia a princípio, logo começa a ceder as pressões da Erudição. A Audácia está dividida, muitos membros são contra a Erudição e por um motivo que eu não compreendo, alguns se juntaram a causa deles! E a Erudição continua manipulando a todos, e apesar do extermínio não sabemos o que os motivou – algumas informações começam a escapar e no final é revelado o motivo e não consigo imaginar quais serão as implicações disto no próximo livro – tudo o que sabemos é que eles querem exterminar a resistência da Audácia e capturar os Divergentes que existem. 
O livro deixa muita coisa em aberto, que vão se esclarecendo no decorrer da história, assim como ocorrem muitas revelações, novos divergentes, espiões, manipulações e traidores. E o livro vai criando essa atmosfera de tensão, que explode em cenas de ação ou de completa surpresa quando algum mistério é revelado. Nesse livro também temos os sem facções se organizando para enfrentar a Erudição e logo percebi o plano deles, mal consigo acreditar no que foi feito e o que eles farão no próximo livro. Preciso dizer que Tobias foi um tanto quanto cabeça dura nesse livro, ele não escutava o que Tris tinha a dizer, mas ela também é uma cabeça dura, muito ingênua, sem que falar que a imprudência dela é exagerada, raciocinar um pouco não seria ruim para quem também teve aptidão para a Erudição. Apesar dos pesares o livro foi inesperado, com muita ação, suspense, romance e eu não faço idéia do que esperar do próximo livro.

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro da série Convergente. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

2 de maio de 2013

3096 dias


««««««
[bom]

Eu recomendo: 3096 dias
Autora: Natascha  Kampusch
Editora: Verus

Sinopse:
Natascha é uma menina normal, que começa a ter alguns problemas na família, os pais que sempre brigam e acabam separando, as cobranças, ela acaba levando bronca por fazer xixi na cama constantemente e para aliviar seus problemas ela começa a comer e se torna uma menina gordinha. Ela passa muito tempo na frente na TV e vê casos de meninas sendo sequestradas, mas acredita que isso nunca acontecerá com ela, pois não se acha bonita e é uma menina tímida, que não chama atenção. Tudo muda quando certo dia ela vai para escola sozinha pela primeira vez e um homem num furgão branco sequestra Natascha. Ela passará os próximos anos vivendo todos os tipos de abuso e agressões buscando sempre se libertar das amarras psicológicas que o sequestrador lhe impôs para poder fugir de seu cativeiro.

Meu cantinho:
Nesse livro Natascha conta sua história, desde sua infância perturbada, que o sequestrador acaba usando contra ela em seu tempo no cativeiro, até quando é sequestrada e todo o horror que passar nas mãos de seu sequestrador até finalmente conseguir se libertar. Apesar de revelar muitas coisas, Natascha não fala a respeito dos abusos sexuais que sofreu, ela diz que pretende se resguardar nesse aspecto, e quando fala sobre questões relacionadas ao seu corpo ou a intimidade são pequenos detalhes como o fato do sequestrador passar algemas em seus braços para dormir abraçada com ela, ou fazer ela usar poucas peças de roupas enquanto faz faxina pela casa e ele ficava lhe observando.
Acredito que é um livro muito difícil de ler, não apenas pelas coisas que ela passou, mas por ser muito fácil julgar tudo o que ela viveu, suas ações, suas escolhas, sem de fato ter vivido essa experiência traumática que ela viveu. Afinal, ela foi sequestrada muito nova, por um homem chamado Wolfgang Priklopil, visivelmente perturbado, não apenas por esse ato, mas pelas inúmeras atitudes anormais que Natascha relata, e foi mantida em cativeiro durante 3096 dias sofrendo vários tipos de abusos. Acontece que ela teve inúmeras oportunidades de fugir e de pedir ajuda, já que depois de vários anos Wolfgang deixa que ela cuide do jardim, deixa a porta da casa aberta, leva ela para passear, em farmácias ou outras lojas, ela relata o medo em pedir ajuda, e das travas que ele construiu em sua mente, mas o leitor sente uma angústia tão grande e é difícil compreender porque ela não foge na primeira oportunidade que tem. Outra questão é o fato dela não demonstrar ódio, agressividade, ou qualquer rancor de seu sequestrador. Ela fala de sua rejeição diante do julgamento das pessoas, que acreditam que ela desenvolveu síndrome de Estocolmo (quando a vítima acaba adquirindo certa “afeição” pelo seu sequestrador), mas ela fala que teve que perdoar Wolfgang para continuar seguindo em frente diante das torturas que lhe eram impostas, assim como ele era sua única referência, a única pessoa com quem tinha contato, segundo ela era ele quem lhe oferecia seu sustento, quem cuidava dela. Isso me incomoda muito, ele abusava dela, lhe batia, deixava sem água, sem comida, sem cuidados médicos, forçava ela a fazer inúmeros trabalhos, não deixava que falasse de sua família, trocou seu nome, além de outras inúmeras privações, e ela não o odeia porque ele era sua fonte de sustento e pela proximidade já que ele era a única pessoa com quem ela tinha contato? Acho que ela precisa entender que se ele não tivesse aparecido em sua vida, nada disso teria acontecido, ela não dependeria dele, era teria conhecido outras pessoas, se relacionado com outras pessoas de modo saudável. Quanto ao perdão, bem, só posso crer que ela é uma pessoa incrível por poder perdoar tudo o que ele fez, acredito que apesar de seus problemas, seus distúrbios, nada justifica tudo o que ele fez.
O livro também ressalta a ineficiência da policia, já que há uma denúncia quanto a um homem com um furgão branco e uma menina, mas ele é apenas questionado, ninguém revista sua casa. Um vizinho faz uma denúncia quanto ao estranho comportamento de Wolfgang, mas não é levado em consideração devido a questões políticas na época. Imagino a tristeza de Natascha de saber que esteve tão perto de evitar todo o horror que viveu, mas simplesmente foi deixada de lado por outras questões.
No geral é um livro bom, mas não creio que tenha nada de excepcional. Ele relata de uma maneira bem fiel o horror que Natascha viveu, e o leitor se choca com as atrocidade que ela foi capaz de suportar, além disso tem outras questões polêmicas como a investigação que não ocorreu, o fato dela perdoar seu sequestrador, assim como não aceitar ser classificada com um vítima da síndrome de Estocolmo.

Volume único.