30 de junho de 2014

Caixinha de correio


Os primeiros dias é o primeiro volume da série Vampiros de Nova York escrita por Scott Westerfeld. Eu me apaixonei por esse autor quando conheci seu trabalho através da série Feios. Eu descobri esse livro do autor e queria comprá-lo a muito tempo, mas ele sempre estava na faixa dos quarenta, cinquenta reais, quando vi ele por um preço razoável mal pude acreditar e fui logo adicionando ao meu carrinho de compra. Caso Perdido é da autora Colleen Hoover que ficou famosa com o lançamento da trilogia Métrica (Slammed) aqui no Brasil. Eu gostei muito desse primeiro trabalho dela e ouvi muitas coisas positivas sobre essa nova obra e não perdi tempo em comprá-la!


Assim que vi que Inferno seria lançado comecei a surtar, precisava ter o livro. Sem demora, assim que entrou em pré-venda fechei o pedido com esse livro da minha querida Meg Cabot, a continuação de Abandono. As leis de Allie Finkle para meninas – Medo de palco (também da Cabot) é o quarto volume dessa série, já resenhei até o segundo livro aqui e já tenho o terceiro livro da série que mostrei na minha caixinha de correio aqui.


A Dama da Ilha é outro livro escrito por Meg usando seu pseudônimo Patricia Cabot. Os livros escritos com seu pseudônimo são sempre romances de época, mas com pitadas de cenas hots. Eu tinha interesse nesse trabalho dela tem algum tempo, mas nunca comprava por conta do preço. Quando o achei por um preço razoável não perdi a chance de adicioná-lo ao carrinho. Deusa do amor é o quarto volume da série Goddess, eu resenhei apenas o primeiro livro aqui, já comprei o segundo e o terceiro volume, mas ainda não li. Eu decidi comprar o quarto porque saia em torno de oito reais, e compensava comprá-lo, pois com ele o frete da minha compra era abatido.


Esses dois últimos livros são trocas que consegui pelo skoob. Apesar de ter ouvido algumas coisas negativas sobre esse livro da Rowling, decidi trocá-lo para ter a oportunidade de tirar as minhas próprias conclusões. As terras devastadas é o terceiro volume da série A torre negra, apesar de não ter me conquistado totalmente no primeiro livro, gostei muito do segundo e estava ansiosa pela continuação. Dessa vez eu me esqueci de tirar uma foto com todos os livros (e meu Jack lindo) para postar aqui (preguiça de ir lá tirar), mas o que vocês acharam de todos os meus novos livros?

28 de junho de 2014

As leis de Allie Finkle para meninas - A garota nova

[muito bom]

Eu recomendo: As leis de Allie Finkle para meninas – A garota nova
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record

As leis de Alli Finkle para meninas:
A garota nova é o segundo volume dessa série, se você não leu Dia da Mudança o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Allie se mudou para a casa nova (agora ela não tem mais medo, pois sabe que não existe uma mão zumbi vivendo no sótão) e vai começar na nova escola. Ela está feliz por já ter conhecido a professora (que além de legal é super bonita) e também por já ter amigas, Erica, Sophie e Caroline. Tudo parece estar indo bem, até que Rosemary, uma menina de sua sala, começa a implicar com ela. Rosemary é briguenta e todos têm medo dela, e para piorar tudo o que Allie faz parece irritar ainda mais a menina, que ameaça matá-la. Como se isso já não fosse ruim o suficiente ela descobre que Lady Serena Archibald está correndo o risco de vida e os bebês podem nascer prematuros, o que significa que Miauzinha, a gatinha pela qual tanto sonhou, pode não sobreviver.

Meu cantinho:
Se você não conhece essa série eu recomendo cautela. Meg Cabot escreve livros para os mais diversos tipos de públicos e acredito que estamos acostumados, em sua maioria, a ter em mãos obras voltadas para o público juvenil. Entretanto, a série As leis de Allie Finkle é uma exceção, ela é voltada para um público infantil, já que a personagem principal é uma criança que acabou de começar a frequentar a quarta série. Mas isso também não significa que alguém mais velho (olha eu aqui com meus 24 anos) não possa aproveitar a leitura, se divertir e aprender algumas lições com essa menina.
Allie continua criando as suas as suas leis, está ansiosa para ter a sua gatinha, acha seus irmãos bobos e está muito nervosa para o primeiro dia de aula. O foco desse livro está no fato de que, desde o primeiro dia de aula, Rosemary, a aluna mais assustadora da sala começa a implicar com Allie. Em uma dessas situações Rosemary é pega pela professora e depois disso o ódio só parece aumentar e ela ameaça matar Allie. As suas amigas ficam com medo por ela, uma acha que ela precisa contar a professora, outra acha que isso apenas deixará Rosemary mais nervosa. Elas por fim decidem estar sempre perto de Allie, nunca deixá-la sozinha, dessa forma Rosemary não poderá fazer nada contra ela, e se for preciso uma delas pode facilmente chamar ajuda. Acho muito fofo o modo como a amizade entre crianças é tão fácil e tão pura, adoro essa simplicidade que as crianças tem. A proteção de suas amigas parece funcionar um tempo, assim como as tentativas de Allie de passar despercebida, mas quando Allie perde o campeonato de soletrar para a outra turma do quarto ano (Rosemary é extremamente competitiva) as ameaças retomam com força total.
Allie vai perguntar a seu pai como deve fazer para brigar e esse lhe ensina como ela deve deixar os punhos, que deve jogar o peso do corpo no soco e acertar o nariz da pessoa que causa um grande estrago na outra parte e não machuca sua mão (coisa que ele aprendeu apanhando no colégio). Foi muito engraçado ler ele ensinando isso a Allie, até que ele finalmente começa a ponderar se deveria estar mesmo ensinando isso a sua filha de nove anos. Ela também vai pedir conselhos ao seu Tio Jay (que infelizmente teve participações bem pequenas nesse livro) que diz que ela deve intimidar Rosemary, quando ela disse “eu vou te matar”, ela deveria dizer: “não, quem vai te matar sou eu”. Acho muito fofo quando ela diz que não quer matar ninguém, que na verdade gostaria de ser amiga de Rosemary. O mais engraçado é quando ela comenta sobre Rosemary com a avó que fica horrorizada de saber que o seu pai a ensinou a brigar!
Além das complicações com Rosemary temos uma notícia super triste de que Lady Serena Archibald não está muito bem, que os bebês nasceram prematuros e podem não sobreviver. Fiquei com muita dó de Lady Serena pois quem leu o livro passado sabe que essa gatinha já sofreu muito e ela mesma corria o risco de não sobreviver. Allie é muito dedicada a seu gatinho e adoro essa paixão que ela tem por animais!
No final do livro ela acaba vivendo muitas coisas, graças a Miauzinho ela acaba conseguindo coragem para enfrentar Rosemary, também percebe que seus irmãos não são tão ruins e muita coisa muda na sua vida. Gostei muito do desfecho que o livro tem! Meg dedica esse livro a quem já sofreu bullying um dia, mas além do lado de quem está sofrendo, dessa vez ela trouxe o lado de quem pratica o bullying e o colocou sobre uma nova perspectiva. Adoro a sagacidade da autora! Um livro infantil, leve, divertido mas cheio de regras importantes com as quais podemos aprender algumas coisa!

Continuação:
O próximo volume dessa série é As leis de Allie Finkle para meninas – Melhores amigas para sempre?

26 de junho de 2014

Opúsculo

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[péssimo]

Eu recomendo: Opúsculo
Autor: The Harvard Lampoon
Editora: Novo Século

Sinopse:
Opúsculo é uma paródia da saga Crepúsculo de Stephenie Meyer. Ele nos traz Belle Goose, uma menina desajeitada, desatenta, com pensamentos estranhos voltados para questões sobrenaturais. Em seu primeiro dia de aula ela conhece no colégio Edwart Mullen e logo percebe que o ama e tem certeza que ele é um vampiro. O livro tem humor semelhante ao de besteiróis americanos, com um humor absurdo e exagerado.

Meu cantinho:
Por favor, não pensem que eu não gostei desse livro por ele ser uma paródia de Crepúsculo. Se fosse simplesmente por isso eu nem sequer teria trocado ele no skoob. Eu troquei esse livro acreditando sim que teria em mãos uma paródia a saga, achei que ele iria satirizar aqueles pontos que vejo todos os que odeiam Crepúsculo criticando, e achei que iria conseguir umas boas risadas, mas não foi o que aconteceu.
Eu abandonei o livro com poucas páginas lidas, aproximadamente umas trintas, mais ou menos no meio do segundo capítulo. Você então deve estar pensando que eu não li nada e que nem deveria resenhar um livro que não cheguei de fato a concluir a leitura. Eu confesso que pensei se deveria ou não resenhar esse livro, e decide que deveria sim resenhá-lo, pois o que eu li foi o suficiente para escrever a minha crítica. Comecei a ler e me vi dentro de um daqueles filmes americanos esdrúxulos, tipo todo mundo em pânico, que a meu ver exagera tanto que fica idiota ao invés de engraçado. Li sinopses no skoob e muitas pessoas concordam comigo, que as cenas verdadeiramente engraçadas são esparsas, que a maior parte do livro é composta por uma escrita boba e que o humor dos americanos é muito diferente dos brasileiros. Outros que gostaram afirmam que quem não gostou não entende o gênero paródia, que é para satirizar e ser engraçado. Eu conheço o gênero, e eu esperava sim ler uma crítica que tratasse os pontos tidos como fracos com humor. Mas eu não achei humor nesse livro, por que o exagero, o absurdo e a infantilidade da situação impediram qualquer risada. Eu esperava desse livro um humor inteligente, mas não encontrei humor muito menos inteligência.
Coisas escrotas como Belle reencontrando o pai e ele: “não te reconheci sem o cordão umbilical”, ou ela feliz quando o pai lhe dá um carro, que na verdade é um caminhão-baú escrito mudanças na lateral que ele achou largado no meio da rua. É um tipo de humor fraco que me torturou durante trinta páginas até que eu decidi que com tantos livros bons na minha estante esperando sua vez de serem lidos, eu não iria mais desperdiçar meu tempo com esse livro ruim.

Continuação:
Li no skoob que no livro há indicações de que ele pode ter uma continuação chamada Lua Cheia, que eu definitivamente não vou ler.

23 de junho de 2014

Talvez uma história de amor

[ruim]

Eu recomendo: Talvez uma história de amor
Autor: Martin Page
Editora: Rocco

Sinopse:
Virgile chega em casa e percebe que tem uma mensagem na secretária eletrônica. É de Clara, terminando o relacionamento dos dois. Contudo, ele não se lembra de ter se envolvido com qualquer Clara, e leva sua secretária eletrônica para sua psiquiatra querendo conversar sobre a mensagem. Ele está certo de que há algo errado com seu cérebro e ele deve morrer em breve. Durante a sessão ele recebe a ligação de uma amiga, que soube do termino por Clara e deseja consolá-lo. Ele então decide fingir estar de coração partido e tirar proveito do sentimento de condolência de seus conhecidos. Vivendo esses sentimentos ele começa a pensar que está realmente de coração partido, querendo saber quem é essa Clara e se eles não deveriam tentar novamente.

Meu cantinho:
Eu havia lido uma sinopse e esperava uma história completamente diferente. A capa, o título, tudo dá uma ideia de um livro de romance, mas o livro é completamente diferente. Ele é um livro com reflexões únicas, pensamentos aleatórios, complexidade e singularidade, é um daqueles livros tidos como “cult”. Acredito que isso justifica a grande quantidade de resenhas negativas que esse livro tem no skoob, muitos esperam algo completamente diferente. Li opinião de pessoas falando como esse livro é ruim, que não veio a nada, que não contribui em nada, que é bobo ou que esperava mais. Já outras pessoas afirmam ser um dos melhores livros que já leram na vida, que quem não gosta é porque não tem capacidade de entender ou não estão habilitados para compreender a linguagem poética, o humor refinado ou as teorias e conceitos por trás do enredo.
Eu li essas opiniões, negativas e positivas e entendo ambos os lados. Quanto as opiniões positivas eu concordo que o livro tem algumas sacadas muito boas, algumas reflexões interessantes. Também concordo que o livro é muito interessante para se analisar de um ponto de vista acadêmico, muitas teorias que eu estudei na minha graduação, mas principalmente no meu mestrado de cultura contemporânea, casam perfeito com esse texto. Entretanto, de um modo geral preciso dizer que eu não gostei desse livro e não acho que seja por conta de uma “limitação intelectual”, falta de “habilidade” ou qualquer coisa do gênero. Posso conhecer as teorias que caracterizam o texto, mas não acho interessante um livro de ficção tão denso e que precise ser analisado a cada trecho para que possa ser entendido completamente. Deixo esse tipo de leitura para os textos acadêmicos, não para minhas horas vagas. 
Virgile é um homem estranho, solitário, com neuroses, hipocondria, hábitos singulares e opiniões incomuns. As sinopses que sempre leio levam a crer em um romance, mas não é nada desse tipo. Ele recebe essa mensagem na secretária de uma mulher chamada Clara terminando com ele. Após essa mensagem ele logo acha que tem algum problema no cérebro pois não lembra de nenhuma Clara. Ele vai visitar sua psiquiatra, pede exames complexos, cancela sua conta telefônica, a luz e o aluguel, pois tem certeza que ele morrerá. Quando os exames mostram que está tudo bem ele então começa a se aproveitar dos sentimentos dos amigos que acreditam que ele tem um coração partido. Ele acha bom no começo, mas depois começa a pensar sobre Clara, sobre seu coração partido, sobre os pais, o emprego e esses diversos pensamentos, sentimentos e situações que compõem sua vida vão se misturando e se complicando. Eu achei pesado, denso, confuso, com uma ou outra reflexão interessante se destacando no texto. Acho que é um livro que agradará pessoas que gostam desse gênero, mas particularmente não é do meu agrado.

Volume único.

21 de junho de 2014

Uma Razão para Respirar

««««««
[ótimo]

Eu recomendo: Uma razão para respirar
Autora: Rebecca Donovan
Editora: PandorgA

Sinopse:
Emma é bonita, extremamente inteligente, ótima nos esportes, editora do jornal da escola. Muitos acreditam que seu modo reservado é porque ela se acha superior, boa demais para interagir com os outros, mas a verdade é que ela afasta os outros para que não questionem sobre sua vida e percebam o que acontece com ela. O pai de Emma morreu e agora ela vive com seu tio, contudo, a mulher dele a odeia e faz tudo para que ela se sinta inferior, lhe ofende, lhe ameaça, controla cada movimento e sempre lhe agride. Emma aprendeu a mentir e a esconder as marcas em seu corpo. Um aluno novo, Evan, começa a se aproximar dela e parece realmente apaixonado, mas ela não pode se deixar envolver e ser descoberta. Ela precisa sobreviver, para que consiga acabar o ensino médio e ir para uma faculdade, longe de seus tios. Entretanto ela começa a se descuidar, a correr riscos para estar perto de Evan, o que pode tornar tudo ainda mais perigoso.

Meu cantinho:
Comprei esse livro mais pelo impulso, a capa, o título e tinha uma idéia totalmente errada de como seria esse livro. Achei que seria mais um livro Young adult, repleto de cenas vazias, mas isso passou longe da verdade. O livro nem sequer pertence a esse gênero, foi um total preconceito da minha parte por conta do título, capa e sinopses pretensiosas. O livro me prendeu totalmente, me encantou, me angustiou, me deixou aterrorizada e acalentada. Se eu tenho uma crítica ao livro, não se refere ao trabalho da autora, mas sim da editora que deixou passar alguns erros de revisão bem feios. Entretanto, não parei neles e fui seguindo a leitura porque precisava desesperadamente devorar cada página.
Emma Thomas é uma menina bonita, inteligente, ótima atleta, editora do jornal do colégio. Apesar de todas essas qualidades, ela é muito reservada, não deixa que ninguém se aproxime dela, nunca namorou, não saí para festas e sua única amiga é Sara. Sara é muito bonita e chama atenção, então Emma tenta se esconder atrás de sua personalidade ofuscante, contudo, muitos apenas acreditam que ela é metida e que acredita que a única pessoa boa o suficiente para conviver com ela é Sara. A verdade, contudo, é bem diferente, Emma tenta não chamar atenção para que ninguém perceba a situação complicada que vive em casa. Depois que seu pai morreu, sua mãe bêbada foi incapaz de criá-la, então ela acabou indo morar com um tio, irmão do seu pai. Ela achou que poderia levar uma vida tranquila, agradar a ambos, mas logo ela viu que seria impossível. A mulher de seu tio não a suporta, sempre lhe machuca como se fosse um acidente, um pé no meio do caminho, um corte com uma faca, uma travessa quente encostada na pele. Entretanto, quando está realmente com raiva e seu marido e filhos não estão por pertos ela agride Emma violentamente, pancadas com o que estiver ao alcance das mãos, chutes, socos. Emma não precisa necessariamente fazer nada, se Carol acha que ela fez qualquer coisa, se imagina, já lhe agride. Mesmo que Emma só tente se manter quieta e fora do caminho ela ainda assim lhe confronta, para que essa não se esqueça que ela é inconveniente, inferior, que não tem ninguém. Seu tio sempre fica do lado da mulher, ele acredita sinceramente que de alguma forma Emma provoca a tia, que Carol sofre de estresse do serviço e se Emma diz que o galo na cabeça é fruto de uma queda ele finge que acredita. Eu fiquei com muita raiva de seu tio George, no começo as relações não foram bem explicadas, não sabia que ele era o parente de sangue dela, não entendia porque se submetia as mentiras daquela casa, porque não tentava evitar a agressão. Quando fui entendendo tudo fiquei chateado por sua omissão, mas quando ele também agride Emma eu não consegui mais evitar culpá-lo. Emma só não denuncia sua tia por conta dos seus primos que ela ama, pois apesar de Carol machucá-la de todas as formas possíveis, ela gosta de seus filhos e ela não pode privá-los de ter uma mãe.
Emma enfrenta toda essa violência e a única pessoa que sabe de sua situação e a ajuda é sua amiga Sara. Ela tenta trazer um mínimo de conforto para a vida da amiga, já que além das agressões ela tem uma vida extremamente controlada. Ela só pode sair de casa para ir a biblioteca ou participar de jogos e clubes do colégio se avisar tudo com antecedência, tem horário para voltar para casa, não recebe dinheiro, não pode ir a festas, além de várias outras restrições. Sara é quem lhe ajuda inventando trabalhos, pedindo para que sua mãe peça permissão para seus tios, para que ela possa ficar em sua casa, as vezes dormir lá, entre vários outros pequenos gestos.
Enquanto tenta passar despercebida, alguém percebe sua presença e tenta se aproximar dela, Evan, o aluno novo. Ela que nunca repara em ninguém se vê prestando atenção nele, começa a se envolver, mas sabe que não pode ter nada além de uma amizade. Como explicaria os machucados, como permitiria que ele lhe tocasse se ela poderia gemer de dor por conta das feridas que esconde? Mas ela começa a se envolver cada vez mais e ele começa a perceber que algo muito sério acontecesse em sua casa.
O livro é intenso, pesado, angustiante, mas muito cativante. Me vi devorando as páginas com medo do que poderia acontecer a Emma, esperançosa por cada vislumbre de Evan e admirada com a amizade de Sara. Ficava com medo que o próximo ataque fosse ainda mais sério, que fosse fatal. O livro acabou me deixando extremamente aflita e desesperada para ter o próximo volume em mãos, fui procurar resenhas do livro, queria spoilers para saber qual rumo o livro teria. É um livro muito bom e indico a todos!

Continuação:
O próximo livro da Trilogia Breathing é Barely Breathing que para minha total infelicidade ainda não foi lançado no Brasil.

20 de junho de 2014

Caixinha de correio


Hoje vou mostrar a vocês mais uma caixinha de correio minha. Começando com como treinar o seu dragão. Acredito que será um livro leve e divertido, já que ele é cheio de figuras. Gostei muito do filme que foi baseado nesse livro, mas não sei se os dois serão tão parecidos, um grande estímulo para comprá-lo foi o preço, já que estava custando menos de oito reais (compradora compulsiva). O segundo livro é A probabilidade estatística do amor a primeira vista, uma dica da Teca Machado, escritora do blog Casos, Acasos & Livros, minha gêmea literária. Faz muito tempo que ela falou sobre esse livro para mim, eu ainda não havia comprado porque ele estava muito caro, mas peguei esse promoção na Submarino e paguei um pouco mais de quinze reais nele.



As leis de Allie Frinkle para meninas – Melhores amigas para sempre? é o terceiro volume dessa série escrito pela Meg Cabot, até o momento só resenhei no blog o primeiro livro As leis de Allie Frinkle para meninas – Dia da Mudança, mas recentemente li o segundo livro da saga, esperem a resenha em breve! Tamanho não importa é o terceiro volume da série Mistérios de Heather Wells, também da Meg Cabot. Até o momento só resenhei no blog Tamanho 42 não é gorda, já tenho o segundo livro Tamanho 44 também não é gorda, mas como o troquei no sebo da minha cidade, e ele estava meio sujinho, acabei adiando um pouco a leitura.


Meg Cabot novamente? Sim, mais livros da minha querida Cabot! Esconderijo Perfeito é o terceiro volume da série Desaparecidos que começa com o livro Quando cai o raio, um livro que me conquistou, com uma personagem forte que me lembrou muito Suzannah da série A Mediadora. Todo Garoto Tem é o terceiro volume da série Coleção Garoto. Eu só li o segundo volume dessa série: Garoto encontra garota, porque os livros são histórias independentes entre si (apesar de ter escutado que as vezes alguns personagens dos outros livros fazem pequenas aparições nas outras histórias). Também já troquei no skoob o primeiro volume dessa saga, O garoto da casa ao lado, mas ainda não o li. Esperem a resenha dos demais livros dessa série em breve!


Um romance inesquecível é um novo trabalho da J.R. Ward escrito como Jessica Bird, o codinome que utiliza para escrever seus romances que não tenham o aspecto sobrenatural. Estou ansiosa por mais esse trabalho da Ward! O príncipe Mecânico é o segundo volume da série As peças infernais, escrito por Cassandra Clare, a mesma autora da série Os instrumentos mortais. Eu comprei o segundo volume sem ter o primeiro porque eu não acho o primeiro em lugar nenhum! E esse segundo estava extremamente barato, considero um investimento futuro!


Imagino que Um gato de rua chamado Bob será uma leitura muito agradável, li muitas coisas positivas sobre o primeiro volume dessa série (não tão boas sobre os demais volumes) e estou na expectativa já que livros de bichinhos sempre me encantam (manteiga derretida). Asas era um livro extremamente barato, com uma sinopse interessante e decidi comprá-lo, espero gostar da leitura!


Homens, dinheiro e chocolate é um livro que me chamava atenção, além disso, a versão econômica estava ultra barata e eu decidi comprá-lo. Herança é o volume final da saga Eragon (e eu não acredito que ainda não resenhei nenhum dos livros aqui) queria ele a muito tempo, mas estava sempre ultra caro, nessa promoção da submarino o preço ficou razoável e o comprei. Espero que em breve possa resenhar todos os livros da saga aqui!


O que vocês acharam dos meus novos livros?

19 de junho de 2014

A Caçada

[ótimo]

Eu recomendo: A Caçada
Autor: Adrew Fukuda
Editora: Galera

Sinopse:
Gene tenta sobreviver nesse mundo dominado por vampiros. Ele não pode cometer nenhum deslize e ser percebido. Ele precisa eliminar qualquer odor do seu corpo, não pode tomar sol, não pode ter uma única unha lascada. Ele precisa polir suas presas falsas, não pode sorrir, bocejar ou demonstrar qualquer emoção. Gene é um ser humano, conhecido pelos vampiros como epers, e depois da morte de seu pai ele acredita ser um dos últimos do mundo. Ele faz de tudo para não chamar a atenção, o que ele não esperava era que os olhos de todos os vampiros recairiam sobre ele ao ser sorteada para a caçada. O soberano tem perdido popularidade e decide promover um evento de caça a epers que estavam sendo criados pelo governo. Gene se vê preso em uma mansão sem acesso a banho, gilete ou qualquer ferramenta para manter sua falsa aparência e logo a caçada deve começar e todos vão perceber que ele não tem força, agilidade nem capacidade de matar um epers e comê-lo.

Meu cantinho:
Eu li a sinopse desse livro em um blog a um tempo atrás e ele foi direto para minha lista de desejados. Então tive a chance de comprá-lo como mostrei na minha caixinha de correio aqui, mas não comecei a ler assim que tive a chance (até porque minhas compras só tem se acumulado). Então quando acabei a leitura de Aquele Verão, um livro sem graça, pensei que precisa de algo mais impactante e pensei que A caçada seria a escolha certa, e de fato foi. Em poucas horas devorei esse livro e terminei a leitura surtando para ter a continuação em mãos.
O mundo é dominado por vampiros e os seres humanos, chamados por esses de epers, são considerados extintos, mas escondido entre eles temos Gene. O interessante é o modo como o autor constrói esse mundo, na verdade ele não usa o termo vampiros, porque esses se veem como pessoas, eles são a maioria, o poder dominante. Vampiros são como os chamamos pelas lendas que conhecemos dos vampiros – a fraqueza diante da luz do sol, as presas e a fome de sangue. Eles acreditam que os epers são uma forma de vida atrasada, que mal consegue compreender as coisas, se comunicar, que são apenas animais, apenas comida. Contudo, disfarçado no meio dos vampiros temos Gene, um garoto que aprendeu com o seu pai como sobreviver. Raspar sempre todos os pelos do corpo, tomar banhos constantes buscando evitar emitir qualquer odor, limpar as presas faltas para que estejam sempre brancas, não chamar atenção, não demonstrar emoção, não bocejar, tossir, espirrar, assobiar, dormir, ou relaxar o corpo de qualquer forma. Apesar dos avisos do pai, esse mesmo foi descuidado, apareceu mordido pedindo que o filho tomasse cuidado e foi para longe antes que atraísse mais atenção e fosse tarde demais. Hoje Gene vive sozinho e tenta se disfarçar da melhor forma possível e não cometer erros. Ele é extremamente inteligente, mas tenta não chamar atenção para esse fato, é irônico como Gene não só está sobrevivendo entre eles, enganando-os, mas como é reconhecido por sua inteligência (e eles achando que humanos não tem um intelecto desenvolvido). Algumas vezes ele chega a responder as perguntas erradas na sala, para que possa passar despercebido, mas perde sua chance quando recebe um dos números sorteados para a caçada.
Muitos acreditavam que não existia mais epers no mundo, pois assim que qualquer um desses é descoberto ele é rapidamente morto por vampiros sedentos. Muitos desejam provar sua carne e seu sangue, mas sabem que jamais terão a chance. Apenas o cheiro de um humano pode levar um deles a insanidade. Ultimamente o soberano tem perdido popularidade e decide fazer uma caçada e todos ficam loucos com a possibilidade de participar. Cada vampiro recebe um número e a chance de concorrer no sorteio, e para sua infelicidade Gene é escolhido.
Rapidamente ele é levado para um instituto do governo e para seu desespero ele não tem chance de pegar nenhuma das coisas que é essencial a ele, produtos para se limpar, barbear, lixar as unhas, polir as presas. Ele entra em pânico pensando que logo seu cheiro irá denunciá-lo e ele será morto. A tensão é incrível, ver como ele tem que lidar com cada situação estranha, como as coisas vão fugindo do controle, a dificuldade até mesmo para encontrar comida e bebida. Gene também acaba entrando em contato com os humanos que serão usados na caçada e eu acabei me afeiçoando a vários deles e fiquei torcendo para que Gene os alertasse do perigo. Na verdade Gene já havia esquecido seu nome a muito tempo, até esse momento o leitor não sabia como ele se chamava. Ele só o relembra ao conversar com esses humanos já que sempre era chamado por uma designação, geralmente referente a cadeira na qual senta em sala de aula.
Tem muita coisa sobre a preparação para a caçada que eu gostaria de revelar, mas que não posso para não dar spoilers. Confesso que amei o final e terminei louca querendo ler o próximo. Fiquei me perguntando se existem mais humanos infiltrados, se algumas pessoas que dizem ser amigas na verdade são inimigas e o que irá implicar a descoberta que Gene fez sobre seu pai.

Continuação: 
O próximo livro da trilogia Hunt é The Prey, talvez seja lançado ainda esse ano no Brasil.

18 de junho de 2014

Como quase namorei Robert Pattinson

[regular]

Eu recomendo: Como quase namorei Robert Pattinson
Autora: Carol Sabar
Editora: Jangada

Sinopse:
Duda é uma fã enlouquecida de Edward Cullen, o personagem principal da saga Crepúsculo, e também fã de Robert Pattinson, o ator que o interpreta no cinema. Agora que está viajando para Nova York para estudar, ela alimenta esperanças de que possa conhecer finalmente o homem dos seus sonhos. O que ela não esperava era que fosse morar ao lado de um sósia de Robert, Miguel Defilippo. Ela também não esperava que ele fosse ser gentil e atencioso em alguns momentos, e que fosse desaparecer em seguida em outro. Que fosse lhe tratar com carinho e depois se esquecer do seu aniversário. Quando ela acha alguém com quem pode superar Robert Pattinson, ele parece ser mais inacessível do que o ator de Hollywood.

Meu cantinho:
Minhas amigas estavam sempre falando desse livro e como elas morreram de rir durante a leitura e eu estava morrendo de curiosidade para ler esse livro. Infelizmente ele estava sempre muito caro e eu acabava deixando passar em todas as minhas compras, então decidi pegá-lo emprestado. Normalmente não gosto de pegar emprestado, porque se gosto do livro, quero tê-lo na estante, mas abri essa exceção.
Eu comecei a ler e preciso dizer que me decepcionei muito ao me deparar com a nossa personagem principal Duda. Ela é uma estudante de jornalismo, de 19 anos, que é fã da saga Crepúsculo. Até esse momento tudo bem, o problema é que ela é daqueles tipos de fã doentia, ela exagera, ela deixou completamente de ter vida social por conta da saga. Ela saí de casa para uma festa apenas porque sua irmã ameaça destruir seus livros da saga (que tem grifos, anotações, e fotos coladas), e ainda por cima leva na bolsa uma foto do Robert Pattinson (o ator que interpretou o personagem principal da saga no cinema) caso se sinta sozinha. Ela não tem interesse em ficar com absolutamente ninguém porque fica sonhando acordada com Edward Cullen, e compara qualquer homem que se aproxime dela com ele. O pior de tudo é que ela é a menina de 19 anos, desajeitada, que gagueja perto de meninos, que fica com as pernas bambas, que não consegue se aproximar de alguém do sexo oposto que não seja homossexual. O mais incrível é que todos os caras lindos e totalmente gatos desse livro se interessam por ela e ela parece não perceber. Eu confesso que estou cansada desse tipo de estereotipo, da menina boba, desajeitada e inexperiente com homens. Apesar disso prossegui com a leitura. 
Eu achei o humor muito forçado, a autora querendo fazer um livro engraçado acabou e deixando o livro bobo, achei a infantilidade muito presente e muitas coisas me pareceram bobas. Eu continuei a leitura apenas porque peguei o livro emprestado e não queria devolvê-lo e falar que não li. 
Duda está em Nova York, não fala nada de inglês e começa seu curso. No seu curso ela conhece Pablo. Pablo foi o primeiro raio de sol nesse livro que diminui meu desinteresse na leitura. Infelizmente ele é um tipo de Jacob para Duda, que está mesmo fixada em Robert, e também no seu vizinho que se parece com ele. Pablo é um espanhol lindo, perfeito, atencioso e inteligente. Ele é educado, presta atenção no que Duda fala, ajuda ela com seus estudos, lê toda a saga Crepúsculo apenas para que ela tenha alguém com quem conversar. Pablo é só atenção e dedicação, atravessa uma nevasca horrível apenas para poder ver Duda no dia do seu aniversário! Me pergunto porque esse cara não é o mocinho desse livro e porque não existem mais Pablos nesse mundo! A questão é que Duda só o vê como amigo, ele tenta beijá-la e ela o rejeita e mesmo assim ele continua todo dedicado a ela. O pior de tudo é que ele demonstra seus sentimentos a cada gesto, e mesmo que já tenha tentado beijá-la, ela age como ignorante, como se não tivesse noção do que ele sente por ela (novamente: odeio essas personagens burras ao que é óbvio).
Confesso que a partir da metade do livro (que é um livro muito grosso e é preciso muita disposição para se chegar ao meio) a leitura começa a melhorar. Peguei-me rindo alto de uma cena em que Duda fica bêbada com sua prima. Além disso, a constante presença de Pablo e a minha esperança de que ele conquiste Duda prendem a minha atenção. Infelizmente a fixação dela pela saga Crepúsculo continua, mas agora há outro objeto de sua obsessão: Miguel Defilippo, o vizinho clone de Robert. Ele é muito parecido com o ator, dirige um volvo prata igual ao personagem e parece ser tão misterioso quanto. Logo ela se vê caidinha pelo rapaz, triste quando ele some por dias, feliz com qualquer migalha de atenção. Logo todos percebem o interesse dela, mas quando a confrontam sobre seus sentimentos e afirmam que ela só gosta dele porque ele é parecido com seu amor Edward Cullen, ela não consegue explicar porque gosta de Miguel, esse cara que ela mal conhece. Lógico que no final do livro ela consegue justificar o que ela vê nele, mas até esse momento eu acredito que ela passa mais tempo encantada com a aparência dele do que com qualquer outra coisa já que não o conhece de verdade. Sem falar que ele faz algo no final que eu achei muita sacanagem e sinceramente não sei se perdoaria tão facilmente! Achei o final interessante, porque ela colocou um empecilho até clichê entre Duda e Miguel, mas o modo como o assunto é solucionado foi inesperado. Também achei muito bacana o rumo que a obsessão de Duda tem no fim, como ela percebe que Rob é tudo para ela, que ela sabe tudo dele, mas ele sequer sabe o seu nome - o que sempre foi algo lógico, mas ela ainda fantasiava que ele fosse lhe agarrar e agradecer toda sua dedicação e que a amava.
O livro acabou me prendendo no final, mas até que chegasse um ponto em que a leitura ficasse interessante para mim, demorou muito. Minhas amigas adoraram o livro e acharam tudo muito engraçado, eu já fui um pouco insensível e achei a maior parte das cenas forçadas, mas algumas coisas realmente me fizeram rir. O romance tem muita coisa de clichê e um triângulo amoroso muito parecido com o da saga Crepúsculo, mas também tem algumas coisas que me surpreenderam. Carol Sabar é uma autora brasileira e sempre acho interessante darmos uma chance a autores do nosso país, acredito que quem gosta de chick lit tem chances de gostar desse livro apesar de infantilidades do enredo.


Volume único.

14 de junho de 2014

O guardião do tempo

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[muito bom]

Eu recomendo: O guardião do tempo
Autor: Mitch Albom
Editora: Arqueiro

Sinopse:
Dhor é obcecado por enumerar coisa, buscando sempre entender, encontrar um padrão. Ele deseja saber se todo o dia o sol nascerá, começa a estudar, marcar o tempo, contar, numerar, desenvolver formas de saber quando o sol chega e quando dá lugar a lua. Ele então inventa o tempo e esse é apenas o primeiro confronto que tem com Deus. Ele acaba banido em uma caverna, ouvindo durante milênios os pedidos de pessoas por tempo, até que o céu encontra a terra. Quando isso acontece Dhor é enviado a Terra para encontrar duas pessoas, uma que quer encurtar seu tempo e outra que quer aumentá-lo. Ele precisa lhes ensinar o verdadeiro sentido do tempo, para que os três possam ter uma chance de corrigir seus erros passados.

Meu cantinho:
Eu sou apaixonada pelo Mitch Albom, gostei muito desse novo trabalho dele, mas confesso que não me encantou tanto quanto alguns de seus outros trabalhos. Seus demais livros sempre mexeram profundamente comigo, falando sobre amor, família, perda e também sobre tempo. Contudo, esse livro aborda o tempo de uma forma que não condiz tanto com a minha realidade, por isso, acredito que não fui tão envolvida por seu conteúdo.
A escrita dele continua leve, mas preciso dizer que no começo do livro a leitura não flui para mim. Ele nos apresenta seu personagem principal e narras cenas presentes, passadas e futuras fora de ordem, o que acabou truncando a leitura, até que o livro começou a seguir um ritmo e me acostumei a leitura.
Dhor é um menino obcecado com medida, com tamanhos, razões, querendo entender o motivo das coisas. Por conta de sua obsessão ele descobre uma forma de marcar o tempo, inventa o primeiro relógio, sua vida gira ao redor disso. Ele acaba perdendo muito com essa fixação pela passagem do tempo e não dá valor ao que realmente tem. O fato de ter criado essa marcação das horas, dias, meses e anos, foi vista com uma afronta a deus, e quando ele o desafia novamente em busca de mais tempo ele é condenado. Dhor deve ficar em uma caverna, até que o céu se encontre com a terra, ouvindo as lamúrias de todos os habitantes do planeta que pedem por tempo. Ele não envelhece, não sente sono, fome ou fadiga, apenas escuta. Então um dia o céu encontra a terra e ele é incumbido de uma missão, encontrar duas pessoas, uma pessoa que queria mais tempo, outra que deseja que o tempo passe mais rápido e ensinar a elas que o tempo não é algo que se possa controlar.
Sarah é uma menina gordinha, com baixa auto estima, que se apaixonada por um dos garotos mais populares do colégio. Ela vê Ethan todo sábado, dia em que faz trabalho de caridade para constar em seu currículo para a faculdade. Ela sempre quer que o tempo passe mais rápido para poder encontrá-lo, e quando percebe que ele não se interessa realmente por ela, não quer mais tempo algum. Victor é um homem rico e poderoso, mas que está morrendo. Ele quer alcançar a imortalidade, mas sabe que nesse momento a medicina e tecnologias atuais não podem lhe proporcionar isso. Então ele decide congelar seu corpo, para que possa ser acordado no futuro, em um momento em que haja a cura para sua doença e ganhar mais tempo. Dhor encontrará os dois e apresentará o futuro de suas escolhas podendo mudá-los para sempre, e assim mudar seu passado.
Acho que todas as pessoas têm dilema com o tempo, querendo que o fim de semana chegue logo, que as férias não acabem, que nesse momento o tempo passe mais rápido ou mais devagar. Contudo, Sarah quer acabar com sua vida e Victor está a beira da morte querendo poder viver eternamente, por isso disse que não me identifiquei tanto com esse livro. Ele nos traz lições, para sabermos dar valor as coisas, as pessoas que realmente importam, para que não deixemos que o tempo nos controle. Foi uma leitura leve e rápida, mas não excepcional se comparada a outros livros do autor.


Volume único.

10 de junho de 2014

Jogos do Prazer

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[ótimo]

Eu recomendo: Jogos do Prazer
Autora: Madeline Hunter
Editora: Arqueiro

Série Rothwell Brothers:
Jogos do prazer é o terceiro volume dessa série, se você não leu As Regras da Sedução e Lições do Desejo o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:                                   
Roselyn Longworth está passando por uma situação complicada. Depois que seu irmão fraudou o banco e fugiu do país com o dinheiro, deixando ela e sua irmã em uma situação financeira complicada; ela acabou se envolvendo com Norbury. Ele é filho de um conde, ela achou que ele realmente a amava, acabou se entregando a ele, apenas para descobrir que ele a havia enganado e queria arruiná-la por ter sido roubado por seu irmão. Ela é salva por Kyle Bradwell das garras de Norbury, mas sua reputação já está manchada. Alexia fica devastada com o que aconteceu à sua prima e Lorde Easterbrook percebe a tristeza de sua cunhada grávida, por quem se afeiçoou. Ele deseja diminuir sua tristeza e para isso faz uma proposta a Bradwell. Ele deseja modificar a história contada por Norbury, pretende colocá-lo como uma pessoa vil e libertina, que tentou enganá-la, mas que está foi salva por Bradwell, um homem de respeito, e que decide se casar com essa jovem moça.

Meu cantinho:
Apesar de a série ser sobre os irmãos Rothwell, o casal principal desse livro não é formado por um deles. Em parte isso me entristece porque estou morrendo de curiosidade para ler o livro que tratará do meu querido Lorde Easterbrook, mas também gostei muito de Kyle!
Rose sofreu muito com os golpes dado pelos irmãos. Ela que estava acostumada a ter tudo o que queria e de uma hora para outra se viu pobre, tendo um teto sobre sua cabeça devido a bondade de Lorde Hayden. Ela perdeu criados, mordomias, roupas novas e agora tem dificuldade até mesmo para comprar mantimentos básicos. Rose deixou que sua irmã Irene fosse morar com Alexia para que essa pudesse ter uma chance de ser apresentada na temporada em Londres e quem sabe arrumar um marido e assim ter uma vida melhor. Contudo, ela não aceita qualquer ajuda financeira de Lorde Hayden, pois acredita que esse já fez demais por essa família. Norbury, o filho de um conde, extremamente ressentido por ter sido enganado e roubado por Tim (apesar do reembolso feito por Hayden) decide se vingar seduzindo Rose. Ele diz que a ama, se mostra apaixonado e ela acaba se entregando a ele. Logo percebe que ele não a ama, e acredita que ela é apenas uma puta que tem que lhe satisfazer para pagar os erros do irmão. Presa em uma festa indecorosa que ele organizou na sua casa, ela tenta de todo modo escapar, mas é impedida por Norbury, até que esse se cansa de Rose e decide leiloá-la aos amigos presentes. Para sua sorte há nessa festa um homem descente, Sr. Bradwell, que havia aparecido há pouco tempo para tratar de negócios e acabou sendo convidado para a festa. Ele paga um alto valor para tirar ela desse leilão e a leva para longe da casa de Norbury. A princípio ela acredita que ele lhe comprou apenas para usá-la, mas depois de brigas e discussões ela percebe que esse é um homem bom e a leva para a casa de sua prima Alexia. Rose logo percebe o terrível erro que cometeu, para não manchar o nome de sua irmã, assim como prejudicar a família de sua prima, ela decide se afastar e jamais voltar a ter contato com eles.
Contudo, Alexia fica muito triste pela prima, e Lorde Easterbrook, extremamente afeiçoado pela cunhada, decide fazer algo para impedir sua tristeza, ainda mais em seu estado delicado de gravidez. Para isso ele entra em contato Sr. Bradwell e propõe que ele se case com Rose, em troca ele terá influencia por se manter perto da família dele, poderá ter negócios com esses, além de receber uma quantia em dinheiro. O próprio Easterbrook iria se encarregar de mudar a versão da história, que ela é uma moça inocente, que negou as tentativas de aproximação de Norbury, e que este por vingança tentou humilhá-la e inventou mentiras, mas para sua sorte, o Sr. Bradwell lhe salvou dessa situação. Ele então teria se encantado com a beleza e pureza de Rose e uma união surgiu dessa situação. Pensei que as principais motivações dele tinham sido o dinheiro e a influência, mas conforme fui lendo percebi que ele realmente se sentia atraído por Rose e a queria para si.
O relacionamento deles segue com diversos importunos, as origens de Sr. Bradwell, os boatos sobre Rose, a dificuldade em ser aceito pela sociedade, mas o principal problema está nos atos de Tim e o rancor de Norbury. O livro foi muito gostoso e terminei a leitura super rápido. O final foi bem diferente, uma pitada de humor, de romance e ação, gostei bastante e estou ansiosa por mais livros da série.

Continuação:
O próximo livro da série é The Sins of Lord Easterbrook, ainda não lançado no Brasil.

8 de junho de 2014

O Fogo - Série Bruxos e Bruxas

[bom]

Eu recomendo: O Fogo
Autores: James Patterson e Jill Dembowski
Editora: Novo Conceito

Série Bruxos e Bruxas:
O Fogo é o terceiro volume dessa série, se você não leu Bruxos e Bruxas e O Dom, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Whit está fugindo com Wisty que está doente, ela contraiu a peste que tem matado muitas pessoas. A mágica de Whit está fraca, mas com a ajuda de outra pessoa ele consegue curar a irmã. O Único sabe onde eles estão e manda um oficial capturá-los. Whit e Wisty se veem obrigados a fugir, eles conseguem ajuda de uma forma inesperada e descobrem que precisam se separar. Whit precisa passar por um portal e ir encontrar seus pais na Terra das Sombras, enquanto Wisty precisa se aproximar do Único e confrontá-lo.

Meu cantinho:
Preciso dizer que houve uma melhora significativa nesse livro em relação aos dois primeiros livros da série. Quem leu minhas resenhas sabe que eu achava algumas passagens mal escritas, muitas coisas infantis e mal explicadas. Ainda há muitas coisas sem explicação (principalmente um povo que morre e que aparece vivo do nada), mas temos uma melhora significativa na escrita e uma diminuição considerável nas falas infantis. Ainda há uma coisa ou outra, mas nada grotesco como havia nos livros passados. Contudo, justamente pela diminuição essas cenas se destacam mais, como por exemplo, Wisty que não consegue parar de pensar o quando um cara é gatinho, o problema é que ele trabalha para o Único e assim que ele segura a cabeça de alguém ele mata essa pessoa derretendo a cabeça dela, o que eu acredito que pode diminuir a beleza de qualquer pessoa. Quase todas as infantilidades desse livro agora vêm de Wisty, poderia até fazer sentido já que ela é uma personagem nova, mas depois de tudo o que ela viveu, morte, perseguições, perigos, lutas, deveríamos ter uma personagem muito madura para alguém da idade dela. Uma coisa que eu acho muito besta é que ao invés de eles falarem magia, eles ficam: a minha “M” esta se esgotando, usei toda a minha “M”, me senti fortalecido pela “M”. Acho que era para parecer descolado ou algo assim, jovem, mas não funcionou.
Entretanto, o que mais me intriga no livro é essa “passividade” do Único. Os autores escreveram dois livros inteiros, com os irmãos causando problemas e tudo mais e em menos de um minuto, no livro passado, O Único move água, céu e terra (literalmente) e intimida os irmãos. Agora acontece a mesma coisa, os irmãos estão fugindo, Wisty está terrivelmente doente pois contraiu a peste que tem matado milhares de pessoas e Whit tem carregado ela pela cidade buscando um abrigo. Acontece que O Único sabe exatamente onde eles estão, ele tem câmeras vigiando a cidade, ele quer capturar novamente os irmãos, mas sempre manda um subalterno (que obviamente vai fracassar) para capturar os dois. Se eles são tão importantes, se podem causar a ruína dele e de seu governo porque ele não os enfrenta diretamente e os destrói de uma vez? Porque não haveria livro, eu sei, mas então as questões do livro deveriam ter sido boladas de uma forma mais lógica.
O livro em si não traz muitas coisas, é igual ao livro passado, parece que eles vivem em uma mesmice até que no final, em poucas páginas, muitas coisas acontecem. Whit e Whisty estão sendo perseguidos, então eles recebem ajudam e se escondem. Em seguida eles são descobertos, passam a ser perseguidos, recebem ajudam e descobrem o que precisam fazer. Whit precisa ir para as Terras das Sombras ajudar a salvar seus pais e Wisty precisa ir enfrentar O Único. Whit vive algumas aventuras interessantes até alcançar seus pais, já Wisty tenta se infiltrar e fica lavando o chão e limpando privadas o que não é nada interessante. Quando ela de fato se encontra com O Único eu esperava um luta, um super confronto, mas na verdade eles têm uma conversa e ela ainda recebe algumas dicas e lições do Único – o que foi um tanto sem sentido.
No final do livro as coisas realmente começam a acontecer, mas apesar de termos ação, as batalhas se resolvem de modo rápido, esperava um confronto maior. Gostei das sugestões que o autor deixa para serem exploradas no próximo livro. Acho que o livro melhorou comparado aos outros, mas ainda tem um longo caminho a percorrer.

Continuação:
O próximo livro da série é O Beijo, em breve aqui.

6 de junho de 2014

Na ilha

[ótimo]

Eu recomendo: Na Ilha
Autora: Tracey Garvis Graves
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Anna Emerson é uma professora de 30 anos, com um relacionamento frustrado, que a leva a aceitar uma proposta de emprego longe de casa, em uma ilha tropical. Ela irá ensinar T.J. que tem 16 anos, e precisa de aulas para acompanhar os estudos depois de ter ficado afastado por conta de um câncer. Ao embarcar para a casa de veraneio da família, enquanto sobrevoam algumas das milhares de ilhas das Maldivas, o piloto tem um ataque do coração e o avião cai no meio do mar. Anna leva uma pancada e é salva por T.J., após algumas horas no mar ambos são arrastados para um ilha. Os recursos são parcos e a esperança de um resgate diminuiu conforme os dias se transformam em semanas, meses e anos. Além das dificuldades da ilha em se obter água, comida, ter que enfrentar mosquitos, tubarões, sol, entre outros elementos da natureza ainda temos o fator humano: T.J. começa a se transforma em um homem e se interessar por Anna. Sozinhos em uma ilha a aproximação é inevitável, mas sempre há o medo do que acontecerá se eles um dia voltarem.

Meu cantinho:
Quando eu li a sinopse eu sabia que precisava ler esse livro, sabia que ele seria bom, e de fato foi uma leitura única e encantadora. Contudo, demorei muito tempo para escrever a resenha dele aqui, pois não sabia como falar desse livro sem revelar tudo o que tem de encantador nele e acabar contanto o livro todo.
Anna já é uma mulher mais velha, professora, que vê a sua vida estagnada. Ela tem um namorado, mas se sente muito frustrada porque ele não quer progredir no relacionamento. Ela deseja muito se casar, mas principalmente, tem um desejo enorme de ser mãe um dia, assunto que ele sempre procura evitar. Ela quer tomar um tempo de tudo e colocar a cabeça em ordem por isso acaba aceitando a proposta de emprego que a levará para longe de casa, e para sua sorte, para uma ilha tropical. Ela foi contrata por uma família muito rica, que deseja que ela ensine seu filho T.J. de 16 anos. Ele está atrasado nos estudos após ficar afastado em tratamento para um câncer, agora que ele teve uma remissão ele quer passar o tempo com seus amigos, aproveitar a vida, se divertir. Contudo, seus pais que ficaram com medo diante da sua doença querem seu filho por perto, eles pedem que ele vá a essa viagem para ficar com a família e estudar, já que depois, com o começo das aulas, terá tempo para sair com os amigos e se divertir. Ele acaba aceitando, e Anna é um dos motivos, ele acha a professora linda e se vê atraído por ela, mas sabe que é apenas um menino, ela uma mulher, e que a diferença de idade e posição impossibilitaria qualquer relacionamento. Mesmo assim ele tenta se aproximar dela, e inventa uma desculpa para pegar um voo diferente do da família para ir no mesmo voo que Anna.
O inesperado acontece quando o piloto começa a passar mal e tem um ataque do coração, o avião caí, Anna fica inconsciente, sangra durante muito tempo e apenas não afunda por conta de T.J. que vela por ela enquanto está desacordada. No dia seguinte eles se veem em uma das muitas das ilhas da região, completamente deserta. Eles tentam reunir o que chega a praia, tentam montar uma fogueira, buscar água e alimentos enquanto esperam por um resgate. Acontece que o resgate nunca vem, os dias se tornam meses e depois anos. Você pode achar que ficar em uma ilha seria tedioso, que após um tempo se criaria um hábito, mas muito pelo contrário, a autora sempre traz reviravoltas e surpreende o leitor. Ao mesmo tempo achei muito real o período que eles passaram na ilha, as dificuldades, a escassez, os perigos, as adversidades, a força da natureza, as limitações, as doenças, a fome, o medo e também os laços de convivência que vão se estreitando entre os dois. T.J. deixa de ter 16 anos, ele se torna legalmente maior de idade, um homem que deseja uma mulher. Anna tem consciência do homem que ele se tornou, mas sabe que em outra situação jamais se envolveria com ele e tem medo das repercussões que um envolvimento com ele teria caso um dia fossem resgatados. 
Eu sinceramente achava que eles morreriam naquela ilha, mas para minha surpresa eles acabam sendo encontrados pelo motivo mais inusitado que eu poderia imaginar. Quando finalmente voltam para a convivência em sociedade se veem em uma situação constrangedora, acusações sobre o envolvimento dos dois e Anna fica particularmente insegura. Além de saber que seu tempo está passando, que seu desejo por ter um filho continua, ela sabe que não pode exigir isso de T.J., um rapaz tão novo. Também acha que ele está preso a ela por hábito e pela convivência e que ele precisa viver outras experiências, conhecer outras pessoas. 
Tanto o período na ilha quanto o período posterior me prenderam totalmente. A autora escreveu um livro maravilhoso que conquista o leitor a cada capítulo, quando você acha que ela não pode lhe surpreender mais ela surge com uma ideia totalmente nova e encantadora. Um livro leve, cativante e muito bem escrito que recomendo a todos.
Para finalizar gostaria de dizer que classifiquei esse livro como volume único, mas gostaria de avisar que a escritora escreveu um conto, de aproximadamente 100 páginas para falar sobre a história de um esqueleto que eles encontraram na ilha, e TJ e Anna fazem uma breve aparição, por isso não considero exatamente uma continuação. O título do conto é Uncharted e parece que ele já foi traduzido por alguns fãs e está disponível em e-book na internet.

Volume único.