29 de setembro de 2012

Caixinha de Correio



Essa é a minha mais nova caixinha de correio, na verdade esse novo volume de Fairy Tail não chegou pelo correio, comprei na banca da minha cidade mas estou postando aqui para mostrar minha mais nova aquisição. Falei na caixinha de correio passada, quando postei outros número de Fairy Tail que comprei, sobre fazer uma postagem no blog indicando mangás, recebi vários comentários positivos e assim que puder vou escrever algumas indicações legais para vocês.





Agora eu Morro eu comprei diretamente com o autor, Fabio Brust. Para quem não sabe ele é um escritor brasileiro super jovem, e ele tem uma escrita que eu adoro. Nunca li nenhum livro dele, mas acompanho o blog dele que sempre tem postagens interessantes e que me arrancam muitas risadas. Meu livro veio autografado e ainda ganhei uma marca páginas! Fiquei muito feliz com a minha nova aquisição!

27 de setembro de 2012

A Revelação do Súcubo


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[ótimo]

Eu recomendo: Revelação do Súcubo
Autora: Richelle Mead
Editora: Essência

Georgina Kincaid:
A Revelação do Súcubo é o sexto volume dessa série, se você não leu os primeiros livros, A Canção do Súcubo, O Poder do SúcuboO Sonho do SúcuboO Calor do Súcubo e A Sombra do Súcubo o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Georgina e Seth finalmente estão juntos, depois de todas as dificuldades que enfrentaram, depois de terem terminados, de Seth quase ter se casado com Maddie, o relacionamento deles está estável. Mas as coisas nunca são tranquilas para Georgina, inesperadamente ela recebe uma carta do inferno avisando sobre sua transferência. Entretanto, o inferno costuma ser cheio de burocracias e quando transferências ocorrem o chefe, nesse caso Jerome, deveria ter avisado ela com antecedência. Jerome afirma ter sido um erro e que a transferência dela para Las Vegas é certa, tudo nesse transferência parece um sonho, ela consegue um emprego de dançarina, ela vai trabalhar com Bastien, ela conhece outra súcubo legal, a cidade é perfeita, as pessoas adoram ela, a única coisa que está faltando é Seth. Seria muito fácil ele se mudar para Vegas com ela, mas sua cunhada está com câncer e o apoio de Seth tem sido fundamental para a família. Tudo parece conspirar para afastar os dois, e Roman acredita que o Inferno está se esforçando demais para isso e que algum segredo eles escondem.

Meu cantinho:
Preciso dizer que comparado ao livro passado que me irritou bastante, esse não tem errinhos de digitação ou muitas trocas de nome, percebi apenas uma na qual Seth foi se referir a casa do irmão e disse “a casa do Seth”, mas fora isso não reparei mais nada de errado, o que é um alívio!
Preciso dizer que meu livro chegou e eu larguei o outro livro que estava lendo e fiz todas as minhas obrigações de mestrado num passe de mágica para poder ler esse livro! É o último livro dessa série e eu queria logo que as coisas se acertassem! Lógico que os leitores já estavam percebendo a ligação de Seth com Kyriakos, mas para compensar o que estava óbvio para os leitores e tão escondido para Georgina, ela acrescentou várias coisas na história desses dois que nem podíamos imaginar! É lógico que eu não vou falar quais são essas coisas para não dar spoiler e não diminuir qualquer emoção que vocês tenham a ler esse livro, preciso dizer que meu coração quase saiu pela boca em muitos momentos e eu fiquei dando gritinhos, tanto de felicidade quanto de apreensão.
O que me chateou nesse livro é o fato de Georgina nunca perceber as conexões, Seth chamando ela de Letha, o anel de noivado bizantino que ele deu para ela, Niphon tentando separar os dois, a estranha morte de Erik, a mudança repentina de cidade, o emprego dos seus sonhos, trabalhar com Bastien com quem ela se dá tão bem, a doença de Andrea, tudo tão conectado e ela acha que é apenas uma coincidência, quem acha que tem algo de errado e insiste em investigar as coisas é Roman. Preciso dizer que apesar dele ter tentado matar Carter (que eu adoro) eu amo esse personagem, ele é brigão, marrento, mas é óbvio que ele realmente gosta de Georgina e está sempre disposto a fazer o impossível para ajudá-la. Eu preciso dizer que o final do livro me deixou extremamente angustiada em relação a esse personagem, e tudo piora porque ele deixa no limbo, não explica o que realmente aconteceu. Isso é outra coisa que eu não gostei: eu acho que muitas coisas ficaram inacabadas, não houve qualquer punição pela morte de Erik e eu realmente gostaria que algo tivesse sido feito, eu adorava esse personagem e apesar das coisas terem sido esclarecidas, não ter tido qualquer punição para aqueles que orquestraram a morte dele me incomodou. Também acho que algo poderia ter sido feito por Kayla, a sobrinha de Seth que é médium. Ela vê coisas que ninguém mais vê, eu realmente acho que algum tipo de auxílio poderia ser dado a ela, Roman sugeriu isso a Georgina, que ensinasse a ela a identificar o que estava vendo, a presença que sentia, mas nada foi feito efetivamente. Também acho o conselho que Carter dá no final para Georgina muito válido, mas muito triste, queria que as coisas não precisam ser assim, afinal todos fizeram tanto por ela, mas a verdade é que são servos do Inferno e ela sabe como as coisas são complicadas.
Eu acho que estou ainda num estado de torpor por ter lido o livro e ter amado, aquela sensação de quando se acaba uma série, e está feliz e ao mesmo tempo triste porque não vai ter novos livros com aqueles personagens. Acho que apesar das críticas que eu tenho, os errinhos, as coisas inacabadas, a cegueira de Georgina, eu achei um fechamento ótimo! Fiquei extremamente feliz em muitas partes, extremamente apreensiva em outros pontos, como por exemplo, o julgamento no inferno, o clima era pesado e eu devorei cada linha, e sempre aquela sensação de que está tudo perdido e o leitor lutando para encontrar uma fagulha de esperança!
Acho que a autora também tenta passar lições através do seu livro, quando Carter fala sobre esperança, sobre perdão, sobre fazer o bem as pessoas e a sí, sobre ser bom e ser digno. Roman também transmite coisas valiosas, sobre amar, sobre não desistir, afinal, ninguém pode achar que falhou... (essa vocês vão entender quando lerem o livro).
Um fechamento ótimo para uma série ótima! Recomendo a série completa! Vou sentir muita falta de acompanhar a vida desses personagens!

Volume final.

25 de setembro de 2012

Caixinha de Correio


Eu precisava postar a minha caixinha de correios para vocês! Comecei a pular, a falar que estava feliz e abraçar a caixa quando ela chegou e minha mãe ficou olhando com uma cara de assustada! Hehehe! Eu estou muito feliz com essa compra, vocês não conseguem imaginar! Melhor do que isso só a próxima compra que ainda está para chegar! Livros ainda melhores e mais esperados que esses! Bem, nessa caixinha tem dois volumes de Fairy Tail, é um anime que eu já via e que comecei a comprar os mangás, como já está no volume 21, estou comprando os volumes que deixei passar. Estava até pensando inclusive em fazer umas postagens diferentes com indicações de mangás, o que vocês acham? Também comprei o quarto livro da série Riley Bloom, Murmúrio.


Estava louca por esses dois! A continuação da história de Georgina Kincaid e Os lobos de MercyFalls! Os últimos livros de ambas as séries! Queria não estar tão apertada com os prazos do mestrado senão eu iria passar o resto da semana apenas lendo meus livros lindos! Mas vou tentar organizar os horários para poder ler e estudar! Esperem em breve a resenha!

24 de setembro de 2012

Fim Medonho


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[péssimo]

Eu recomendo: Fim Medonho – A trilogia de Eddie Dickens
Autor: Philip Ardagh
Editora: Record

Sinopse:
Eddie Dickens mora com seus pais, infelizmente eles contraíram uma terrível doença que os deixa amarelos, enrugados e cheirando a bolsas de agua quente que o médico recomendou como tratamento. Como essa doença parece ser contagiosa seus pais decidem manda-lo para morar com seu tio-avô Jack Maluco, que não tem esse nome por acaso. Como se tudo já não fosse muito esquisito, ele passa a viver com esse tio maluco e também sua tia Maud Maluca que não larga seu arminho empalhado e age como se ele fosse vivo, de forma que Eddie irá vivenciar as coisas mais absurdas da sua vida.

Meu cantinho:
Eu devo ter comprado esse livro a uns dois ou três anos atrás, havia lido uma sinopse que parecia ser bem interessante e adquiri o livro, acontece que o livro tem esse nome fim medonho porque é um livro medonho de se ler, parei na metade do livro e nunca mais consegui termina-lo. Eu realmente não gosto de comprar livros e desistir da leitura, as vezes se desisto, deixo o livro vários meses na estante e depois tomo coragem e termino de ler. Tentei já várias e várias vezes terminar esse livro mas não consigo, leio uma ou duas página e simplesmente não suporto mais. Ele já está na minha lista de troca do skoob a muito tempo, mas ninguém conhece e tem muito interesse nessa série. Como eu não consigo terminar a leitura e nem mesmo trocá-lo no skoob estava pensando em trocá-lo no sebo, então antes que ele deixasse as minhas mãos de maneira definitiva decidi resenha-lo.
Vocês devem estar se perguntando o que fez desse um livro tão insuportável de se terminar a leitura, bem, eu amo livro de fantasias, coisas novas, coisas impossíveis, é ótimo uma leitura fantástica que nos proporcione isso. Lemos todos os dias coisas impossíveis maravilhosas, como bruxos, vampiros, lobisomens, anjos, fantasmas, romances, fadas, sereias entre tantos outros elementos que nos cativam. Temos também aquela fantasia um pouco mais mirabolante, que passa do limite do absurdo, como por exemplo Alice no país das maravilhas, Fim Medonho entra nessa categoria do absurdo, mas extrapola todo e qualquer limite do agradável. Os pais de Eddie estão doentes, uma doença contagiosa e ele se vê obrigado a morar um tempo com o seu tio-avô, que ele não conhecia e que para sua surpresa estava dentro do armário de seus pais, sua mãe vai se despedir dele e como não pode sair da cama por ordens médicas pede para guinchar a cama para fora da casa pela janela do quarto, e a linha dos absurdos só continua, com o tio-avô pagando as coisas com enguias mortas, ou ele tendo que  dormir dentro de um baú em uma estalagem. As coisas mais sem sentidos acontecem, mas não se estabelece qualquer linha de enredo, a leitura fica confusa, dispersa, e o autor não consegue sequer manter uma linha cômica com esses absurdos, já que de tão idiotas chegam a ficar sem graça. Eu não entendo como esse livro pode ter recebido elogios, no verso temos aquelas elogios frequentemente feito a obra, falando coisas como “hilariante trilogia”, “divertida mistura” e “transforma o absurdo em obra de arte”. Acho eu os americanos tem uma linha de humor muito singular para achar tudo o que está escrito nesse livro divertido ou hilário, acho ainda mais absurdo alguém classificar os absurdos desse livro como obra de arte. Mas cada um tem seu gosto e de repente o texto que para mim foi desprovido de qualquer sentido e humor, para alguém foi interessante.
Concluindo: um livro péssimo, intragável, tentando forçar o humor através de absurdos nada hilários, ao qual eu fui incapaz de terminar a leitura e que resenhei para alertá-los: caso se depare com esse livro, não compre, é dinheiro jogado fora.

Continuação:

Esse é o primeiro livro da trilogia de Eddie Dickens, achei o primeiro tão absurdo que não entendo como sequer foi possível ter continuação. Não esperem a resenha do segundo livro por aqui.

23 de setembro de 2012

Para Sempre


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[regular]

Eu recomendo: Para Sempre
Autores: Kim e Krickitt Carpenter
Editora: Novo Conceito

Sinopse:
Kim e Krickitt estão casados a pouco mais de um ano, durante uma viagem de carro para passar o dia de ação de graças com os pais dela, eles sofrem um terrível acidente de carro que quase mata ambos. Kim fica com graves ferimentos, mas o estado de Krickitt é pior e parece que toda a equipe médica acredita que ela chegou ao seu fim, mas por um milagre seu quadro vai lentamente melhorando, ela acorda e apesar de ser necessário um bom tempo de reabilitação ela vai se recuperando. O problema é que ela sofreu sequelas e acabou perdendo a memória dos últimos anos, o período que corresponde ao tempo em que conheceu, namorou e se casou. Ela não se lembra de Kim, e tentar recuperar sua mulher e lhe dar suporte será um desafio imenso.

Meu cantinho:
Eu estava louca por esse livro depois que vi o filme e como iríamos fazer um amigo secreto no curso de francês eu tive certeza absoluta de que era ele que eu iria pedir. Fiquei super animada por de fato ter ganhado o livro, comecei a ler com uma empolgação enorme, mas logo me desanimei. Continuei me forçando a ler, mas na metade do livro ele voltou para a prateleira. Meses depois eu tomei coragem para pegá-lo novamente e terminar a leitura. Você deve estar se perguntando o que aconteceu, bem, eu havia visto o filme e acontece que o livro estava longe de me prender e me emocionar tanto quanto o filme. O começo foi muito enfadonho, contando a história de como Kim e Krickitt se conheceram, estava longe de ser qualquer coisa romântica e encantadora como foi no filme, nada de cenas divertidas, de surpresas, não me cativou. Ele se encantou pela voz dela no telefone quando pedia camisetas para seu time de beisebol na loja em que ela trabalhava, ele se empolgava quando conseguia falar com ela, eles começaram a conversar, trocaram números de telefone, correspondência (ela morava em outra cidade), havia um interesse de ambas as partes, mas (e aqui começa uma coisa que incomoda o resto do livro todo) ela precisava saber da fé dele pois não poderia continuar se envolvendo com alguém sem fé. Ele fala sobre a fé dele, eles se conhecem pessoalmente, começam a namorar e se casam. Eles estavam felizes juntos até que acontece um acidente, um acidente terrível. O filme não chega nem perto de mostrar o horror que foi esse acidente, no qual não apenas ela, mas também ele se machucou gravemente. Foi nesse momento em que eu larguei o livro. Estava achando muito monótono o relacionamento dos dois até então, e apesar do acidente, de como ele aconteceu ter me chocado muito, o lance da fé acabava me afastando da história. Ele fica falando sobre como o casal que os encontrou orou por eles e como isso foi importante, como milagres aconteceram, que ele ficava com medo dela acordar e ter problemas de memória e não lembrar de deus – ao qual o irmão dela respondeu que o cristianismo estava na alma dela e não podia ser ferido porque a alma é imortal, e coisas assim, eu acho que essa questão de deus, fé e religião é um assunto que me incomoda muito em livros, do qual eu prefiro me manter afastada. Quando voltei a leitura do livro me surpreendi muito com as cenas que se seguiram que falavam deles no hospital, e apesar da questão da fé ainda me incomodando por estar sempre presente acho que fui tocada pela dor de termos alguém que amamos a beira do morte. Quem já teve alguém que se ama num leito de hospital sabe como isso pode ser difícil e eu senti um nó na garganta terrível. Essa parte me surpreendeu muito pois foi algo muito intenso no livro no qual o filme tinha passado batido. No filme a atriz acorda com um corte aqui, um roxo ali e sem a memória dos últimos anos, no livro ambos se machucaram muito, a descrição que ele faz dela na UTI é medonha, o estágio que ela fica quando acorda do coma é muito triste. Eu sequer sabia que isso era um estágio de coma, no qual ela andava, conseguia ter alguns movimentos, falar algumas coisas, responder a certos estímulos, mas não estava ali conscientemente. Esse processo todo de recuperação é muito intenso e doloroso para eles e angustiante para o leitor. Entretanto, também tenho algumas críticas a essa passagem, quando eles sofrem o acidente ele se recusa a receber atendimento além dos primeiros cuidados básicos porque quer saber do estado da esposa e quer que os médicos dediquem sua atenção a esposa e não a ele (acho que um hospital deveria ter médicos o suficiente para atender duas pessoas depois de um acidente grave com qualidade, porque do modo como ele fala parece que se ele fosse atendido não haveria médicos suficientes para cuidar do estado dela). Acontece que ele está em um estado deplorável não pode fazer muito por ela, mas parece que ele não percebe isso. Ela é transferida com urgência em um helicóptero para uma cidade vizinha que pode atendê-la melhor, mas por conta dos médicos e aparelhos não tem espaço para ele. Ele pede alta do hospital mesmo diante da recusa dos médicos e seu pai vai buscá-lo para levá-lo para o hospital em que ela está. Ele estava com o nariz quebrado, a orelha dele quase foi arrancada fora, ele sentia dores terríveis para respirar, mau conseguia andar, quando capotaram e o carro se arrastou, pedaço de vidro do teto solar ficaram nas costas dele que se arrastou junto com o carro, ele chegou nesse hospital e após receber notícias de que a esposa ainda estava sendo atendida pelos médicos aceitou ser tratado. Ele estava com pedaços de vidros nas costas, ele corria o risco de morrer, de não ser possível restaurar sua orelha e nariz e mesmo assim ele viajou para a cidade vizinha apenas para receber notícias da esposa, apenas para ficar na sala de espera. Muito bonito e muito romântico – apesar que não vejo como ele se recusar a receber atendimento e colocar sua vida em risco ajudava ela. Acontece que depois de muitos meses de recuperação de Krickitt, dela sair do centro de recuperação sobre o controle de suas funções motoras indo para a casa dos pais dela, ela ainda não se lembrava dele, ela havia perdido todas as memórias com seu marido e ele decide deixá-la na casa dos pais dela e retornar ao seu emprego porque acha que fez o que podia e que as coisas estavam na mão de deus. Confuso. Quando ele estava sofrendo, acidentado, mau, sendo incapaz de fazer nada por ela, ele se recusa a receber atendimento apenas para ficar na sala de espera. Agora quando ela esta viva, acordada, quando ele pode estar ao lado dela para ajudar em sua recuperação, para ajudá-la a se lembrar ele volta para a cidade dele e deixa nas mãos de deus? Não faz sentido! Ele volta para a cidade dele e faz ligações frequentes, mas mesmo assim não acho coerente. De volta a cidade as pessoas demonstram sua generosidade e arrecadam dinheiro para ajudar os dois, já que ele mesmo fala sobre como já estava se afogando em cobranças por conta das despesas médicas. Acontece que ao invés de usar esse dinheiro nas despesas médicas que seria o lógico, ele usa para viajar toda semana para vê-la (acho que ele deveria ter ficado logo com ela).
Kim relata as dificuldades após o acidente quanto a vida do casal, afinal ela não se recorda de ter conhecido e se casado com ele, ela sofre sérias mudanças na sua personalidade que as vezes a deixa perturbada e agressiva por conta de suas lesões no cérebro (no filme ele tem uma mudança de personalidade porque ela havia passado por grandes mudanças na sua vida – briga com a família, ter largado a faculdade, e ela havia perdido a memória dessas mudanças). Ele quer honrar os votos de casamento de ambos e mesmo não levando mais uma vida de casados ele faz tudo por ela, ele pressiona ela na terapia e nos exercícios porque é o correto para ela, por mais que ela se zangue com sua pressão e muitas vezes acabe por ofendê-lo (o que o magoa muito). Para ela é muito difícil aceitar estar casada com um cara que ela nem conhece, ele chega após um tempo a largar o emprego para se dedicar a ela. E quando esta tudo dando errado e ele afirma que vai deixar o relacionamento dos dois nas mãos de deus, ele procura aconselhamento psicológico e seu médico o ajuda bastante, e em uma sessão na qual Krickitt participa ele fala para ela que ela não se lembra de ter namorado, conhecido e se casado com Kim, o que é extremamente óbvio, mas que para eles parece uma revelação. O psicólogo sugere que ele a reconquiste, construa novas memórias, que namore com a própria esposa. Nesse momento eu me pergunto: eles já haviam voltado a morar juntos, ele já havia largado o emprego para se dedicar exclusivamente a ela, o que diabos eles faziam o dia todo que não saiam, conversavam e tentavam se conhecer?
O final do livro é enfadonho também, ele falando sobre a vida deles na mídia e que essa exposição era boa para que eles fossem usados como exemplos e que eles pudessem mostrar sua fé e coisas do tipo. Chato. Minha conclusão é que esse livro não chega aos pés do filme, a parte do acidente, do hospital e da recuperação dela de fato é muito mais intensa no livro e o filme não retrata um décimo do que se passa entre eles (mas é uma adaptação totalmente diferente, o que se mantém é o fato dela perder a memória do marido em um acidente de carro). Eu achei o livro o começo e o fim intragáveis, com um meio interessante apesar da intensidade religiosa. Deixo aqui minha opinião e vocês decidem se é um livro que os agrada ou não.

Volume único.

22 de setembro de 2012

Desventuras em série - A Sala dos répteis

[muito bom]

Eu recomendo: A Sala dos Répteis – Desventuras em Série
Autor: Lemony Snicket
Editora: Cia. Das Letras

Desventuras em Série:
A Sala dos Répteis é o segundo livro dessa série, se você não leu o primeiro volume Mau Começo, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Os órfãos Baudelaire conseguiram revelar os planos do malvado Conde Olaf que planejava roubar a fortuna dos irmãos através de um casamento forçado com Violet. Conde Olaf conseguiu escapar da polícia, não sem antes ameaçar Violet avisando que toda a fortuna dos irmãos um dia seria dele. Nesse livro temos os jovens agora indo ao encontro de um parente distante e desconhecido que irá assumir a guarda deles. O receio a princípio é que ele seja pior do que o Conde Olaf, mas tio Monty se mostra uma pessoa carinhosa, atenciosa e que cuidará muito bem das crianças. Tudo está indo bem, os jovens irão acompanhar seu mais novo guardião a uma viagem ao Peru, tudo está indo as mil maravilhas, até a chegada de Conde Olaf, ele aparece disfarçado de Stephano, o novo assistente que tio Monty contratou e está planejando algo terrível para conseguir a herança dos Baudelaire.

Meu cantinho:
Assim que acabei de ler Mau Começo comecei a ler A Sala dos Répteis, assim como o primeiro a leitura foi muito rápida, mas esse livro foi ainda mais angustiante que o primeiro. O autor não mente quando fica se repetindo que essa é uma história infeliz e que esses três irmãos são os jovens mais azarados do mundo. Esse livro traz por um alguns instantes uma sensação de felicidade e tranquilidade para as crianças, que o autor logo faz questão de cortar anunciando qual será o triste futuro que os aguarda e você fica apreensivo, lendo todas as angustias que esses jovens tem que viver sabendo o trágico final que os espera. Como ressaltei na minha resenha do primeiro livro, apesar da escrita leve, de algumas coisas bobas ou extremamente criativas e fora da realidade (como sapos com asas e cobras amigas), que deveriam dar um ar infantil a leitura, ele não é infantil. Apesar do modo leve como o autor escreve, eu vejo um peso muito grande no conteúdo, é horrível você ver o medo das crianças quando Conde Olaf aparece, como Klaus lembra do tapa que ele lhe deu, as ameaças que ele faz de arrancar fora um dos dedos de Sunny. Também temos as partes em que o autor diz que as crianças pensaram no futuro se não poderiam ter evitado aquilo, se não tivesse agido um segundo antes, se não tivesse feito isso ao invés daquilo, acho que isso é de fato um peso que elas carregaram pelo resto da vida. Eu achei o final desse livro particularmente muito triste, a despedida partiu meu coração!
Tem algumas coisas que me irritaram um pouco no livro, apesar das crianças serem mencionadas por sua inteligência que na maior parte do tempo inclusive se sobrepõe a dos adultos (Sr. Poe é muito burro e isso é muito irritante), o problema é quando eles cometem erros tão básicos, tão óbvios! Conde Olaf sempre tem um plano maligno, e quando eles descobrem eles (mais especificamente Klaus) sempre revela a Conde Olaf que descobriu seu plano e ainda por cima revela toda e qualquer vantagem que antes eles tinham sobre o conde, dando espaço para que Olaf bole outra estratégia nesse meio tempo. Entendo que são crianças, mas é algo tão estúpido revelar ao vilão que sabe do seu plano e ainda revelar o que você vai fazer ou a vantagem que você possui sobre o plano dele. Outra coisa que me angustia muito é quando o autor começa a enrolar e a divagar em pontos de grande tensão na história. Está acontecendo algo extremamente tenso quando o autor termina o capítulo, então ele começa o capítulo seguinte pedindo desculpas por ter cortado a história, pois alguém chamou ele ou algo aconteceu e ele teve que parar a narrativa dos irmãos Baudelaire. Ou então o autor começa a falar que o que se segue é muito triste, e se quiser podemos parar de ler nesse momento acreditando que tudo ficou bem, que aconteceu essa e aquela coisa boa. Ele enrola muito, tem autores que conseguem enrolar nos momentos de tensão sem irritar o leitor, mas esse não é um desses casos. Esses são os principais pontos negativos, mas no geral foi uma leitura muito boa.

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro da série é O lago das sanguessugas. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

21 de setembro de 2012

Nietzsche para estressados

[bom]


Eu recomendo: Nietzsche para estressados 
Autor: Allan Percy
Editora: Sextante

Sinopse:
Esse livro traz em cada página uma máxima do filosofo alemão Nietzsche e em seguida uma discussão do autor Allan Percy sobre o significado desta, exemplos, e como aplicar o que o Nietzsche quis dizer em nossa vida cotidiana, de forma que essa possa trazer algum beneficio. As máximas tratam dos mais variados assuntos, de amigos, família, amor, saúde, trabalho e as interpretações do autor são direcionadas de forma que, aplicando o que foi escrito, o leitor possa levar uma vida com menos estresse.

Meu cantinho:
Eu não sou muito de ler livros desse gênero, acho que eles se assemelham muito a livros de auto-ajuda e eu definitivamente não gosto de livros assim. Comprei esse livro com uma ideia completamente diferente, e quando ele chegou e eu o abri, percebi que não era exatamente o que eu tinha pensado. Como já havia comprado pensei, vou começar a ler, é um livro pequeno, uma leitura rápida, nada com o que me preocupar, mas logo larguei ele de mão. Acontece que nos últimos tempos eu tenho vivido uma serie de problemas e estresses, com prazos na faculdade, atrasos, relacionamentos e eu pensei que talvez esse livro pudesse ser interessante agora nesse momento em que eu estava vivendo, ele de fato traz muita coisa que eu pude refletir diante da leitura, na verdade ele fala coisas muito simples que já sabemos que devemos fazer, que são necessárias para se evitar o estresse mas que não aplicamos no nosso dia-a-dia.
Eu tenho uma série de críticas a fazer a este livro, acho que muitas vezes ele coloca o aforismo e não explica tão bem, ele deixa muito vago e muito aberto a várias interpretações por parte do leitor; as vezes cita um exemplo, conta uma história, mas não esmiúça a lição que poderíamos tirar dali. Em outras ele coloca uma máxima, começa a explicar falando de uma coisa e acaba falando de algo no final completamente diferente, oferecendo muitas vezes um conselho bom, mas que se você retornar ao topo da página percebe que nem tudo tem tanta conexão. Sem falar que ele faz interpretações de algumas coisas que parecem que poderiam ser interpretadas de um modo completamente diferente daquele que ele está falando. Ele fala, como eu disse em minha sinopse, dos mais variados assuntos, amizade, família, trabalho, e muitas vezes um aforismo retoma o mesmo assunto, em algumas explicações ele parece complementar algo que foi dito anteriormente, entretanto em outras ele parece apenas estar se repetindo. 
Acredito que nem tudo o que ele fala deve ser aplicado sem pudores, acho que você deve ler e ver como o que o autor diz pode se encaixar na sua vida. Um exemplo é quando ele fala de rancores, que acabamos realizando pequenas vinganças nem que seja afastar pessoas de nossas vidas. Entendo que guardar rancores seja ruim, eu sou uma pessoa extremamente rancorosa, mas as vezes pessoas agem de má fé, machucam com intenção, ou tem valores e princípios (por mais que ele fale que devemos avaliar a opinião dos outros, modo de vida e entender que há diferenças e que o outro não está errado) que não condizem com o seu e você afasta sim essa pessoa da sua vida porque mantê-las perto trará apenas mais estresse. Por exemplo, você conhece uma pessoa e ela desenvolve um hábito que você não gosta como beber ou fumar, e começa a ter comportamento que não condiz com o seu, como mentir constantemente, falar mal dos outros, trair, ser promiscua, ser ofensiva ou qualquer coisa assim, eu tenho certeza que você vai se afastar dessa pessoa se ela agir assim com você, talvez por rancor, talvez vingança, ou bom senso, a questão é que eu não acho isso ruim. Leia e avalie, não tome tudo com certo.
Ele traz vários trechos de obras de outros autores, citações, obras, algumas das quais eu já inclusive resenhei aqui, como A arte da guerra, Amor em Minúscula e A última grande lição (já li, adorei, mas não resenhei aqui ainda) do Mitch Albom. Ele traz aforismo de alguns autores que não conheço, e outros que gosto bastante como Oscar Wilde (apesar de muitos aforismos dele – não os usados nesse livro, serem extremamente ofensivos àquelas do sexo feminino), e trouxe alguns exemplos que eu não considero de todo bom, ele cita algumas falas do Príncipe de Maquiavel, que ele mesmo afirma ser um livro não muito ético, não gostei de todos os conselhos que ele retira desse livro.
Por fim, acho que Nietzsche se tornou um mero adereço nesse livro, primeiro porque ele não se aprofunda muito no autor, às vezes ele traz outro autor completamente diferente e passa a diretrizes deles deixando Nietzsche completamente de lado. Um exemplo é quando ele traz a máxima: “eis a fórmula da felicidade: um sim, um não, uma linha reta, uma meta”; e cita como “explicação” oito requisitos que Goethe estabeleceu para se ter uma vida plena. Acho que ele escolheu Nietzsche pelo renome e popularidade dele como autor e filósofo e porque ele queria no final do livro (em anexos) fazer uma propaganda da filosofia como terapia. Conheço muito pouco desse método, alguns consideram enrolação e outros consideram um método efetivo e o autor com certeza aprova e vende (com certeza pensando em seus lucros posteriores).
Depois de todas essas críticas, positivas e negativas, eu gostaria de concluir dizendo que esse é um livro válido se você está passando sobre situações de muito estresse, porque esse é o foco do livro, pequenas ações que podem deixar sua vida mais saudável e tranquila. São ações bobas que já conhecemos, mas que muitas vezes passam despercebidas ou não damos a devida importância e o livro enfatiza.

Volume único.

20 de setembro de 2012

Desventuras em Série - Mau Começo

[muito bom]

Eu recomendo: Desventuras em Série – Mau começo
Autor: Lemony Snicket 
Editora: Cia. Das Letras

Sinopse:
Os irmãos Baudelaire, Violet, a mais velha que gosta de mecânica e de inventar coisas novas, Klaus, o irmão do meio que adora ler e Sunny, a bebê que adora morder com seus quatro afiados dentinhos, não sabem que logo a infelicidade está para se abater sobre suas vidas. Enquanto estão na praia sozinhos um incêndio devasta sua casa e mata seus pais, Sr. Poe, o executor testamentário da herança de seus pai, vem lhes trazer essa terrível notícia e os leva para morar com Conde Olaf, um parente do qual nunca haviam ouvido falar. Conde Olaf se mostra um porco, traste, explorador, violento e interesseiro, que está bolando um plano para arrancar a herança dos jovens Baudelaire. Diante da ignorância do Sr. Poe resta as crianças fazerem uso de sua inteligência para descobrir qual o terrível plano de Conde Olaf e um modo de destruí-lo. 

Meu cantinho:
Eu já havia visto o filme Desventuras em Série a muito tempo atrás, gostei bastante, mas para quem não sabe esse único filme conta a história dos três primeiros livros dessa série. Acho que eu estava com uma impressão muito errada dos livros por conta do filme, acho que o Jim Carrey, que estava fazendo o papel de Conde Olaf, acabou trazendo certa linha cômica com a atuação dele, mas que na verdade o livro não tem. O livro apesar da capa colorida, da diagramação, das ilustrações (que eu gostei muito), da escrita simples não é um livro cômico, e acho que está longe de ser um livro para crianças (como eu pensei apenas vendo o filme). O autor não mente quando no verso do livro, assim como no começo da história, fala que essa é uma história triste, e apesar da leveza das palavras do autor, é uma trama em certo ponto pesada. Também não achei os personagens tão parecidos com o do filme, Sunny, a bebê certamente ficou parecida, Violet ficou parecida em algumas coisas, mas eu achei Klaus completamente diferente!
Acho que por conta do peso da história, que afinal de conta trata de morte, de maus tratos, de abandono, de crianças sendo exploradas, ameaçadas, de tentativas de roubos, o autor escreve desse jeito leve, o que me incomoda é quando ele apela para uma escrita boba. Acho meio incomodo como ele se estende no meio de um paragrafo explicando palavras simples como precário ou destra, acho que esse livro não é direcionado a crianças e sim a pessoas mais adultas, com um vocabulário mais extenso, sendo portanto algo desnecessário. No começo do livro também temos algumas nota do tradutor que me irritaram, eram notas que ficam explicando a pronúncia dos nomes, e ainda eram assim: Poe pronuncia-se “Pou” igual a “sou”. Sério, não somos crianças e não somos estúpidos, acho que todos sabem pronunciar Poe.
Apesar de já saber no geral como o livro iria se desenrolar por conta do filme (apesar de haver várias divergências entre os dois), não foi um livro que ficou tedioso por conta disso, foi uma narrativa fluída e muito interessante. Eu particularmente empolguei de ler a série toda (agora só me faltam os livros).

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro da série é A sala dos répteis. Você pode ler a resenha dele clicando aqui!

19 de setembro de 2012

O pistoleiro - A Torre Negra

[muito bom]

Eu recomendo: O Pistoleiro – A Torre Negra vol.1
Autor: Stephen King
Editora: Objetiva

Sinopse:
O pistoleiro esta atravessando o deserto, a sede o consome, assim como a fome, ele anda incessável, o último pistoleiro. O homem de preto está a muito tempo na sua frente, ele lhe preparou armadilhas na última cidade, ele está lhe preparando armadilhas para o futuro. Vagando pelo deserto ele encontra pessoas, ele narra sua história, vagando sozinho ele lembra coisas do passado. Sempre seguindo em frente, sempre na expectativa de encontrar o homem que pode lhe dar as respostas para o que o pistoleiro busca, um caminho para se alcançar a Torre Negra.

Meu cantinho:
Eu preciso dizer que esse livro foi um tanto confuso, eu já havia lido outro livro do Stephen King, Desespero, mas não gostei tanto do livro, mais especificamente do final. Comecei a ler e logo pensei que não é o tipo de leitura que normalmente me atrai, gosto do macabro e do esquisito, mas acho que muito mais numa linha do Joe Hill ou do Carlos Ruiz Zafón (eu infelizmente não resenhei nada dele aqui – ainda), sem falar que senti um certo tom de religiosidade por parte de King em Desespero.
Ao ler o livro pensei de cara que o autor tem uma escrita muito particular, escreve coisas estranhas, (acho que seus trabalhos, e esse não é uma exceção, são marcados pelo macabro, o medonho), ele acrescenta pensamentos ou observações aparentemente desnecessários, que parecem não fazer diferença no enredo. Algumas passagens são tão complicadas que eu lia sem de fato entender o que o escritor queria dizer com aquilo tudo e ia apenas seguindo o fluxo da leitura. O autor tem esse hábito de tornar coisas extremamente simples complicadas de entender, mas me surpreendeu quando ele foi capaz de falar de coisas tão complexas de uma maneira simples. Acho que o livro é uma questão de você conseguir entrar no ritmo, ainda haverá pontos confusos, mas uma hora a leitura se torna menos complicada.
Eu faço uma recomendação para quem vai ler esse livro, não vá despreparado. Eu pulei orelha, verso do livro, prefácio, tudo, e fui direto encarar a leitura. A verdade é que as vezes as informações que encontramos nesses lugares ou revelam spoilers ou nos dão uma perspectiva completamente diferente do que é na verdade a estória. Acontece que o Stephen King não criou qualquer ambientação, ele joga o pistoleiro nessa jornada e não explicada nada. Ele usa palavras que não sei se ele criou ou adaptou de outra língua que não fazemos ideia do que seja! Ler essas explicações pode evitar algumas dores de cabeça durante a leitura, apesar que até agora eu não sei o que significa manni e li metade do livro para descobrir que ka significava destino. Lemos o livro e vamos seguindo o pistoleiro, mas sem quaisquer explicações, de suas motivações, o que ele deseja, e apenas depois da metade do livro é que ele revela que está atrás do homem de preto porque ele pode ter informações que o ajudem a chegar na Torre Negra. Isso é tudo, ele não revela informação alguma do porque quer chegar na Torre, o que tem lá, o que ele espera, enfim.
Antes de terminar o livro, faltando umas vinte páginas, eu tinha certeza que não faria muita questão de ler o próximo. Assim, o livro é confuso, fala do pistoleiro atravessando um deserto atrás de um homem de preto, um feiticeiro que pode ajudá-lo. E nesse caminho, durante algumas passagens pelos capítulos ele relembra coisas de sua infância, adolescência e outros pontos de sua vida, algumas confusas, mas outras muito interessantes (principalmente do seu enfrentamento com Cort e sua entrada na vida adulta), se eu continuasse a leitura dos próximos livros seria unicamente por conta desses trechos, portanto eu não estava ávida para conseguir os próximos. Acontece que nessas últimas páginas, quando o Pistoleiro e o Homem de preto conversam, ele aborda questões ótimas! Acho que o autor consegue explorar muito bem as fraquezas do caráter humano (o tamanho, as dúvidas), as tentações (dezenove) e no final, nessa conversa, ele fala da existência, do universo, suposições e dá a entender que a Torre seria um caminho para se alcançar essas respostas. E acho que ele está certo no que levantou, aqui estou eu, querendo ler o próximo livro para quem sabe alcançar algumas respostas que nossa mente finita (palavras do autor) não consegue alcançar.
Espero que a resenha não tenha ficado muito confusa, acho que falar de um autor desse porte, com uma série desse peso, sabendo o quão excêntrico pode ser sua escrita é bem difícil, mas para ser o mais clara possível: recomendo!

Continuação:
[Atualizado] O próximo da série a Torre Negra é A escolha dos Três. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

17 de setembro de 2012

Personal Demons - Amor Infernal


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[bom]

Eu recomendo: Personal Demons – Amor Infernal
Autora: Lisa Desrochers
Editora: iD

Sinopse:
Frannie acabou fazendo dupla com o aluno novo bonitão Luc Cain, apelido de Lúcifer, com um jeito meio convencido, com piercing e tatuagem, o tipo de cara que aparenta ser muito perigoso e que consegue a atenção das meninas por onde passa. Ele parece interessado nela, mas ela sabe que não pode confiar em tipos como ele, sem falar que Gabe – Gabriel parece também ter certo interesse por ela e ele é muito diferente de Luc (apesar de ser tão bonito quanto) ele parece emanar calma e tranquilidade, e ela se sente muito confortável na presença dele. O que Frannie não sabe é que ambos estão tentando marcar sua alma, Luc para o inferno e Gabriel para o céu. Luc não foi informado pelos seus superiores o motivo pelo qual eles a querem, mas logo ele vai perceber que ela tem dons especiais e que podem inclusive operar milagres nele.

Meu cantinho:
Consegui ele através de uma troca no skoob a muito tempo atrás, comecei a ler, mas não estava assim tão interessada, tinha outros livros que estava louca para ler e ele acabou ficando um bom tempo na minha estante. Retomei a leitura e acabei ele em dois dias.
O livro tem uma capa bacana, as primeiras páginas que incluem o sumário são pretas com letras brancas, que dá todo um charme no livro. O livro tem alguns errinhos de digitação e concordância, mas nada muito grave. O texto é escrito através do ponto de vista de dois narradores, Luc e Frannie. Um mesmo capitulo possui várias divisões internas com a narração de ambos, um sempre continuando o texto de onde o outro parou, sendo que há uma troca de fontes cada vez que ocorre uma dessas mudanças.
A autora infelizmente não tem muita criatividade para nomes, o primeiro nome de Frannie é Mary (Maria), o cara do inferno é Lúcifer Cain, o cara do céu é Gabriel, o colégio no qual ela estuda é Haden, mas que todos chamam de colégio Hades e fazem brincadeirinhas sobre aquele ser um colégio infernal. Por favor, onde está a criatividade? Ou ela achou que isso de fato seria interessante ou a autora subestimou a inteligência de seus leitores e realmente acreditou que seria necessária esse tipo de associação tão óbvia. Além da pouca criatividade para nomes, a autora ainda comete alguns deslizes no texto, quando Luc está conversando com Frannie no começo do livro e ela pergunta a ele porque ele mudou já quase no final do ano letivo, se era por conta de negócios dos pais dele, ele responde que sim. Acontece que mais para frente no livro, quando ela vai fazer um trabalho de escola no apartamento dele, ela pergunta sobre os pais dele, a qual ele responde que não vive com eles, que nunca os conheceu e por isso mora sozinho. Óbvio que o personagem estava mentindo, mas em outras ocasiões quando ele cometia erros assim a Frannie, que está interessada nele e que prestavc atenção em detalhes relativo a ele, pegava ele na mentira. Nesse caso isso não aconteceu, e acho que a própria autora não se atentou para esse detalhe. Outra coisa que me pareceu muito incoerente foi o Barghest, um cão infernal que ajuda Luc no livro, o que não faz o menor sentido porque cria uma ideia de lealdade e amizade entre demônios que não condiz muito com a ideia de inferno que todos tem e que a própria autora reforça.
Os personagens são bem marcados, Luc o tipo de cara galanteador que as meninas se encantam mas que obviamente não merece confiança – se eu o encontrasse na vida real, preciso dizer que as piadinhas dele e o ar superior que as vezes ele tem iriam me irritar muito. Gabe o cara bonzinho, angelical, lindo, atencioso, amigo e que conquista de cara nossos pais. Taylor a amiga meio louca, cara de pau e safada. Riley, a amiga mais quietinha e leal. Mary Frannie, a menina bonita, inteligente, de uma boa família católica, que obedece aos pais, mas que tem sonhos e desejos de sair dessa cidade pequena, desbravar o mundo e fazer a diferença um dia.
O livro não tem nada de muito excepcional, sabemos até que Frannie vai escolher pela forma como o livro é construído e para o destaque que o personagem recebe no enredo. Não tem nada de tão surpreendente, mas para quem gosto desses tipos de personagens, o cara bom e o cara mau na disputa pela menina, o romance, forças sobrenaturais, esse é o tipo de livro que você deve buscar.

Continuação:
A continuação desse livro é Personal Demons – Pecado Original, se alguém lembra da minha caixinhade correio séculos atrás eu ganhei ele de presente de natal do meu namorado. Podem esperar que em breve teremos a resenha dele!

16 de setembro de 2012

Garoto encontra Garota

[ótimo]

Eu recomendo: Garoto Encontra Garota
Autora: Meg Cabot
Editora: Record

Coleção Garoto:
O primeiro volume dessa coleção é O garoto da Casa ao lado que eu não li, entretanto cada livro tem estórias independentes, por isso não tive problema em ler esse livro fora da ordem e resenhar para vocês!

Sinopse:
Kate está trabalhando a pouco mais de um ano como assistente da T.P.M. (Tirana, Perversa e Maldosa) Amy, diretora do RH do Jornal. Amy pede que Kate deixe de escrever a carta de aviso para Ida Lopez e demita logo a senhora que cuida do carrinho de sobremesas da empresa porque essa se recusa a oferecer sobremesas para algumas pessoas que de acordo com ela não merecem comer seus doces. O problema é que Ida se recusou a oferecer um pedaço de torta a Stuart, um dos advogados da empresa e namorado de Amy. Kate fica muito triste assim como várias outras pessoas do jornal, o que apenas aumenta a impopularidade de Amy. Acontece que Ida entra na justiça contra a empresa já que foi demitida sem receber qualquer aviso anterior e quem assume o caso para defender a empresa é Mitchell, irmão de Stuart, mas com uma personalidade completamente diferente desse irmão mandão e rabujento. Kate que estava saindo de um relacionamento de 10 anos, que está sem lugar para morar, não quer se envolver com um advogado bonitão como Mitchell já que ela acha que ele deve ser tão perverso quanto o irmão Stuart. Entretanto, este parece estar se interessando por ela e logo ela vai perceber que ele não era a pessoa que ela pensava.

Meu cantinho:
Ah céus! Que livro maravilhoso! Eu confesso que me decepcionei um pouquinho com Avalon High, o último livro que eu li da Cabot (o que foi esquisito porque normalmente eu só morro de paixões pelos trabalhos dela), mas quando peguei esse livro pra ler, que surpresa maravilhosa! Quando eu menos esperava me chega as mãos outro trabalho único e surpreendente dela! Agora chega de ficar só suspirando, vou começar a explicar de fato o que ele tem de tão bom! Em primeiro lugar, que escrita única! Lembrei um pouco de Diário da Princesa, mas foi ainda mais inovador! Ela conseguiu escrever um livro inteiro no qual a história se desenrola através de e-mails, cartas, bilhetes, mensagens em secretárias eletrônicas, conversa em bate papo, páginas de diários, delírios dos personagens rascunhando em cardápios ou qualquer outro papel que encontra pela frente. E por incrível que parece o livro não sofre qualquer perda de continuidade ou quebra na leitura. Acho que ele só ganhou com isso porque é possível ver a história se desenrolar diante de vários pontos de vistas diferentes além do suspense que a autora cria em determinados momentos quando uma conversa é interrompida por uma chefe mau humorada ou por algum outro acontecimento que faz o personagem parar de escrever!
O livro tem uma coisa que eu adoro que é a capacidade de me arrancar milhares de risadas a cada página, tudo me faz rir, tudo é leve, divertido e engraçado, o apelidos que as meninas dão a chefe, os comentários que fazem a respeito dela, os delírios de Kate, as mensagens de Dale falando que ama ela e que precisa que Kate volte a morar com ele porque ele não sabe onde ficam os filtros de café ou o tênis, ou qualquer coisa do tipo. Dolly é uma personagem que não aparece tanto mas que também é hilária e as enrascadas em que ela acaba colando Kate também são super divertidas! Mitchell e os e-mails que ele trocava com a família dele! Não tem como não rir! Não se esqueça de prestar atenção nos detalhes, caso contrário você vai acabar deixando muita coisa hilária passar, preste atenção nos assuntos do e-mail e nas assinaturas (principalmente nas assinaturas do Mitchell).
Acho que eu poderia ficar ressaltando vários pontos que fazem desse um livro maravilhoso, acontece que ele é composto de várias pequenas coisas que fazem dessa uma narrativa maravilhosa. Tudo o que eu posso dizer é que eu recomendo e que será um dinheiro e um tempo muito bem gasto se você adquirir esse livro.

Continuação:
O próximo livro da Coleção Garoto é Todo Garoto Tem, mas como disse ali no começo são livros independentes e essa continuação traz personagens totalmente novos. Lógico que eu quero ler tanto esse quanto o primeiro volume dessa coleção, espero poder resenhar ambos os livros em breve para vocês.

Selinho



Bem, fazia muito tempo que eu não recebia um selinho, esse veio do blog Beijos Adolescentes da Kaah. Já fazia vários dias que ela havia me passado o selinho e eu não havia postado, peço desculpas por isso! Como regra é preciso passar para meus dez blogs preferidos, o que é bem difícil! Vou postar aqui os blogs que estou sempre vendo, que postam com frequência e conteúdos de qualidade.


Faça uma visita e conheça o trabalho desses blogs!

14 de setembro de 2012

Avalon High

[bom]

Eu recomendo: Avalon High
Autora: Meg Cabot
Editora: Record

Sinopse:
Elaine está mudando de cidade por conta de seus pais e agora irá estudar na Escola Avalon High. Seus pais são professores de história apaixonados pela Idade Média, a qual Elaine repudia por conta das precariedades da época, e a qual deve o seu nome, uma personagem da lenda do Rei Artur. Estranhas coincidências começam a fazer com que ela acredite que de fato possa ser a encarnação de Elaine e que outras pessoas do colégio podem ser encarnações da lenda de Artur, na qual Will seria o rei. Mas algumas coisas estão destoantes, como ela ser apaixonada por Will, quando a Elaine da lenda era apaixonada por ser melhor amigo Lancelot – inclusive, morria por sua causa. Seu maior medo entretanto, está no fato de que a morte de Will se concretize pelas mãos de seu meio irmão Marco, assim como Artur morreu pelas mãos de seu meio irmão Mordred.

Meu cantinho:
É como muito pesar que eu escrevo aqui que esse livro foi uma decepção para mim. Não que ele seja horrível, ele é um livro bom, mas não se compara com outros trabalhos da autora. Entre todos os livros que eu já li dela (que não foram poucos) esse é definitivamente o que eu menos gosto. Acho que o fato deu não ter gostado tanto, é que esse é um livro muito infantil. Alguns podem pensar que tem outros livros dela que são infantis também como é o caso de A Mediadora, de fato ela é um pouco infantil, mas eu classificaria essa série como infanto-juvenil. Não que Avalon High não trate coisas de adolescentes, problemas com garotos, escolas, mudanças, amizades, fofocas, mas acho que tudo foi tratado de uma maneira muito boba. Talvez eu tenha perdido um pouco na leitura do livro porque não conheço detalhes da história do Rei Artur, de fato já vi no cinema várias adaptações, mas essas sempre têm perdas ou mudanças muito significativas. Nunca li, estudei a história dele com profundidade, então talvez eu não tenha aproveitado tanto o livro nesse aspecto quanto eu poderia, e talvez isso seja um dos motivos que fez com que eu não gostasse tanto dele. Acontece que muitas coisas são forçadas, acho que alguns personagens são muito irreais, caricaturas, como por exemplo, os pais de Elaine, o comportamento deles no final do livro prova que eles são personagens que não existiriam na vida real. Outros, no qual a autora faz a ligação com personagens do rei Artur, acabam soando falsos por conta dessas características. Acredito que as pessoas daquela época sejam muito diferentes, e tenha padrões de comportamentos distintos do da atualidade e infelizmente, ao tentar trazer alguns desses padrões para adolescentes americanos, acabou soando falso.
O livro também tem lá alguns preconceitos no enredo, por exemplo, quando ela vê Will e seus amigos saindo de um matagal perto da trilha na qual ela fazia caminhada ela fica se perguntando se ele não estava fazendo algo escondido, ilegal, se ele não estava usando drogas, mas então a personagem principal pensa que ele não possui piercings ou tatuagens, portanto ele não deveria estar fazendo nada errado... eu não espera uma ação pejorativa como essa por parte da autora, sei que existem estereótipos quanto as pessoas que tem piercing ou tatuagem, mas não significa que todo mundo que é assim é drogado e que só porque uma pessoa não é assim ela está livre de usar drogas ou fazer algo errado. Realmente não gostei muito disso no livro.
No geral é um livro light, com romances, traições, questões bobas de colégio, fofocas, no qual personagens mundanos teriam conexões com personagens da lenda do rei Artur e que se as forças das trevas vencerem, Will terá o mesmo destino que o antigo rei. Não inicie essa leitura com muita expectativas, é mais um livro para se ler para passar o tempo, sem nada tão grandioso apesar da conexão com as Lendas do Rei Artur.

Continuação:
Avalon High tem uma continuação, chamada Avalon High - A coroação - A profecia de Merlin, mas não é uma continuação em formato de livro, e sim em formato de quadrinho.