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Eu recomendo: A menina com a lagartixa
Autor: Bernhard Schlink
Editora: Record
Sinopse:
O quadro sempre esteve no escritório do pai, no qual havia uma menina com a lagartixa. Seu pai também parecia amar o quadro, mas sua mãe parecia não gostar tanto dele assim. O garoto cresce mais o fascínio pelo quadro nunca some, quando ele herda o quadro ele o trata com uma amante da qual não consegue se separar. Ele descobre que o pintor é René Dalmann, um judeu que viveu durante a Segunda Guerra e desapareceu nesse período. Fica o mistério de como o pai adquiriu esse quadro já que era um famoso juiz: ajudando Dalmann ou roubando dele.
Meu cantinho:
Para quem viu esse livro na minha caixinha de correio sabe que ele é bem fino, por isso a leitura foi bem rápida. Eu li ele no final do ano passado e achei que já tivesse resenhado ele aqui, mas só agora percebi que não. Eu sou louca pelos livros desse autor, mas preciso dizer que de todos que eu já li, esse é o que eu menos gostei. Schlink continua com sua escrita leve e fácil, assim como continua trabalhando no mesmo tema de seus demais livros: A Segunda Guerra Mundial. Quando comecei a ler, achei que esse livro não seguiria essa temática, mas no decorrer da leitura percebemos que ele trata de um período pós-guerra e de repercussões da época anterior.
O garoto sempre teve um fascínio pelo quadro, assim como o seu pai, percebia que ele parecia sentir certo orgulho, já a mãe parecia não gostar dele. O menino cresce, vai estudar fora e certo dia recebe a notícia da morte do seu pai, que a muito vinha definhando, bebendo, desde que perdeu seu emprego como juiz acusado de agir contra os judeus. Quando volta a casa dos pais sua mãe revela seu amargor pelo seu afastamento e fala para que leve o que quiser dos pertences do pai, pois ela pretende se mudar daquele lugar. A única coisa que ele leva é o quadro, ele o adora e passa horas admirando a menina com a lagartixa. Ele tem total fascínio e ciúmes pelo quadro, inventa mentiras para escondê-lo das pessoas, termina relacionamentos por conta dele.
O rapaz começa a buscar mais informações sobre a pintura, retira a moldura e descobre o nome do pintor. Um judeu, Dalmann, que desapareceu na época da guerra, assim como seus quadros que hoje em dia valem uma fortuna. Entretanto, ele não acha quaisquer informações sobre o seu quadro, mas sim de um quadro muito semelhante a ele. O modo como o quadro parou em suas mãos também o intrigam, teria seu pai realmente ajudado os judeus durante a guerra e recebido o quadro como agradecimento, ou teria ele se aproveitado das atrocidades da guerra para adquirir esse bem?
O final revela um aspecto surpreendente da obra e mostra a verdade por traz das ações dos pais, nos faz refletir sobre o quanto conhecemos alguém, e de forma sutil sobre os horrores da guerra. Achei interessante que no final do livro há um posfácio, que fala do autor, um pouco da história dele, assim como fala de um contexto geral sobre todos os livros publicados de Schlink, inclusive esse. Apesar da escrita leve os livros de Bernhard sempre têm questões mais profundas, apesar de perceber as atrocidades da guerra nesse enredo, ainda assim não consegui me aprofundar tanto. Foi o posfácio que me fez ponderar mais sobre o texto e percebi que a minha leitura foi superficial, talvez por isso ele não tenha me agradado tanto.
Volume único.
Não conhecia o autor mas... bem exótico titulo hem?
ResponderExcluirFiquei curiosa por causa dele... fiquei curiosa sobre essas "questões profundas"
Mas não sei se vou ler...
Beijinhos,
http://www.interacaoliteraria.com/