Pompéia

Pompeii (2014)

Dirigido por Paul W. S. Anderson

Bem, eu fui assistir Pompéia sabendo que não seria um filme feliz. Para quem conhece sua história sabe que essa era cidade romana localizada perto do vulcão Vesúvio e que esse entrou em erupção matando quase toda a população além de ter destruído cidades vizinhas. Alguém também havia comentado a muito tempo atrás como seria o final, então eu já fui prepara para encarar muita destruição.

O filme começa com romanos destruindo uma vila, massacrando inocentes. Um pequeno menino vê seus pais sendo assassinados. No meio da confusão ele finge estar morto, seu corpo é jogado no meio de uma pilha de cadáveres e no dia seguinte ele foge para longe da carnificina. Infelizmente o azar do nosso personagem não acaba por ai, ele vai ser encontrado por bandidos, vendido com escravo, obrigado a lutar em arenas para sobreviver. 

Hoje ele é conhecido como “Celta”, o último sobrevivente da tribo do cavalo, que será levado das províncias para Pompéia para lutar em uma grande arena em busca de liberdade. O Celta, que na verdade se chama Milo, é interpretado por Kit Harington vulgo John Snow que barriga de tanquinho é essa!

No caminho para Pompéia ele se depara com Cassia (interpretada por Emily Browning vulgo loirinha do Sucker Punch), filha de um rico comerciante, e um se encanta com o outro. Contudo, cada um segue seu rumo, Milo para as arenas, Cassia para rever sua família. 

Na arena ele conhece Atticus (interpretado por Adewale Akinnuoye-Agbaje), o gladiador campeão, que deseja matar a todos para conquistar sua liberdade. Atticus é o tipo de personagem secundário que me conquista, gosto da força dele, da sua dignidade e lealdade. 

O caminho de Cassia e Milo voltam a se cruzar, acontecem alguns conflitos e Milo quase perde a vida e é salvo por ela, de modo que o sentimento de ambos apenas cresce. Há, contudo, um homem influente que deseja Cassia, senador Corvus (interpretado por Kiefer Sutherland Jack Bauer). O mesmo homem que dizimou a tribo de Milo agora fará de tudo para se casar com ela e eliminá-lo, já que percebeu o interesse dela pelo escravo. O senador então dificulta ainda mais a situação de Milo na arena e faz de tudo para garantir sua morte, há muitas batalhas, cenas interessantes de lutas e muita morte, até que o vulcão começa a agir e as mortes só aumentam. 

Terremotos, seguidos de poeira, pânico, violência, pedras incandescentes sendo lançadas, construções desabando, incêndio, pessoas sendo pisoteadas, fumaça tóxica e mais. Nem sequer fugir pelo mar é uma opção: a destruição do vulcão os alcança. Agora Milo precisa correr contra o tempo, resgatar Cassia das mãos de Corvus, tentar chegar aos portos e buscar uma chance de sobrevier.

Eu adorei as cenas de batalhas, gosto muito de cenas de lutas e nesse quesito esse filme não me decepcionou. A ação do vulcão também foi de modo geral muito satisfatória. Os pequenos abalos, as rachaduras, os terremotos de grande porte, deslizamentos, as cinzas, a erupção. Houve algumas poucas cenas que ficaram com “cara de feito em computador”, mas no geral o filme tem uma fotografia e efeitos especiais muito bons. O filme é movimentado, do massacre da aldeia de Milo, para as arenas, as lutas, em seguida a fúria da natureza, fogo, terra, água e ar destruindo tudo, não há pausas. Acho que o pior do filme foi o romance, há certa aproximação e troca de olhares até certo ponto do enredo, mas a verdade é que eles não se conhecem, não há uma maior intimidade, mas um arrisca a vida pela vida do outro (que se você parar para pensar não passa de um total estranho) sem sequer pensar duas vezes.

Se você espera um romance super elaborado, esse não é o seu filme. Mas se você gosta de filme de ação, cenas de lutas e de catástrofe, esse é para você!