18 de fevereiro de 2013

Os lobos de Mercy Falls - Sempre


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[muito bom]

Eu recomendo: Sempre
Autora: Maggie Stiefvater
Editora: Agir

Os lobos de Mercy Falls:
Sempre é o último livro dessa trilogia, se você não leu Calafrio e Espera o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Sam não se transforma mais, mas agora é Grace quem está presa em seu corpo de lobo. Vários dias se passam, e os pais de Grace, os amigos e a polícia passam a acreditar que Sam está envolvido em seu desaparecimento, assim como no de Olivia. Quando o corpo de mais uma pessoa aparece destroçado por lobos, o pai de Isabel fará o possível para tirar a proteção que a lei oferece aos lobos naquela região e organizará uma caçada com helicópteros, de forma que não sobre um lobo na floresta. Cole tenta alcançar uma cura, e junto com Sam e Grace uma solução para salvar a matilha.

Meu cantinho:
Bem, tenho algumas críticas ao livro, a maioria referente a revisão e diagramação do que a história em si. Primeiro gostaria de falar da capa do livro e do tamanho, o primeiro livro é de um tamanho grande, com uma capa nova, brasileira, que eu achei linda. O segundo livro é de tamanho médio, com uma capa inspirada na americana. O terceiro livro é grande, com a capa também inspirada na americana. Eu acho que os livros, se não tem um padrão de capa, no mínimo um de tamanho, adoro arrumar minhas coleções na estante por tamanho, e essa série acaba ficando separada. Eu até acho bonitinha a capa americana/britânica, mas a capa brasileira de Calafrio ficou muito bonita, na minha opinião os demais livros deveriam ter uma capa semelhante! Agora o outro problema se refere a revisão, muitos problemas de concordância, letras comidas, palavras trocadas, erros de digitação, muito ruim o seu trabalho sr.revisor!
O livro continua sendo único, a maneira de escrever da autora me surpreende, cada capítulo narrada por um personagem, e cada um tão diferente um do outro. Além disso, ela é uma das poucas autoras que nesse estilo de livro faz uso de função poética, por exemplo, a personagem está falando sobre cair e as palavras no texto produzem esse movimento, é algo bem característico dela.
Quanto aos personagens, terminei o livro com impressões diferentes daquelas com que comecei essa trilogia. Achava a princípio que Beck era um cara bacana, depois foram sentimentos de raiva e repulsa. A verdade é que Beck é um cara que fez uma porrada de coisas erradas diante de uma lógica que pertence a ele, ele até tenta fazer algumas coisas para compensar, toma decisões melhores, mas não muda o que ele fez no passado, coisas muito dolorosas para Sam que vê Beck como um pai e que o ama muito. Grace agora se transforma em loba, sua transformação é instável como a de um novato, mas mesmo em sua forma de lobo ela sente falta de Sam, mas não do Sam humano, do Sam lobo, com seu pelo negro e seus olhos amarelos, adorei essa parte. Eu peguei certa “raivinha” de Sam nesse livro, ele faz muitas coisas boas, mas a verdade é que eu não gosto dos momentos de “divagação” dele, tem várias coisas muito importantes, muito sérias acontecendo, e ele fica apenas parado, compondo uma música ou traduzindo um poema, minha vontade é de sacolejar o Sam e gritar, isso não é hora para ficar pensando em besteiras, é hora de agir porque você está sem tempo! Shelby: não gostava dela como humana e acreditava que ela na forma definitiva de um lobo não causaria problemas – engano meu, acho que muitas pessoas, assim como eu, terminaram esse livro com vontade de mata-la! Koening é um policial que liga os pontos entre os sumiços, os lobos, e não só entende como passa a ajudar Sam a salvar a matilha! A verdade é que esse tipo de coisa não existe na vida real, ninguém faz esse tipo de ligação sobrenatural (e ainda em um momento tão conveniente) é uma parte do livro que chega a ser surreal (apesar de estarmos em um universo fantástico). A história de Cole e Isabel está de pano de fundo ao problema dos lobos, na verdade o romance de Grace e Sam também. Isabel tem uma participação pequena e faz algumas coisas bobas, mas ela compensa no final. Cole tem um jeito todo ácido, bagunceiro, metido, mas ainda assim gosto dele, ele está tentando mudar as coisas, e ele passa a admirar Sam ao lado de Grace. O que eu não gosto dele são as provocações que ele faz com Sam sobre Beck, já que Beck é assunto doloroso para Sam, mas entendo o fato dele tentar arrancar reações de Sam, como disse anteriormente, as vezes eu também tinha essa vontade! O que me irritou muito foram os pais de Grace, como podem pais completamente ausentes, pais que não ligam de fato para a filha, pai que inclusive já a esqueceu dentro do carro quando criança e quase a matou, achar que tem algum direito de controlar a vida dela, quando ela sempre provou ser responsável? Odeio pais assim!
O livro termina e eu fiquei satisfeita com o final, tem várias coisas que não são de fato concluídas, que eles dão a entender que tal coisa aconteceu, mas não dão as respostas definitivas (como a questão da Olivia, por exemplo, ou o que acontecerá com os lobos, se Grace continuará se transformando, se ela corre o risco de algum dia virar loba de forma definitiva, se Cole achará uma resposta), isso me causa um pouco de agonia, mas a verdade é o foco desse livro está em outro lugar, e o problema que ele trás é resolvido. Também quero fazer uma observação, quando o livro acaba temos uma observação da autora, leia, ela fala coisas interessantes e muito bonitas!

Volume final.

Um comentário:

  1. Que capa perfeita é essa?
    Linda demais!
    Ainda bem que você gostou do fim!
    É triste quando termina uma série de forma ruim!
    Beijos
    Rizia-Livroterapias
    http://livroterapias.blogspot.com.br/

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