17 de dezembro de 2014

Contos traduzidos do universo mágico de Harry Potter


Oi pessoal! Lembram-se que ontem eu falei aqui sobre os contos que a Rowling está lançando para os fãs de Harry Potter até o dia do natal? Bem, estou trazendo eles aqui traduzidos para vocês, junto com alguns comentários da autora. Esse trabalho de tradução não foi meu, eu estou copiando esses textos do Potterish, você poderá achar todos eles lá! Lembrando que se você não leu todos os livros, talvez seja melhor não ler esses contos pois eles podem conter spoilers.

Cokeworth

Cokeworth é uma cidade fictícia nas ilhas inglesas aonde Harry passa uma noite no Railview Hotel com sua tia, seu tio e seu primo Duda. O nome de Cokeworth é com a intenção de sugerir uma cidade industrial, e evocar associações de trabalho pesado e fuligem.
Embora nunca seja explícito nos livros, Cokeworth é o lugar aonde Petúnia e Lílian Evans e Severo Snape todos cresceram. Quando tia Petúnia e tio Válter estão tentando escapar das cartas de Hogwarts, eles viajam para Cokeworth. Talvez tio Válter tivera a vaga ideia de que Cokeworth era tão distintivamente não mágico e de que as cartas não os seguiriam até lá. Ele deveria ter sabido melhor; afinal a irmã de Petúnia, Lílian, se transformou em uma talentosa bruxa em Cokeworth.
É portanto Cokeworth que Belatriz e Narcisa vão no início de Enigma do Príncipe, aonde elas visitam Snape na antiga casa de seus pais. Cokeworth tem um rio que o atravessa, evidência de ao menos uma grande fábrica na longa chaminé com vista para a casa de Snape, e muitas pequenas ruas cheia de casas de trabalhadores.

Caldeirão Furado 

Algumas pessoas discutem que o pub mais velho em Londres é o White Hart na Alameda Drury; outras que é o Angel na Rua Bermondsey Wall, ou o Lamb and Flag na Rua Rose. Todas essas pessoas são trouxas, e todas elas estão erradas. O pub mais velho em Londres, como qualquer bruxo irá lhe dizer, é o Caldeirão Furado na Rua Charing Cross.
O Caldeirão Furado estava ali muito antes da Rua Charing Cross ser planejada; seu verdadeiro endereço é o número um, Beco Diagonal, e acredita-se que foi ele foi construído em algum momento no começo do século XVI, juntamente com o resto da rua bruxa. Criado cerca de dois séculos antes da imposição do Estatuto Internacional de Sigilo em Magia, o Caldeirão Furado era inicialmente visível aos olhos dos trouxas. Embora o pub ser, desde o início, um lugar para bruxos e bruxas se reunirem – tanto londrinos quanto estrangeiros que passavam o dia na cidade para comprar os últimos ingredientes ou equipamentos mágicos lançados – trouxas não eram expulsos ou mal recebidos, apesar de que algumas das conversas, sem mencionar os animais de estimação, faziam com que muitos clientes desprevenidos saíssem do pub sem terminar suas refeições.
Quando o Estatuto de Sigilo foi imposto, o Caldeirão Furado, que havia se tornado uma grande instituição bruxa britânica, recebeu uma permissão especial para que pudesse continuar a funcionar como um porto seguro e refúgio para a comunidade bruxa na capital. Apesar de insistir em vários poderosos feitiços de ocultamento, e bom comportamento de todos os clientes, o Ministro da Magia, Ulick Gamp, foi compreensivo em relação à necessidade dos bruxos de relaxarem devido aos novos desafios. Ele também concordou em dar ao proprietário do pub da época a responsabilidade de deixar as pessoas entrarem no Beco Diagonal através do seu quintal, uma vez que as lojas que se localizam além do pub também necessitavam de proteção mágica.
Em honra ao apoio de Gamp ao pub, o proprietário criou uma nova marca de cerveja, A Velha Gregária de Gamp, cujo sabor era tão desagradável que ninguém jamais conseguiu beber uma pinta inteira (há um prêmio de cem galeões para qualquer um que esteja disposto a fazê-lo, mas ninguém obteve sucesso na tarefa ainda).
O Caldeirão Furado enfrentou um de seus desafios mais difíceis no final do século XIX, com a criação da Rua Charing Cross, que requeria a demolição do pub por inteiro. O Ministro da Magia da época, o tedioso falante Faris Spavin, deu um melancólico discurso na Suprema Corte dos Bruxos explicando por que o Caldeirão Furado não poderia ser salvo desta vez. Sete horas mais tarde, quando Spavin se sentou depois de ter terminado seu discurso, foi-lhe apresentado um memorando por seu secretário, explicando que a comunidade bruxa tinha se mobilizado e realizado uma quantidade massiva de feitiços de memória (alguns dizem, até os dias atuais, que a Maldição Imperius foi usada em vários trouxas urbanistas, embora isso nunca tenha sido provado) e o Caldeirão Furado foi acomodado nos planos revistos para a nova rua.
O Caldeirão Furado pouco mudou ao longo dos anos; ele é pequeno, sombrio e acolhedor, com alguns quartos acima do bar público para viajantes que vivem muito longe de Londres. É o lugar ideal para se por em dia com as fofocas do mundo bruxo caso você viva muito longe da vizinhança bruxa mais próxima.

“A Rua Charing Cross é famosa por suas livrarias, tanto modernas quanto antigas. Por isso eu queria que esse fosse o local onde aqueles que conheciam o segredo pudessem entrar em um mundo distinto”

Florean Fortescue

Florean Fortescue, dono de uma loja de sorvetes no Beco Diagonal, é o protagonista de um enredo fantasma (uma narrativa que nunca chegou aos livros finais). Harry o conhece durante O Prisioneiro de Azkaban, onde descobre que Florean sabe muito sobre bruxos medievais. Mais tarde, Harry descobre que um ex-diretor de Hogwarts se chamava Dexter Fortescue.

"Florean é um descendente de Dexter, e eu tinha originalmente planejado que ele fosse o condutor das pistas que eu precisava dar a Harry durante sua procura pelas Relíquias, e é por isso que estabeleci uma familiaridade logo cedo. Nessa época, eu imaginava que a mente histórica de Florean poderia ter muitas informações sobre assuntos diversos como a Varinha das Varinhas e o Diadema de Corvinal, tendo essas sido passadas para a família Fortescue por seu solene ancestral. Quando fui me aproximando do momento em que essa informação seria necessária, fiz Florean ser sequestrado, com o objetivo de que ele fosse encontrado por Harry e seus amigos.
O problema foi que quando eu fui escrever as partes mais importantes de As Relíquias da Morte, decidi que Fineus Nigellus Black era um meio muito mais satisfatório de dar pistas. As informações de Florean sobre o Diadema também me pareceram redundantes, já que eu podia dar ao leitor tudo o que ele ou ela precisava ao entrevistar a Mulher Cinzenta. No fim, eu acabei o sequestrando e o matando sem motivo. Ele não foi o primeiro bruxo a ser morto por Voldemort porque sabia demais (ou muito pouco), mas ele é o único que me deixa culpada, porque a culpa foi toda minha."

Caldeirões

Caldeirões já foram usados tanto por trouxas e bruxos, como recipientes para cozinhar, grandes e de metal, que podem ser suspensos sobre o fogo. Em tempo, pessoas mágicas e não-mágicas passaram a usar fogões; panelas passaram a ser mais convenientes e caldeirões passaram a ser de domínio unicamente dos bruxos e bruxas, que continuaram a preparar poções neles. Uma chama viva é essencial para o preparo de poções, o que faz o caldeirão o recipiente mais prático de todos.
Todos os caldeirões são encantados para ficarem mais leves de se carregar, já que são mais comumente feitos de chumbo ou ferro. Invenções modernas incluem variedades de caldeirão como o auto-mexível e o desmontável, e recipientes de metais preciosos também estão disponíveis para o especialista ou aquele que quer aparecer.

"Caldeirões tiveram uma associação mágica por séculos. Eles aparecem por centenas de anos em imagens de bruxas e também são onde supostamente os leprechauns guardam seus tesouros. Muitos contos do folclore e de fadas mencionam caldeirões com poderes especiais, mas nos livros de Harry Potter eles são uma ferramenta até que mundana. Eu cheguei a considerar em fazer a relíquia de Helga Hufflepuff um caldeirão, mas havia algo meio cômico e incongruente em fazer uma Horcrux tão grande e pesada; eu queria que os objetos que Harry tinha que achar fossem menores e mais fáceis de carregar. Entretanto, um caldeirão aparece nas quatro joias míticas da Irlanda (seu poder mágico era que ninguém fosse embora insatisfeito) e na lenda dos Treze Tesouros da Grã-Bretanha (o caldeirão de Dyrnwch, o gigante, cozinharia carne para os homens corajosos, mas não para os covardes)."

Poções

É comum o questionamento se um trouxa conseguiria criar uma poção, se tivesse um livro de Poções e os ingredientes certos. A resposta, infelizmente, é não. Sempre é necessário algum elemento de trabalho com a varinha para preparar uma poção (adicionar meramente moscas mortas e asfódelo em uma panela sobre o fogo não vai te dar nada que não uma sopa com gosto desagradável, além de venenosa).
Algumas poções produzem os efeitos de feitiços e encantamentos, mas algumas outras (por exemplo, a Poção Polissuco e a Felix Felicis) têm efeitos impossíveis de se alcançar de outra forma. De um modo geral, bruxos e bruxas escolhem o método que consideram mais fácil, ou mais satisfatório, para produzir o fim desejado.
Poções não são para os impacientes, mas seus efeitos são difíceis de reverter por qualquer um que não um preparador de poções habilidoso. Esse ramo da magia carrega certo ar místico e, por conseguinte, status. Também tem o diferencial sombrio de manipulação de substâncias que são altamente perigosas. A ideia popular de um expert em poções na comunidade bruxa é a de alguém com personalidade contemplativa e controlada: Snape, na verdade, se encaixa perfeitamente no estereótipo.

"Química era a matéria que eu menos gostava na escola e eu a larguei assim que pude. Naturalmente, quando eu estava tentando decidir qual a matéria que o arqui-inimigo de Harry, Severo Snape, deveria ensinar, tinha que ser um equivalente bruxo. Isso torna estranho o fato de que eu acho a introdução da matéria por Snape bem interessante (“Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glórias, até a zumbificar…”), aparentemente parte de mim acha Poções tão interessante quanto Snape acha; e eu sempre me diverti criando poções nos livros e procurando ingredientes para elas. Muitos dos componentes dos vários preparos e libações que Harry tem que criar para Snape existem (ou já se acreditou que existiam) e tem (ou já se acreditou que tinham) as propriedades que eu dei a eles. Por exemplo, ditamno realmente tem propriedades de cura (e é um anti-inflamatório, mas eu não recomendaria que você se estrunchasse para testá-lo); um bezoar realmente é uma massa retirada do intestino de um animal, e já se acreditou que beber a água onde foi depositado um bezoar poderia curá-lo de envenenamento."

 Para finalizar a postagem de hoje, o mais recente enigma, lançado ontem no site do Pottermore:


"Em um orfanato em Londres, onde mora Tom Riddle. 
Um adequado feiticeiro o visita, é uma surpresa.
Depois de mostrar ao garoto truques de magia de todos os tipos. 
Qual futuro diretor o oferece um lugar em Hogwarts?"

A resposta correta é (muito fácil) Professor Dumbledore. O enigma nos a uma cena do livro Harry Potter e o Enigma do Príncipe, na qual o diretor de Hogwarts leva Harry para dentro de seus pensamentos usando a Penseira. Veja abaixo o conto em inglês, em breve a tradução aqui.


Estão gostando desses pequenos vislumbres do universo do nosso amado bruxinho?

Um comentário:

  1. São contos bem pequenos mesmo né. Não cheguei a ler nada de HP até hoje (deprimente, eu sei), então não me empolguei tanto assim, mas imagino o quanto surtante deve tá sendo pra vocês haha

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br
    Tem resenha nova no blog de "Não Fuja!", vem conferir!

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