Austenland

Austenland (2013)

Dirigido por Jerusha Hess

Quando eu vi o nome desse filme eu sabia que precisava assisti-lo, afinal eu sou uma fã louca tanto da Jane Austen quanto sou apaixonada pelo Mr. Darcy! O filme fala sobre essa menina chamada Jane Hayes (interpretada por Keri Russell) que é mais louca do que eu por essa história! Ela é do tipo que tem louças da época, que assistiu ao filme milhares de vezes, que tem um Darcy de tamanho real no meio da sala, além de brinquedos, bolsas escrito “I <3 Darcy” e tudo mais que uma fã louca possa ter. Por conta dessa obsessão ela acredita que nenhum homem da vida real é bom o suficiente, nenhum homem pode se igual ao personagem fictício que tanto ama. Por isso que aos 32 anos ela continua solteira e em busca do verdadeiro amor.

Assista ao trailer.

Decidida a mudar esse seu trágico destino amoroso ela compra com todas as suas economias um pacote para Austenland, uma propriedade no interior da Inglaterra onde você pode viver no mundo dos livros da Jane Austen. Há atores profissionais para se aproximar das jovens damas, há leituras, apresentações no piano, bordados, jogos, caminhadas ao ar livre e tudo o mais que existia na antiga Inglaterra. Mas o principal é o amor. Os pequenos flertes, os olhares, as danças, o grande baile. É o que ela deseja encontrar, seu perfeito cavalheiro, seu próprio Mr. Darcy.

Acontece que as economias de Jane só puderam pagar por um pacote básico. Isso significa que ela só tem vestidos simples, que ela não pode andar na parte de dentro da carruagem, que seu quarto fica numa parte isolada e distante da casa (a parte menos luxuosa) assim como é excluída de diversas atividades. Ela fica apenas admirada com o quarto, o luxo e os demais programas que suas duas colegas em Austeland, Miss Elizabeth Charming (interpretada por Jennifer Coolidge) e Lady Amelia Heartwright (interpretada por Georgia King) desfrutam. 

Ela também fica decepcionada quando percebe a falsidade de sentimentos dos rapazes a elas designados. Ela acredita que Mr. Henry Nobley (interpretado por J.J. Feild) foi designada a ela, mas ela busca algo verdadeiro e não apenas encenação. É quando ela se vê atraída por Martin (interpretado por Bret McKenzie), o rapaz que cuida dos estábulos, que parece ser contra toda essa encenação, e demonstra se sentir atraído por Jane. Ao perceber que o mundo real não pode ser como nos livros e que ela precisa agir para fazer as coisas darem certo, ela decide mudar drasticamente e passa a escrever sua própria história.

O filme foi bem menos do que eu esperava. Se você espera algo do nível de Orgulho e Preconceito a decepção será certa. O filme deveria ser uma comédia romântica, mas acaba exagerando de um lado e faltando de outro. Na parte da comédia, o filme até conseguiu me arrancar boas risadas, contudo houve muitas coisas forçadas. Miss Elizabeth Charming e Lady Amelia Heartwright ficaram responsáveis por boa parte da comédia, mas acabaram gerando situações bobas e infantis. Quanto ao romance preciso dizer que a atriz que interpreta Jane não é a pessoa mais carismática do mundo, ela tem sempre uma mesma expressão e acaba não conquistando o espectador. Além disso, há uma complicação no triângulo amoroso criado por Martin, Jane e Henry que me surpreendeu e que também cria certa desilusão amorosa.

Ao pesquisar sobre esse filme na internet descobri que ele é uma adaptação do romance homônimo de Shannon Hale. Eu não conhecia o livro, mas vou procurar para ler. Acredito que o livro pode ser muito melhor do que o filme. O filme não é de todo ruim, mas é algo para se passar o tempo, não espere nada de extraordinário.